+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Fracking afeta indústria de bebidas

Consumo excessivo de água pelo método e a contaminação do solo estão entre as causas

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

A indústria petrolífera se configura como uma das maiores ameaças à saúde do nosso planeta. Segundo a ONU, o setor do petróleo é o principal contribuinte para o agravamento das mudanças climáticas. Além disso, essa indústria depende de um recurso que é o mais valioso para a vida: a água. Tratando-se do fracking, milhões de litros de água potável são utilizadas, o que compete diretamente com outras indústrias, o agronegócio e a população em geral. 

Um dos setores fortemente afetados pelo fracking é o da produção de bebidas, como a cachaça e a cerveja. A contaminação do solo – onde são cultivados a cevada e os grãos utilizados na produção da bebida – e a qualidade da água proveniente de aquíferos são fatores de grande preocupação para a produção.

A equipe da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, visitou, em 13 de setembro de 2022, a fábrica de aguardente Baixão do Cosmo, onde puderam observar toda a produção da cachaça e conversar com o proprietário sobre os impactos que o fracking poderia gerar em seu setor. O grupo destacou ao proprietário da fábrica de aguardente Baixão do Cosmo os riscos que o fracking representa para o seu negócio e também para o meio ambiente. 

A contaminação do solo e das águas subterrâneas pode comprometer a qualidade dos insumos utilizados na fabricação da bebida, afetando diretamente o sabor e a segurança do produto final. Além disso, a escassez de água potável, causada pela utilização excessiva desse recurso no fracking, pode impactar toda a cadeia de produção.

Diante dos desafios enfrentados pela indústria de bebidas e por outras atividades que dependem da água como recurso essencial, é necessário impedir o modelo de exploração do gás de xisto e buscar alternativas mais sustentáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente. A preservação da água e a promoção de energias renováveis são caminhos indispensáveis para garantir um futuro à sociedade.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: La COP 30 fue una nueva victoria de la industria fósil, mientras la humanidad avanza hacia la barbarie climática

La COP 30 fue una victoria más para la industria fósil, lo cual no sorprende a quienes siguen estas conferencias. Pero, esta vez, fue aún más frustrante porque, al inicio de la conferencia, hubo menciones a un supuesto “mapa del camino” para reducir gradualmente la quema de combustibles fósiles en los próximos años. Sin embargo, ese “mapa del camino” resultó

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Lobby predomina e compromete negociações sobre fim dos combustíveis fósseis

Com 1.602 representantes credenciados, indústria teve papel crucial para a exclusão do “roadmap” fóssil do texto final da COP30 Uma questão antiga, mas cada vez mais presente nas conferências do clima, marcou a COP30 em Belém: a atuação intensa dos lobistas dos combustíveis fósseis. Enquanto representantes da sociedade civil e diversos países pressionavam para que a “transição para longe dos

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Cresce litigância judicial contra projetos de petróleo na Amazônia

O Brasil tem registrado uma intensificação na litigância climática, com mais de 340 ações até novembro de 2025, segundo dados do Sabin Center for Climate Change Law, da Columbia University. Essa tendência evidencia a crescente mobilização de ONGs, movimentos sociais e sociedade civil contra projetos prejudiciais ao meio ambiente, como a licença ambiental para pesquisas de petróleo na Bacia da

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Jovens ativistas ambientais: a força que move a luta contra as mudanças climáticas

Durante a COP30, a presença e o protagonismo de jovens ativistas ambientais chamaram atenção para o avanço da participação da nova geração na luta contra o aquecimento global. Com trajetórias marcadas por desafios sociais e ambientais, esses ativistas carregam na bagagem a urgência de mudanças e a esperança de um futuro mais justo e sustentável. Juventude na linha de frente

Leia Mais »