+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Arayara é eleita para integrar Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial

Mais um passo dado em direção à nossa luta pela defesa da vida em todas as suas formas. Esta semana, o Instituto Internacional Arayara foi selecionado para integrar o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) para o Biênio 2021 – 2022.

Em novembro de 2020, foi aberto o edital que iniciava o processo de seleção de dezenove vagas para representantes de entidades da sociedade civil de caráter nacional, titulares e suplentes para o CNPIR.

Diante dessa conjuntura de retirada de direitos que toma conta do Brasil, a Arayara tomou a decisão de se inscrever para lutar neste espaço por políticas públicas para a população negra, cigana e indígena, entendendo o controle social como uma conquista dos movimentos sociais na Constituição Cidadã.

Esta semana, ocorreu a seleção das entidades da sociedade civil, em plataforma virtual, e o Instituto Arayara foi um dos escolhidos. Iniciamos este trabalho um momento importante, quando a pandemia vem escancarando a desigualdade que assola o Brasil por todos os lados.

O IBGE já apontou que a pandemia aumentou a desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro. O desemprego aumentou mais entre a população negra, o salário diminuiu e o nível da ocupação entre os negros ficou ainda menor que o dos brancos.

Entre os povos indígenas, a mortalidade pela Covid-19 chegou a ser 150% maior do que para o resto da população. Recentemente, publicamos aqui o relatório da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), contabilizando que “até dezembro de 2020, mais de 41 mil indígenas foram contaminados pelo novo coronavírus, atingindo mais da metade dos 305 povos que vivem no Brasil.

Precisamos seguir unidos e em defesa da vida, como dizemos na Arayara. Que possamos somar a essa frente e trabalhar para que todas as vidas, sem exceção, sejam preservadas, protegidas e ouvidas”, disse Juliano Bueno de Araújo, diretor do Instituto Arayara.

Das dezesseis entidades que se inscreveram no processo, somente oito atenderam aos quesitos do Edital, podendo assim votar e serem votadas para ocupar uma cadeira no Conselho.

Foram eleitas as seguintes organizações para integrar o CNPIR, gestão 2021/22:

  • Instituto Internacional Arayara
  • Rede Mulheres Negras do Paraná
  • Confederação Israelita do Brasil – CONIB
  • Conselho Federal de Psicologia – CFP
  • Associação Internacional Maylê Sara Kalé – AMSK / BRASIL
  • Associação Comunitária dos Povos Ciganos de Condado Paraíba – ASCOCIC
  • Instituto Brasileiro de Apoio aos Segmentos Étnico-Raciais
  • Associação Otávio Maia

A Arayara é a única entidade socioambiental, educacional, de saúde e direitos humanos eleita neste primeiro momento. As demais são entidades dos povos negros, ciganos, uma do povo judeu, e um conselho profissional.

A posse ocorrerá no dia 24 de fevereiro de 2020 e, como primeiro trabalho, a nova gestão do CNPIR deverá publicar novo Edital para ocupar as 11 vagas remanescentes para entidades da sociedade civil.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: COP30 tem número estagnado de países com hospedagem garantida a um mês da cúpula em Belém

A exatos 30 dias do início da COP30, a quantidade de delegações com hospedagem garantida em Belém é insuficiente para validar as decisões da primeira conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas a ser realizada no Brasil. O governo federal afirma que 87 países têm reservas na cidade. O número, divulgado desde a última terça-feira (7), é o mesmo que

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Macaé, a cidade que ficou milionária com o ouro negro e agora luta contra a desigualdade e os fantasmas deixados pelo petróleo

A antiga “capital do pré-sal” vive o dilema entre a riqueza que o petróleo trouxe e as crises sociais, ambientais e econômicas que o setor deixou Durante décadas, Macaé, no litoral norte do Rio de Janeiro, simbolizou a prosperidade da indústria de petróleo no Brasil. Conhecida como “capital nacional do pré-sal” e também “capital das usinas termelétricas”, a cidade cresceu

Leia Mais »

Petróleo na Amazônia: deputados e sociedade civil discutem custos sociais e ambientais

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promoveu, nesta quinta-feira (9), um debate sobre os impactos da exploração de petróleo no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Diante da recente negativa do Ibama ao plano da Petrobras de resgate de fauna, a pauta da prospecção na Foz do Amazonas foi objeto de críticas sinérgicas da sociedade civil e parlamentares à

Leia Mais »