+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Rio Grande do Sul pode escolher: carvão ou energia limpa

O Rio Grande do Sul tem em andamento um projeto em licenciamento ambiental para a implantação da maior mina a céu aberto do Brasil para a exploração de carvão. Isso mesmo sabendo-se que o carvão mineral é apontado como um dos principais causadores das mudanças climáticas em nível global. Além das questões climáticas – que inclui temperaturas alteradas, intensidade das chuvas, furacões e ondas de calor – há questões econômicas e sociais.

De acordo dados do Instituto de Economia Energética e Análise Financeira publicados pelo The Guardian, a China, maior produtora de carvão mineral do mundo, comprometeu-se em investir bilhões de dólares em usinas de carvão nos seguintes países: Bangladesh, Paquistão, Indonésia, Vietnã, África do Sul, Zimbábue, Bósnia, Quênia, Gana, Brasil, Malawi, Sérvia, Turquia, Filipinas e Cazaquistão. O Malawi está entre os 20 países com a menor renda per capta do mundo; Bangladesh, Paquistão, Zimbábue, Quênia e Gana têm renda per capita inferior a U$ 1.600,00 por ano. Já a renda do Brasil é de U$ 9.800,00.

Enquanto isso, a Alemanha decidiu parar de usar carvão até o final de 2038 e o governo alemão planeja o fechamento de usinas nucleares nos próximos três anos. As medidas permitem à Alemanha integrar a Powering Past Coal Alliance – PPCA (Aliança de energia para além do carvão). A PPCA foi fundada em 2017, reúne 30 governos nacionais e tem como cessar a construção de novas usinas movidas a carvão, encerrar o financiamento internacional para o combustível e se ater às metas do Acordo Climático de Paris. Fazem parte da PPCA Canadá, Reino Unido, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Etiópia, El Salvador, Finlândia, França, Itália, Ilhas Marshall, Portugal, México, os estados americanos Havaí, Califórnia, Nova York, Oregon e Washington, entre outras nações.

O Brasil e o Rio Grande do Sul ainda podem fazer sua escolha.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Kolumne: Warum unser Geld ein unterschätzter Hebel für den Klimaschutz ist

Nicht nur Fliegen oder Fleischkonsum zählen: Auch die Wahl der Bank ist entscheidend fürs Klima. Eine neue Studie zeigt, wie stark Banken fossile Projekte finanzieren – und wie groß unser Einfluss ist. vom Recherche-Kollektiv Klima & Wandel: Elena Matera Die Klima- und Umwelt-Kolumne erscheint alle zwei Wochen – kritisch, nahbar, lösungsorientiert! Hier schreiben Elena Matera und Lisbeth Schröder im Wechsel. Ich zahle so gut

Leia Mais »

Relatório internacional aponta estatal argentina como principal destino de investimentos em combustíveis fósseis

Documento foi produzido pelas organizações ambientais Instituto Internacional Arayara e Urgewald, em parceria com as ONGs latinas Conexiones Climaticas, Amazon Watch e FARN Por: Avenida Comunicação O relatório Urgewald, divulgado no dia (29/09), traz dados inéditos sobre o financiamento da expansão de combustíveis fósseis na América Latina e no Caribe (ALC). O estudo, intitulado O Rastro do Dinheiro por Trás

Leia Mais »

Diálogo entre ARAYARA e Chile Sustentable reforça caminhos para uma transição energética justa

Durante a X Semana da Energia, a diretora da ONG Chile Sustentable, Sara Larraín, apresentou o painel “Desafíos socioterritoriales de la transición en ALC”, onde destacou os complexos desafios que a América Latina e Caribe enfrentam para avançar em uma transição energética justa e inclusiva. Aproveitando o encontro, representantes do Instituto Internacional ARAYARA conversaram com Sara para conhecer mais de

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: COP30 tem número estagnado de países com hospedagem garantida a um mês da cúpula em Belém

A exatos 30 dias do início da COP30, a quantidade de delegações com hospedagem garantida em Belém é insuficiente para validar as decisões da primeira conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas a ser realizada no Brasil. O governo federal afirma que 87 países têm reservas na cidade. O número, divulgado desde a última terça-feira (7), é o mesmo que

Leia Mais »