+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

“Litoral catarinense está salvo”, diz Paulinha após empresas não se interessarem por exploração de petróleo

“Foi uma vitória para Santa Catarina e um dia histórico para a nossa economia. Nosso litoral, nosso turismo, nossa pesca ficaram livres da exploração de petróleo e gás”, afirmou uma emocionada e exultante deputada Paulinha ao informar em um vídeo em suas redes sociais que a 17ª rodada de leilões para a concessão de áreas de petróleo e gás no litoral de Santa Catarina promovido pela ANP fracassou e que o litoral de Santa Catarina está salvo.  

As petroleiras participantes do leilão, inclusive a Petrobrás, foram comedidas devido ao alto risco das localidades ofertadas e manifestações em frente ao hotel do evento. Apenas a Shell e a Ecopetrol arremataram 5 dos 92 blocos ofertados, todos localizados na bacia de Santos. Demais blocos seguirão para a oferta permanente da ANP. 

” Obrigado a todos que mobilizaram, ajudaram e estiveram presentes em prol do nosso litoral catarinense. Nossa economia, nossa fauna marinha, pesca e tainha seguem em segurança. Muito obrigado meus parceiros! Essa vitória é nossa”, afirmou. A parlamentar fez um agradecimento especial ao Instituto Arayara, ao Observatório do Petróleo e Gás e a UFSC. 

Mobilização

Coordenadora da Frente Ambientalista Parlamentar, ela defendia a imediata interrupção da 17ª rodada de leilões para exploração de petróleo e gás em Santa Catarina.  

E justificava: Santa Catarina não foi ouvida e não existiam estudos técnicos preliminares a respeito dos riscos para o litoral dessa exploração de petróleo e gás.  

Mais de 1,5 milhão de catarinenses aderiram às petições se engajando no movimento #MarSemPetroléo preocupados com o futuro do litoral catarinense. Havia a previsão de perdas de 300 mil empregos na cadeia produtiva da pesca em Santa Catarina, de acordo com dados do Observatório do Petróleo.   

Vinte e nove municípios do litoral catarinense corriam o risco direto de sofrerem impactos ambientais ocasionados pela atividade petrolífera em Santa Catarina. Vale destacar que Santa Catarina tem o maior polo pesqueiro do país, com 337 localidades onde ocorre a pesca artesanal. ” Santa Catarina possui mais de 130 espécies de peixes comercializados. A pesca da tainha corre o risco de acabar”, disse a parlamentar. 

Sem falar dos danos ambientais, alerta. ” Corremos o risco de lidarmos com vazamentos de petróleo, como o ocorrido no litoral do Nordeste, em agosto de 2019, que causou um enorme prejuízo econômico (turismo e pesca), na saúde e para a biodiversidade”. 

Em 5 de agosto, Paulinha coordenou a audiência pública, que discutiu “Os impactos econômicos e socioambientais da exploração de petróleo no litoral catarinense”. Ela contou com o apoio do deputado Padre Pedro (PT). 

08/10/2021

Fonte: https://visornoticias.com.br/litoral-catarinense-esta-salvo-diz-paulinha-apos-empresas-nao-se-interessarem-por-exploracao-de-petroleo/amp/

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

COP30: Soluções alimentares de baixo carbono ganham protagonismo e apontam novos rumos para políticas climáticas no Brasil

Projetos que unem agroecologia, alimentação saudável e fortalecimento da agricultura familiar foram apontados como algumas das soluções climáticas mais concretas apresentadas na COP30. Em uma mesa-redonda no Arayara Climate Hub, especialistas, gestores públicos e agricultores mostraram que colocar comida de verdade — limpa, local e justa — no centro das políticas climáticas pode ser decisivo para conter a crise ambiental

Leia Mais »

“O nosso mangue tem valor com gente”

Grito de  povos extrativistas e comunidades costeiras do litoral amazônico ecoa na COP30   Comunidades da costa amazônica lançaram neste sábado (15/11) o  documento “O GRITO DO MANGUE PELO CLIMA”. Elaborado por organizações e redes representativas de povos extrativistas e comunidades costeiras do litoral amazônico, o material reúne análises e reivindicações de populações que vivem na linha de frente da

Leia Mais »

Territórios indígenas sob pressão: impactos de petróleo, mineração e agronegócio são debatidos durante a COP30

No dia 14 de novembro, o Arayara Amazon Climate Hub sediou a mesa-redonda “Territórios indígenas na mira de grandes empreendimentos: do petróleo à mineração”, organizada por organizações de base indígena de diversas regiões e biomas do Brasil. O encontro reuniu lideranças de diferentes regiões do país para debater os impactos de empreendimentos de desenvolvimento — como mineração, petróleo, gás, hidrelétricas

Leia Mais »

Risco de Sacrifício: Amazônia Debate a Mineração Estratégica e a Corrida por Minerais na Transição Energética

A crescente demanda global por minerais essenciais à descarbonização coloca a Amazônia diante de uma encruzilhada perigosa. O painel “Amazonía y Transición Energética Justa: Propuestas para Abordar la Minería y los Derechos de Pueblos Indígenas y Comunidades Locales”, realizado no ARAYARA Amazon Climate Hub, reuniu lideranças pan-amazônicas e especialistas para debater como garantir que a busca por cobre e lítio

Leia Mais »