por Comunicação Arayara | maio 3, 2023 | Energia limpa |
O dia 3 de maio é celebrado como o Dia do Sol, uma data significativa para lembrar da importância da energia solar na transição para um futuro mais limpo e sustentável. No Brasil, a geração distribuída de energia solar vem ganhando destaque como uma alternativa eficiente e acessível para a democratização da energia elétrica.
A geração distribuída consiste na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a solar, por meio de pequenos sistemas instalados em residências, empresas ou comunidades. Dessa forma, a energia é produzida e consumida localmente, sem a necessidade de grandes usinas ou linhas de transmissão, o que garante maior autonomia e segurança energética para as comunidades.
Um exemplo bem-sucedido de geração distribuída de energia solar no Brasil é o projeto Luz para Todos, que leva eletricidade para comunidades rurais e isoladas por meio da instalação de sistemas fotovoltaicos. Desde o lançamento do programa, em 2003, mais de 16 milhões de pessoas já foram beneficiadas com acesso à energia elétrica, transformando a vida dessas pessoas e promovendo a inclusão social.
Além disso, a geração distribuída de energia solar também tem se mostrado uma alternativa viável para a redução das contas de energia elétrica. De acordo com um estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a geração distribuída pode reduzir os custos da eletricidade em até 50% em comparação com o modelo tradicional de geração centralizada.
Portanto, a geração distribuída de energia solar é uma opção promissora para a democratização da energia no Brasil, garantindo acesso à eletricidade para comunidades isoladas e reduzindo os custos da energia elétrica para as famílias e empresas. É importante que o governo e a sociedade civil continuem incentivando e investindo nessa alternativa limpa e sustentável de produção de energia elétrica.
E na balança dos impactos socioambientais, o que deve ser levado em conta?
A geração distribuída de energia solar pode apresentar ônus ambientais e sociais em sua cadeia produtiva e instalação. Abaixo, apresento algumas referências que abordam essas questões:
No que diz respeito aos impactos ambientais, um estudo publicado na revista Renewable and Sustainable Energy Reviews em 2018 avaliou a sustentabilidade ambiental da produção de energia solar fotovoltaica. O estudo destacou que a extração de minerais e metais para a produção dos painéis solares pode gerar impactos negativos no meio ambiente, como contaminação de água e solo, e destacou a importância de aprimorar as práticas de produção para minimizar esses impactos.
Em relação aos aspectos sociais, um artigo publicado na revista Energies em 2017 analisou a inclusão social na transição energética no Brasil e destacou que a geração distribuída de energia solar pode gerar desigualdades em relação ao acesso à energia elétrica, especialmente para famílias e comunidades de baixa renda. O estudo ressaltou a importância de políticas públicas que promovam a inclusão social na produção de energia solar.
Além disso, um estudo publicado na revista Journal of Cleaner Production em 2019 avaliou os desafios e oportunidades da geração distribuída de energia solar no Brasil. O estudo destacou que a instalação de sistemas de geração distribuída pode gerar desafios em relação à regulamentação e à gestão dos resíduos gerados pelos painéis solares, mas também apontou oportunidades para a inclusão social e o desenvolvimento local por meio da produção de energia solar.
É importante ressaltar que a transição energética para fontes limpas e sustentáveis requer o equacionamento dessas questões, para que a produção de energia solar possa ser cada vez mais inclusiva e sustentável.
Quais são as políticas energéticas brasileiras que abarcam a geração solar?
No Brasil, existem diversas políticas, programas e regulamentações que incentivam, embasam e regulamentam a geração de energia solar, tanto em escala centralizada (usinas solares de grande porte) quanto em escala distribuída (geração solar em residências, comércios e indústrias). Algumas das principais são:
Resolução Normativa 482/2012: esta resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta a geração distribuída de energia elétrica no Brasil, incluindo a geração solar fotovoltaica. Ela estabelece as condições para a conexão de sistemas de geração distribuída à rede elétrica, incluindo a possibilidade de os consumidores gerarem sua própria energia e injetá-la na rede em troca de créditos na conta de luz.
Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD): lançado em 2014, este programa do Ministério de Minas e Energia tem como objetivo incentivar a geração distribuída de energia elétrica no país, incluindo a solar fotovoltaica. Entre as medidas previstas estão a simplificação dos procedimentos de conexão à rede e a definição de regras claras para o cálculo dos créditos na conta de luz.
Programa Nacional de Energia Renovável (RENovaBio): lançado em 2017, este programa do governo federal tem como objetivo incentivar a produção de biocombustíveis e outras fontes renováveis de energia, incluindo a solar fotovoltaica. O programa prevê a criação de metas anuais de redução de emissões de gases de efeito estufa e a emissão de certificados de descarbonização (CBIOs) para as empresas que cumprirem essas metas.
Linhas de financiamento para energia solar: diversas instituições financeiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste, oferecem linhas de financiamento para a instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica em residências, comércios e indústrias. Esses financiamentos incluem desde a aquisição dos equipamentos até a instalação e a conexão à rede elétrica.
É importante ressaltar que o desenvolvimento do setor depende não apenas dessas medidas, mas também de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, capacitação técnica e conscientização da sociedade sobre a importância da transição para fontes de energia limpa e sustentável.
Principais desafios para o Brasil
A geração de energia solar no Brasil ainda enfrenta diversos desafios que dificultam sua implementação em larga escala e a transição para abandonar as fontes não renováveis. Alguns dos principais problemas são:
Custo elevado: apesar de o custo da energia solar ter caído significativamente nos últimos anos, a instalação de sistemas fotovoltaicos ainda requer um investimento inicial elevado, o que pode ser um obstáculo para a adoção da tecnologia por parte de consumidores residenciais, comerciais e industriais.
Falta de incentivos fiscais: embora existam linhas de financiamento para a instalação de sistemas de energia solar, o Brasil ainda carece de incentivos fiscais para o setor, como isenção de impostos e taxas de importação de equipamentos.
Regulamentação complexa: apesar da Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL, que regulamenta a geração distribuída de energia elétrica no Brasil, muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para se conectar à rede elétrica e para obter autorização para a instalação de sistemas fotovoltaicos.
Capacitação técnica: é necessário investimento na capacitação técnica da sociedade para a formação destes novos profissionais para a instalação e manutenção de sistemas de energia solar que requerem conhecimentos específicos. Este é um grande potencial para a geração de emprego e renda.
Dependência das fontes não renováveis: o Brasil ainda depende em grande parte da geração de energia a partir de fontes não renováveis,termelétricas a carvão mineral, gás natural e diesel. A transição para fontes de energia limpa e renovável exige investimentos em infraestrutura e tecnologia que nem sempre são prioritários para o governo e para o setor privado.
Plano Nacional de Energia 2050
Um dos documentos mais importantes e abrangentes produzidos no Brasil sobre a democratização do acesso à energia e a transição justa é o Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia em 2020.
O PNE 2050 apresenta um conjunto de diretrizes, metas e ações para orientar a expansão da matriz energética brasileira até 2050, com foco na sustentabilidade, na segurança energética e na inclusão social. O documento inclui um capítulo específico sobre a geração distribuída de energia elétrica, que destaca a importância da tecnologia para a democratização do acesso à energia e para a redução das desigualdades regionais e sociais no país.
O Plano Nacional de Energia 2050 foi elaborado a partir de um amplo processo de participação e consulta pública, que contou com a colaboração de especialistas, representantes de governos estaduais e municipais, da sociedade civil, do setor empresarial e de outros segmentos da sociedade brasileira. O documento é uma importante referência para orientar políticas públicas e iniciativas privadas relacionadas à geração de energia solar e à transição justa no Brasil.
O PNE 2050 estabelece como meta para 2050 que a geração distribuída alcance 24% da capacidade instalada de geração elétrica no Brasil. Para atingir essa meta, o documento propõe diversas ações de incentivo à geração distribuída de energia, incluindo a criação de linhas de financiamento, a simplificação das regras de conexão à rede elétrica e a implementação de políticas de estímulo à micro e minigeração distribuída.
O documento também destaca que a geração solar fotovoltaica tem um grande potencial de expansão no Brasil, dado o elevado nível de radiação solar no país e a redução do custo dos equipamentos. O PNE 2050 projeta que a capacidade instalada de geração solar fotovoltaica no Brasil pode chegar a 222 GW em 2050, o que corresponderia a cerca de 36% da capacidade total de geração elétrica no país.
Referências:
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Geração distribuída. Disponível em: https://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida
Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Distributed Renewable Energy: A Catalyst for Rural Electrification in the Global South. Disponível em: https://www.irena.org/-/media/Files/IRENA/Agency/Publication/2017/Oct/IRENA_Distributed_Renewable_Energy_2017.pdf
Ministério de Minas e Energia. Programa Luz para Todos. Disponível em: http://www.mme.gov.br/luz-para-todos
Renewable and Sustainable Energy Reviews
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1364032118305638
Revista Energies
https://www.mdpi.com/1996-1073/10/10/1614
Journal of Cleaner Production
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652619304112
por Comunicação Arayara | mar 30, 2023 | Energia limpa |
Curitiba celebra 330 anos inaugurando a usina de energia “Piramide Solar da Caximba”
No dia da comemoração do aniversário de 330 anos da fundação da cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, foi inaugurada a fazenda solar “Piramide Solar da Caximba”, construída em cima do antigo aterro sanitário da Caximba desativado no ano de 2010.
A iniciativa da construção de uma fazenda solar em cima do aterro foi uma aposta estratégica para um passivo ambiental. A usina conta com cerca de 8,6 mil painéis fotovoltaicos instalados, suprindo 30% da energia consumida nos edifícios públicos, que gera uma economia de R$ 2,65 milhões para os cofres públicos, esse dinheiro pode ser investido em mais eficiência e autonomia para a cidade.
Curitiba continua assim, mostrando ao Brasil, a sua vocação para a inovação e poderá avançar ainda mais nesse sentido, se contemplar também em seus novos projetos de transição energética, a inclusão das periferias da cidade no planejamento estratégico, democratizando cada vez mais o acesso à energia limpa e assim promover mais justiça socioambiental.
#Curitiba330anos #TransiçãoJusta #PiramideSolarDaCaximba #Arayara
por Comunicação Arayara | maio 15, 2022 | Carvão Mineral, Energia limpa, Transição energética |
Custo de renováveis diminuiu 99% desde 2010 e gás natural – diante dos conflitos atuais – deixou de ser viável para a transição
(mais…)
por Nicole Oliveira | nov 18, 2021 | Brasil, Carvão Mineral, Combustíveis Fósseis, Economia Verde, Energia, Energia limpa, Geração de energia |
A Arayara, o Observatório do Carvão Mineral e a Coal Watch levaram nesta quinta (18) ofício aos/às 40 parlamentares mostrando que não há sustentabilidade ambiental na mineração
Representantes do Instituto Internacional Arayara, do Observatório do Carvão Mineral (OCM) e do COALWATCH.ORG entregaram na tarde desta quinta-feira (18) ofício aos/às parlamentares da Assembléia Estadual de Santa Catarina (Alesc) solicitando revisão do Projeto de Lei (PL) 0270/2021, que trata da Política Estadual de Transição Energética Justa e o Polo de Transição Energética Justa do Sul de Santa Catarina.
“O texto apresentado do PL n° 0270.0/2021 tem um conceito errôneo sobre o carvão mineral, o que inclui a afirmação de que o mesmo é sustentável. (…) não há sustentabilidade ambiental nas atividades decorrentes da mineração do carvão”, apontam as três entidades no documento.
As organizações afirmam que “se baseiam nos inúmeros passivos ambientais levantados e atualizados pelas equipes de técnicos e especialistas que conduzem há nove meses uma agigantada pesquisa da Região Carbonífera e da Termoelétrica de Jorge Lacerda”.
O ofício também solicita a realização de audiências públicas e a criação de um novo GT – Grupo de Trabalho. Junto com o documento foram entregues aos/às parlamentares cópias do diagnóstico técnico “O legado tóxico da Engie – Diamante – Fram Capital no Brasil: Mapa da Contaminação e Destruição Geradas pelo Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e pelas Minas de Carvão que o Abastecem”
O relatório (que pode ser baixado em português, inglês e francês em www.coalwatch.org) resume a investigação técnica realizada pelo Instituto Internacional Arayara e outras organizações em 41 municípios de todas as bacias hidrográficas afetadas pela exploração do carvão mineral, e especialmente aqueles que recebem contaminantes advindos da usina termelétrica do Complexo de Jorge Lacerda, localizada no município de Capivari de Baixo (SC).
Os danos da indústria do carvão, diz o relatório, atingem quase um milhão de catarinenses e causam prejuízos de R$ 6 bilhões de reais em impactos ambientais, econômicos, sociais e da saúde pública.
No documento entregue aos/às parlamentares, as três entidades solicitaram:
1- A suspensão do processo de aprovação do Projeto de Lei do n° 0270.0/2021, a fim de revisar e adequar as realidades, aos quais nossos estudos e pesquisas apresentam, buscando assim reformular o PL da Política Estadual de Transição Energética Justa e o Polo de Transição Energética Justa¨ do Sul de Santa Catarina.
2- A realização de audiências públicas estaduais e municipais , visando apresentar as realidades, dados, fatos e os caminhos possíveis para uma efetiva política de transição energética justa e inclusiva, tema de suma importância para a sociedade catarinense.
3 – Propor a criação de um novo Grupo de Trabalho junto a esta casa legislativa, que conte com o assessoramento da Academia Científica de Santa Catarina e outras universidades públicas, bem como das organizações da sociedade civil especializadas em Energia, Clima e Meio Ambiente (Arayara, OCM, CoalWatch, ICs), bem como o Ministério Público Federal, visando a ampliar os conhecimentos que possam balizar e dar maior amplitude na tomada de decisão da ALESC e da sociedade catarinense.
O projeto de lei n° 0270.0/2021 está tramitando na ALESC e já passou por duas comissões Constituição e Justiça e Finanças e Tributação, está no momento na comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público, com vistas coletivas. A PL ainda passará pela comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia. Por solicitações ainda passará também pela comissão de Turismo e Meio Ambiente.
Será muito importante que essa lei seja revista com toda a sociedade, para que seja uma lei que realmente vise uma transição energética justa.
#Arayara #ObsdoCarvão #EmDefesadaVida #TransiçãoJusta #JustTransition #ToxicEngie #EngieToxicLegacy #coalwatch
por Comunicação Arayara | out 15, 2021 | Economia Verde, Energia limpa, Transição energética |
Ainda pouco difundida no mercado essa nova alternativa na renda fixa pode gerar um retorno total de 16% ao ano
Por Cris Almeida, Valor Investe
De olho no investidor que busca diversificar sua carteira de renda fixa com opções mais rentáveis, a fintech Mutual criou uma modalidade de investimento em crédito para financiar a instalação de painéis solares. Ainda pouco difundida no mercado, de acordo com a empresa, essa nova alternativa na renda fixa pode gerar um retorno total de 16% ao ano no longo prazo, num projeto de seis anos com reinvestimento.
Por exemplo, ao investir R$ 1 mil , o investidor ganha 11% em um ano. Se reinvestir a porcentagem de principal mais os 11% que ganhou, no próximo ano, vai receber o principal novamente, mais a rentabilidade em cima dos 11% e do principal que recebeu, explica o co-presidente da empresa, Victor Fernandes. Ou seja, segundo o gestor, reinvestir o dinheiro periodicamente faz o retorno ser muito maior no longo prazo.
Segundo a Mutual, uma das principais vantagens do investimento em crédito em energia solar frente a outras aplicações de renda fixa, como CDBs pré e pós-fixados, é o fato de o investidor mitigar o risco em relação ao custo de oportunidade.
Isso porque em um cenário de elevação da taxa Selic, por exemplo, ao usar os ganhos mensais para reinvestir em novas cotas com taxas atualizadas de juros, o investidor tem a possibilidade de aproveitar juros mais vantajosos. “No caso das CDBs, o dinheiro investido fica preso à taxa pré-fixada até o vencimento. Assim, o investidor pode acabar perdendo a oportunidade de ganhar mais com a subida dos juros”.
Já o investidor precisa ter em conta que essa modalidade de investimento está sujeita a risco de inadimplência do devedor, e, diferentemente dos CDBs, sem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O valor mínimo para o investimento em crédito para energia solar no Mutual Invest é de R$ 3 mil. Para quem já investe na plataforma, os aportes em novas cotas de solicitações de empréstimos podem variar entre R$ 100 e R$ 500.
Apenas neste ano, cerca de R$ 5 milhões foram transacionados na plataforma Mutual Invest em crédito solar. A meta da fintech é manter uma média de R$ 8 milhões transacionados por mês na modalidade até final de 2021.
Vantagens
Na prática, o investidor adquire cotas de pedidos de empréstimos de pessoas físicas, especificamente para financiar a compra e instalação de equipamentos de energia solar. O público-alvo da Mutual é o investidor com perfil mais arrojado, que busca maiores ganhos a longo prazo ao investir na renda fixa.
O produto é similar ao modelo pré-fixado, porém, tem liquidez mensal. O investidor recebe os rendimentos e o principal das cotas de crédito adquiridas a cada mês, e não somente ao final do pagamento, gerando uma renda passiva de juros mensais que possibilita novos investimentos.
De acordo com as projeções da Mutual, o investidor tem o seu retorno máximo em 40 meses para os investimentos médios de 60 meses, com opções de investimento também entre 12 e 72 meses. Ao reinvestir os recursos mensais recebidos em novas cotas, a empresa diz que o retorno total pode chegar a 16% ao ano.
“Esse ciclo de investimento e o fator juros sobre juros podem dar esse retorno total, algo que um investidor não conseguiria, hoje, com algum outro produto de renda fixa”, destaca Fernandes.
Risco e garantia
O gestor afirma que o investimento em crédito para financiar energia solar pode ser considerado de médio risco devido ao perfil do tomador do empréstimo.
As pessoas que buscam financiamento na plataforma Mutual Invest para viabilizar projetos de energia solar são, em sua maioria, pertencentes às classes A e B, sendo que 85% delas são proprietárias de imóveis sem histórico de inadimplência nos últimos três anos. “Desde o mês de dezembro até hoje, o nível de inadimplência para esse tipo de empréstimo é zero”.
Além disso, as operações de crédito solar oferecem ao investidor a garantia das placas solares adquiridas pelo tomador, por meio da alienação fiduciária desses equipamentos. O registro das placas, inversores e demais equipamentos da instalação consta na cédula de crédito bancário (CCB), que traz também a confirmação de alienação por contrato e obrigatoriedade de seguro por dano, roubo e furto das placas.
Para diminuir o risco, a Mutual também faz um rating das empresas parceiras a partir de informações da saúde financeira de cada uma delas, além da análise de crédito dos tomadores.
Troca de dívida
A principal motivação pela busca do crédito dos tomadores de empréstimos que financiam a instalação das placas é reduzir os gastos com energia elétrica. Fernandes explica que a ideia da Mutual é tratar o empréstimo como uma troca de dívida do tomador. Os integradores e instaladores parceiros da fintech, que são mais de 100 empresas, mostram ao cliente, por meio de simulações de crédito, que é possível trocar sua conta de luz atual pelo financiamento sem que o orçamento fique muito caro.
“O valor das parcelas é calculado de acordo com o gasto mensal atual do cliente com a energia elétrica. O cliente percebe que vale a pena fazer essa troca porque, ao economizar até 95% do valor da sua conta de luz, ele ganha margem para pagar as parcelas do empréstimo, que tem um retorno entre 4 a 5 anos”, conta Fernandes, ressaltando que o cliente também ganha ao não precisar mais se preocupar com o aumento das tarifas de energia elétrica e porque vai utilizar um produto com vida média útil de 20 anos.
Fonte: https://valorinveste.globo.com/produtos/renda-fixa/noticia/2021/10/13/diversificar-investimentos-financiando-energia-solar-ja-pensou-conheca-opcao-para-renda-fixa.ghtml
por Comunicação Arayara | ago 23, 2021 | Energia limpa, Transição energética |
Os carros elétricos parecem ser um caminho sem volta para a indústria automobilística. Inúmeras montadoras já possuem ambiciosos planos para encerrar a fabricação de veículos movidos a combustíveis fósseis.
No Brasil, esse segmento segue aquecido. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a vendagem de carros elétricos disparou 66% no comparativo anual.
De acordo com a empresa multinacional americana BorgWarner, há algumas tendências que explicam esse fator, como:
- a autonomia dos veículos elétricos sem recarregar suas baterias aumentou para mais de 450 km;
- maiores investimentos em postos de recarga, incluindo aqueles em supermercados e postos de gasolina;
- edução do imposto sobre automóveis (IPVA) nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Maranhão e Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e cidade de São Paulo;
- os preços dos carros elétricos estão caindo;
- O custo para se rodar 500 km é de apenas 30 reais em um veículo elétrico , já o a gasolina ou flex para rodar a mesma quilometragem tem o custo de 330,00 reais . O que significa que em em 5 anos o Proprietario de um veículo elétrico poderá economizar mais de 100.000,00 reais ou 200.000,00 em 10 anos , isso só na economia da compra de combustíveis , fora que um veículo elétrico gasta 90% menos , em manutenções e não exige troca de óleo lubrificante por exemplo.
“O crescimento dos carros elétricos vai demandar investimentos em infraestrutura, beneficiando a Weg(WEGE3). Por outro lado, este cenário é negativo para a Mahle Metal Leve (LEVE3)”, apontam os analistas da Ágora Investimentos, Victor Mizusaki e Luiza Mussi, em breve comentário enviado a clientes.
Energia solar, outra fonte de recursos
Ainda segundo a dupla, outra notícia positiva para a Weg é a elevação dos investimentos em energia solar da Cemig (CMIG4).
A elétrica espera investir R$ 300 milhões para construir 6 parques solares: Boa Esperança, Três Marias, Três Marias Jusante e também Cerrados 1, 2 e 3, resultando em uma capacidade combinada de 85 MW. Esses projetos devem entrar em operação no final de 2022.
“Notícias positivas para a Weg à medida que as empresas continuam aumentando os investimentos em geração de energia renovável”, completam.
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