+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Mudanças climáticas estão dificultando a decolagem de aviões; entenda

O avião é um dos meios de transporte mais poluentes do mundo, já que emite grandes quantidades de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. E isso não faz mal apenas para o meio ambiente — as próprias aeronaves podem sofrer com um clima mais quente. Uma nova pesquisa realizada por cientistas de universidades na Grécia e na Grã-Bretanha indica que temperaturas mais altas e ventos mais fracos estão dificultando a decolagem de aviões.

Segundo os autores explicam em artigo no The Conversation, o clima local em aeroportos do mundo inteiro mudou nas últimas décadas, assm como as condições em que os pilotos se baseavam para fazer o avião voar. A longo prazo, isso significa que as companhias aéreas vão transportar menos passageiros e carga, usando a mesma quantidade de combustível.

As distâncias de decolagem ficarão mais longas à medida que o clima esquentar, aponta o artigo. Isso porque temperaturas mais altas reduzem a densidade do ar, o que dificulta a ação das asas e dos motores das aeronaves. Com ventos reduzidos, os aviões precisam gerar mais velocidade no solo. E uma vez lá em cima, as aeronaves estão sujeitas a mais turbulências, que, segundo os cientistas, estão piorando devido às mudanças climáticas.

Para a pesquisa, os cientistas analisaram registros de temperatura desde 1955 em dez aeroportos gregos. A cada ano, os experts analisaram temperaturas médias do vento de dia e de noite e as transofraram em gráficos. As mudanças de temperatura variaram muito entre os aeroportos estudados, com um aumento de 2°C a 5°C ao longo de 62 anos. Em um aeroporto, a velocidade média do vento que passa pela pista em direção ao avião em decolagem (conhecida como ventos contrários) aumentou cerca de 25%. Já outro aeroporto viu ventos médios na pista do aeroporto caírem 90% em 43 anos.

Os pesquisadores explicam que, graças a essas mudanças, aeronaves que decolam em aeroportos com pistas mais curtas precisam reduzir o peso transportado (carga, número de passageiros e combustível). Em média, os aviões estão decolando com um passageiro a menos ou com menos combustível. “Esse é outro lembrete do quão rápido as ações humanas estão transformando o mundo, e quão mal preparados estamos para lidar com as consequências”, finalizam os estudiosos.

Fonte: Revista Galileu

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Exploração na Foz do Amazonas enfrenta críticas por riscos ambientais, mas pode garantir reserva de petróleo para o País

Negado pela segunda vez pelo Ibama em outubro de 2024, o licenciamento ambiental de perfuração marítima no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, continua a ser foco de pressão política e econômica. A aceleração do processo é prioridade do governo Lula desde 2023, objetivo que ficou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A Petrobras apresentou,

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: O Brasil enfrenta neste momento a quinta onda de calor em 2025 e pelo menos as quatro anteriores tinham dedo das mudanças climáticas

Estudos de atribuição no Brasil confirmam o impacto das mudanças climáticas impulsionadas pelos combustíveis fósseis na intensidade e frequência de ondas de calor, secas e enchentes recentes. As emissões de gases de efeito estufa (GEE) da queima de combustíveis fósseis ficam atrás da agricultura e do desmatamento no Brasil, mas as empresas petrolíferas continuam a expandir a produção com apoio

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Mesmo fechada, Usina de Candiota III deve seguir recebendo subsídio de R$ 12 milhões mensais

Valor interessa diretamente ao governo estadual, responsável por vender carvão mineral para a usina por meio da CRM   Por: Luciano Velleda I Foto: Divulgação/Eduardo Tavares A Usina Termelétrica (UTE) de Candiota III encerrou seus contratos de comercialização de energia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no último dia 31 de dezembro de 2024. Desde então, a usina

Leia Mais »