+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

“A energia solar fotovoltaica é uma locomotiva para a economia”

A situação das pequenas empresas, que atuam no segmento de geração distribuída, preocupa o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Em entrevista à epbr, o executivo defende que apesar da crise imposta pela pandemia da covid-19, o setor precisa ser preservado para ajudar na retomada da economia. 

“A energia solar fotovoltaica é uma locomotiva para a economia. O setor é um grande gerador empregos: 25 a 30 por MW instalados. (…) Em outros momentos de crise, a energia solar se provou como uma propulsora do crescimento. Em 2015 e 2016, o PIB caiu 3,5% nos dois anos, enquanto o setor de energia solar crescia a taxas de mais de 300% ao ano.”

A Absolar defende que os recursos aportados pelo Tesouro Nacional para subsidiar a energia para baixa renda sejam utilizados para instalação de painéis solares nas casas dos consumidores.

Apresentou esse plano à parlamentares e ao governo federal. Proposta que pode ser discutida em meio aos debates da MP 950, que autoriza o Tesouro a aportar até R$ 900 milhões para subsidiar desconto de 100% até o limite de 220 kWh/mês.

“Seria uma forma de reduzir o custo da CDE, rateado entre 75 milhões de consumidores, e beneficiar 9 milhões pessoas de baixa renda, não apenas por três meses, mas por 25 anos, que é a vida útil dos equipamentos solares”, afirma.

E a revisão da resolução 878 da Aneel, que estabeleceu regras de operação em meio a crise saúde pública. A preocupação é com o atraso na conexão de novos sistemas de geração distribuída à rede de distribuição, desestimulando ainda mais o mercado.

“Se por um lado positivo, a medida estabeleceu que nenhum consumidor fique sem acesso a energia elétrica, por outro lado, estabeleceu que as distribuidoras passassem a realizar atividades remotamente, como leituras de medidores, e acabou afetando atividades importantes para a geração distribuída, como vistorias e substituição de medidores, que permitem conectar o sistema de geração distribuída na rede.”

Rodrigo Sauaia também destaca como a crise foi, de certa forma, antecipada para o segmento, dada a dependência de importações de equipamentos da Ásia, em especial da China, maior fornecedor externo de painéis fotovoltaicos. 

“Precisamos produzir, ter autonomia e independência. O país no século 20 perseguiu o sonho de ser autossuficiente em petróleo de óleo e gás, no século 21 precisamos perseguir o sonho da nossa autossuficiência em energia solar. O setor solar ainda não tem uma política de competitividade industrial adequada, é preciso corrigir esta lacuna”.

Fonte: epbr

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Exploração de petróleo no litoral sul de SC mobiliza audiências públicas em Garopaba e Florianópolis

Riscos à biodiversidade marinha, à pesca artesanal e às comunidades tradicionais serão debatidos em encontros populares nos dias 9 e 12 de junho, em Garopaba e Florianópolis respectivamente.   A ameaça da expansão da exploração de petróleo na costa catarinense acende um alerta entre comunidades tradicionais, pescadores, especialistas em meio ambiente e ativistas ambientais. Os riscos socioambientais dessa atividade serão

Leia Mais »

Sociedade civil discute gestão hídrica no DF e questiona impactos da UTE Brasília

Ontem (03/06), representantes da sociedade civil participaram de duas ações relevantes voltadas à gestão hídrica no Distrito Federal. Pela manhã, foi ao ar uma entrevista no canal Lume TV Web com o tema “Usina Termelétrica: solução ou ameaça?”, que discutiu os riscos e implicações socioambientais do empreendimento previsto para a região.   Participaram do debate Ivanete Santos, especialista em reabilitação ambiental,

Leia Mais »

Povos indígenas no Mato Grosso recebem oficinas sobre os riscos da exploração de petróleo ofertada no 5º leilão da ANP

O Instituto Internacional ARAYARA, por meio do Programa Fé, Paz e Clima e em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), iniciou uma série de oficinas com povos indígenas no estado do Mato Grosso, em resposta ao 5º Ciclo da Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).  O leilão disponibiliza blocos para exploração de petróleo

Leia Mais »