+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Jovens promovem Greve Pelo Clima em várias cidades brasileiras

Com o tema “Ruína ou Revolução essa é a escolha da nossa geração”, o movimento destaca a urgência de ações práticas

Cerca de 20 cidades no Brasil realizaram manifestações para chamar a atenção sobre a emergência climática. Boa parte das ações foi realizada na sexta e em outras no sábado.

Em Curitiba, uma série de atividades foram realizadas no sábado, dia 26. Entre elas, foram promovidas oficina de cartazes, panfletagem com interação com o público na Praça Santos Andrade, em frente a Universidade Federal do Paraná. Em torno de 30 manifestantes dos movimentos Araucária pelo Clima, Ecoar, Juntos, União Estadual de Estudantes, do PSol e Instituto ARAYARA e outros participaram da manifestação.

Uma marcha pela rua 15 de novembro, no Centro de Curitiba chamou a atenção do público. Os manifestantes gritaram as  palavras de ordem: “ruína ou revolução, essa escolha da nossa geração” e “enquanto a floresta some, o povo passa fome”. Depois da caminhada, os participantes fizeram uma roda de conversa onde o tema foi  sobre como conscientizar a sociedade sobre a urgência climática. “As pessoas precisam se dar por conta de que é nossa própria espécie que está em perigo, a natureza vai se adaptar, mas e os seres humanos, como ficam diante da mudança tão brusca do clima?”, aponta Dálcio Costa, do movimento Araucária. 

Dálcio acrescenta que o movimento também visa a conscientização sobre os problemas que os combustíveis fósseis acarretam. “Uma das maiores ameaças que temos é o fracking, onde são perfurados poços para extração de gás de xisto”.  Ele lembra que a ARAYARA integra a campanha Não Fracking Brasil. Clique aqui e saiba mais.

Fridays For Future no Brasil

A atividade de Curitiba integra as ações do movimento Greve Pelo Clima, que reúne ativistas de aproximadamente mil cidades, em 80 países, para exigir o fim do modelo econômico atual e por uma justiça socioclimática e ações ambientais honestas e eficientes por parte dos líderes mundiais. A manifestação é organizada pelo Fridays For Future (“Sextas-Feiras Pelo Clima”) e pela Marcha Mundial por Justiça Climática.

No Brasil, as ações aconteceram na sexta-feira em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, Altamira, Mossoró, Pelotas, Santo André, Viamão, Volta Redonda entre outras. Em documento, os organizadores da greve retificam o histórico colonial dos países do Norte Global sobre os países do Sul Global e os impactos do modelo econômico extrativista. 

Ativismo Jovem

A Greve Pelo Clima é resultado da mobilização global de jovens ativistas. Em 2018, a adolescente Greta Thumberg sentou-se, diariamente, por três semanas na frente do parlamento sueco com a placa “Greve Escolar Pelo Clima”. O intuito era protestar contra a inércia dos líderes diante da crise climática. Greta divulgou a ação via redes sociais e a mobilização ganhou rapidamente a adesão de outros estudantes, se espalhando por outros países. Logo, a manifestação se concentrou na sexta-feira, com a criação do Fridays For Future. 

O ativismo jovem já é destaque em eventos climáticos mundiais, como a Conferência das Partes e a Cúpula do Clima. Em 2021, jovens como Txai Suruí e Alice Pataxó representaram as vozes de milhares de indígenas brasileiros, denunciando a política anti-indigenista do governo Bolsonaro. Incêndios florestais, secas prolongadas, inundações são eventos climáticos extremos sentidos com maior intensidade e frequência dos últimos anos. 

“A manifestação nas ruas e nas redes é fundamental para barrar as iniciativas de políticas destruidoras do ambiente”, lembra Dálcio.  O Brasil se comprometeu em acordos mundiais, como o Acordo de Paris, a reduzir em 37% suas emissões até 2025, no entanto, o país registrou aumento de 9,5% na pandemia. Temas como transição energética justa são fundamentais para a redução do desmatamento e melhora na qualidade de vida da população. 

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Arayara na Mídia | Terra deve chegar ao fim do século 3,1ºC mais quente

O aumento de temperatura esperado para o fim do século será de 3,1°C caso as contribuições nacionais para reduzir emissões de CO2 não atinjam níveis mais ambiciosos   Por Paloma Oliveto para o Correio Braziliense    O planeta se aproxima de chegar ao fim do século 3,1°C mais quente do que na era pré-industrial, alcançando temperaturas incompatíveis com a vida.

Leia Mais »
Foto: creative commons

Coalizão ambientalista ganha força no Conselho Estadual de Mudanças Climáticas de SP

O Instituto Internacional Arayara foi eleito membro do Conselho Estadual de Mudanças Climáticas de São Paulo, em uma votação realizada na segunda-feira (21), que contou com a participação de diversas organizações socioambientais. A eleição ocorreu no formato híbrido e marcou a escolha das entidades da sociedade civil que irão compor o Conselho, cuja função é monitorar a implementação da Política

Leia Mais »

COP16: especialistas debatem Energia Limpa e Biodiversidade na América Latina 

O Instituto Internacional Arayara marca presença na 16ª Conferência sobre a Diversidade Biológica (COP16), que acontece entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro, em Cali, na Colômbia. O evento reúne representantes de 193 países com o objetivo de fortalecer as estratégias e legislações de proteção ambiental, em um momento crucial para a preservação da biodiversidade global.  Durante

Leia Mais »
Foto reprodução: Vazamento do Nord Stream - Ministério da Defesa da Dinamarca / AFP

Estas são as razões pelas quais o corredor de hidrogénio H2med é um investimento ruim

Projeto H2med, assinado por Espanha, Portugal e França, que ambiciona ser o maior gasoduto de transporte de hidrogênio verde entre a Península Ibérica e a Europa Central, tem sido contestado por diversas organizações internacionais e partidos europeus que argumentam que H2med pode prejudicar a transição energética. O Instituto Internacional Arayara assina a carta-manifesto, que explicita as ressalvas ao projeto. Por

Leia Mais »