1° Seminário Nacional dos Consumidores de Energia é promovido em Brasília
Brasil está a caminho de uma revolução energética: 1° Seminário Nacional dos Consumidores de Energia convoca para a visão de quem paga a conta (mais…)
Brasil está a caminho de uma revolução energética: 1° Seminário Nacional dos Consumidores de Energia convoca para a visão de quem paga a conta (mais…)
In a report released today, August 29, by the International Renewable Energy Agency (IRENA), the world was given further proof of what civil society has been announcing for years: renewable energy is the way to reduce spending on electricity generation and mitigate the effects of the climate emergency.
The IRENA document is called “Renewable energy generation costs in 2022”. It provided data proving that approximately 86% of all newly commissioned renewable capacity for the year – around 187 gigawatts – had lower costs than electricity produced by fossil fuels. The report revealed that the global energy sector has saved 520 billion dollars in fuel costs thanks to renewable energy.
The world is going through a crisis related to non-renewable fuels. Countries are witnessing constant increases in spending on obtaining these resources and on the materials needed to work with the entire fossil fuel chain. Without the adoption of renewable energy generation, many nations would experience serious financial crises trying to overcome the impacts of high prices.
Francesco La Camera, Director General of IRENA, believes that 2022 represents a turning point in the implementation of renewable energies. According to him, they have never been as competitive in the market as they are now. In an analysis of the weighted average cost of electricity, the report shows that utility-scale solar energy fell by 3% and concentrated solar by 2%. Onshore wind, bioenergy and geothermal energy also fell by 5%, 13% and 22% respectively.
Renewable energy generation costs in 2022 show that the era of fossil fuels is over. The world already has more advanced technologies for producing electricity. With renewable sources, energy bills are falling and negative impacts on the world are being reduced.
Em relatório divulgado hoje, 29 de agosto, pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o mundo teve mais uma prova do que a Sociedade Civil já anuncia há anos: a energia renovável é o caminho para a redução dos gastos com geração de eletricidade e para a mitigação dos efeitos da emergência climática.
O documento da IRENA se chama “Custos de geração de energia renovável em 2022”. Ele trouxe dados comprovando que aproximadamente 86% de toda a capacidade renovável recém-comissionada do ano – cerca de 187 gigawatts – teve custos mais baixos que a energia elétrica produzida por combustíveis fósseis. O relatório trouxe a público que o setor energético global poupou 520 bilhões de dólares nos gastos com combustível graças à energia renovável.
O mundo vem passando por uma crise relacionada aos combustíveis não renováveis. Os países presenciam constantes aumentos nos gastos com a obtenção desses recursos e com os materiais necessários para trabalhar com toda a cadeia dos combustíveis fósseis. Sem a adoção da geração de energia renovável, muitas nações passariam por graves crises financeiras para tentar superar os impactos dos preços elevados.
Francesco La Camera, diretor geral da IRENA, acredita que 2022 representa uma virada de chave na implementação de energias renováveis. Segundo ele, elas nunca tiveram tanta competitividade de mercado como têm agora. Em análise do custo médio ponderado da electricidade, o relatório traz que a energia solar em escala de utilidade teve queda de 3% e a solar concentrada, 2%. Alem disso, as energias eólica onshore, bioenergia e geotérmica tiveram quedas de 5%, 13% e 22% respectivamente.
Custos de geração de energia renovável em 2022 mostra que a era dos combustíveis fósseis já foi. O mundo já conta com tecnologias mais avançadas para a produção de eletricidade. Com as fontes renováveis, a fatura de energia cai e os impactos negativos no mundo são reduzidos.
Nos deparamos com a busca por uma solução consensual para usinas que não seguiram as regras do leilão e não pagaram as devidas penalidades por atraso aos consumidores
O debate contou com a participação de especialistas do setor, incluindo representantes da Secretaria Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Arantes, da secretaria nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leonardo Picciani, do Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee), Fernando Perrone, da Abrace Energia, Vitor Hugo Locca, e do Diretor Técnico do Instituto Internacional ARAYARA Eng. Phd. Juliano Bueno de Araujo. A audiência foi promovida a pedido do deputado federal Bandeira de Mello, subscrito pelo deputado federal Nilto Tatto.
Um dos destaques da audiência foi a fala do representante da ARAYARA e da Coalizão Energia Limpa , o engenheiro especialista ressaltou a importância de se conter a expansão da indústria de óleo e gás e acelerar a transição energética, reduzindo significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Ele mencionou diversas iniciativas e tecnologias que devem ser urgentemente adotadas pelo setor, como a eletrificação de plataformas de produção por meio de energias renováveis, a busca por conversão mais eficiente de energia e a integração com projetos renováveis. Além disso, destacou o uso de fontes renováveis no portfólio de negócios, como bioenergia e hidrogênio verde.
Outro ponto importante abordado na audiência foi a inconsistência técnica de se incentivar a extração do gás natural como principal motor da transição energética. Apesar do argumento de que o gás natural possui menor intensidade de carbono e elevado rendimento térmico, ele continua emitindo gases de efeito estufa. Ou seja, além de atrasar o financiamento das energias limpas, gerará um atraso tecnológico para o Brasil na atual janela de oportunidade da transição energética, em relação aos outros países.
“Nós não estamos de acordo com a afirmação de que o gás natural é transição, nós acreditamos que podemos pular diretamente para o modelo de eletrificação ou para aquilo que o Brasil já tem, que é o modelo de biocombustíveis.” afirma Dr. Juliano Bueno de Araujo, contrapondo a narrativa que difunde a inconveniente solução e, que busca políticas e incentivos para uma transição energética fada ao retrocesso com o uso do gás fóssil.
As propostas apresentadas pelo Instituto Arayara, na fala de Juliano Bueno são:
Ademais foram discutidos os biocombustíveis, nos quais o Brasil possui tradição e reconhecimento internacional. Foi mencionado o programa RenovaBio, que regula a produção eficiente de biocombustíveis e estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. O programa tem contribuído para a redução de milhões de toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera e já certificou mais de 300 unidades produtoras.
Durante a audiência, também foi destacada a importância da parceria entre governos, reguladores, empresas, academia e sociedade para alcançar as metas assumidas no Acordo de Paris. Todos os setores envolvidos devem estar comprometidos com a redução das emissões e o aumento da eficiência energética. Foram elencados os seguintes encaminhamentos da Audiência Pública:
A Audiência Pública sobre Eficiência Energética que teve vários vieses, destacou a importância da transição energética no Brasil e trouxe propostas concretas para promover a eficiência energética, o uso de fontes renováveis e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Os encaminhamentos práticos discutidos apontam para a necessidade de políticas públicas robustas, investimentos em pesquisa e inovação, integração de fontes renováveis, fomento à eficiência energética e estímulo à mobilidade sustentável. Essas ações são fundamentais para impulsionar a sustentabilidade ambiental e promover um futuro energético mais limpo e resiliente para o Brasil.
Nesta quinta, 15/06, às 15 horas, o Instituto Internacional Arayara participará, representado pelo Diretor técnico Juliano Bueno, da discussão sobre eficiência energética no Brasil, que é promovida pela Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a pedido do deputado Bandeira de Mello, subscrito pelo deputado Nilto Tatto. A audiência acontece no Anexo II, Plenário 02 da Câmara dos Deputados, em Brasília com os(as) seguintes convidados(as):
ANA AMÉLIA CAMPOS TONI
Secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA;
LEONARDO PICCIANI
Secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades;
GUILHERME OLIVEIRA ARANTES
Gerente do Departamento de Energia Elétrica do BNDES;
RODOLFO HENRIQUE DE SABOIA
Diretor-Geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
FERNANDO PERRONE
Diretor-geral do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE);
VICTOR HUGO IOCCA
Diretor de Energia do ABRACE Energia;
JULIANO BUENO DE ARAÚJO
Diretor do Instituto Internacional Arayara;
Nesta audiência, serão abordados tópicos de extrema importância para o futuro do nosso país e do planeta:
1️⃣ Eficiência Energética Industrial:
Exploraremos como é possível promover a eficiência energética no setor industrial. Apresentaremos estratégias, tecnologias e boas práticas que podem ser adotadas para reduzir o consumo de energia, aumentar a produtividade e diminuir o impacto ambiental. Acreditamos que o avanço nesse sentido é fundamental para garantir um futuro sustentável para o Brasil.
2️⃣ A Importância do Avanço do Brasil em Eficiência Energética:
Discutiremos por que é essencial que o Brasil avance rumo à eficiência energética. Abordaremos os benefícios econômicos, sociais e ambientais que podem ser alcançados ao investir nesse caminho. Com a adoção de práticas sustentáveis, nosso país poderá se tornar um exemplo para o mundo, criando um modelo de desenvolvimento que preserva os recursos naturais e promove a qualidade de vida de todos os cidadãos.
3️⃣ Eficiência Energética Residencial:
Destacaremos a importância de melhorar a eficiência energética nas residências, especialmente no que se refere aos eletrodomésticos e eletroeletrônicos fabricados no Brasil. Apresentaremos propostas para que esses produtos visem a maior eficiência, além de torná-los acessíveis em termos de preço. Acreditamos que todos devem ter a oportunidade de adquirir equipamentos eficientes, contribuindo para a redução do consumo de energia e o cuidado com o meio ambiente.
Alguns tópicos importantes sobre Eficiência Energética:
🔸Eficiência Energética Industrial
O setor industrial já tem adotado práticas e tecnologias voltadas para a eficiência energética, visando reduzir o consumo de energia e aumentar a produtividade, mas ainda tem muito a avançar. Isso inclui a implementação de sistemas de gestão energética, modernização de equipamentos e processos produtivos, além da utilização de fontes de energia renovável.
🔸Programas de Eficiência Energética
Empresas de energia elétrica e órgãos governamentais têm desenvolvido programas de eficiência energética, oferecendo incentivos e financiamentos para a implementação de projetos de eficiência em diferentes setores. Esses programas visam estimular a adoção de medidas que reduzam o consumo de energia e promovam a sustentabilidade. Esses programas precisam ter maior amplitude e disseminação para alcançar, cada vez mais, os melhores resultados com o crescimento da demanda.
🌱 Energia Limpa na Indústria
Um estudo lançado pela Coalizão Energia Limpa, intitulado “Vulnerabilidades do Setor Elétrico Brasileiro Frente à Crise Climática Global e Propostas de Adaptação” demonstra um cenário possível para alcançar a transição para utilização de energias renováveis na indústria sem a utilização do gás natural nesse ínterim.
É muito importante que o debate sobre eficiência energética no Brasil leve em consideração que estamos vivendo um período importante de decisões que impactam a vida de todos os brasileiros e a sustentabilidade da vida no planeta. A eficiência significa redução de custos para os consumidores e consequentemente maior poder de compra para os brasileiros, além de que, com medidas bem planejadas, conseguiremos reduzir a dependência de combustíveis fósseis para frear a crise climática.