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Calor recorde no Ártico preocupa

Calor recorde no Ártico preocupa

O Ártico está aquecendo com o dobro da velocidade da média global e, apenas neste ano, uma primavera siberiana excepcionalmente quente derreteu a neve do solo e quebrou prematuramente a camada glacial dos rios.

“A falta de neve subjacente na região combinada com o aumento geral da temperatura global sem dúvida ajudou a desempenhar um papel crítico ao causar essa observação extrema da temperatura”, completou.

Leia a reportagem completa aqui.

Eólicas conseguem isenções fiscais de R$ 24,6 milhões em Pernambuco

Eólicas conseguem isenções fiscais de R$ 24,6 milhões em Pernambuco

O Ministério de Minas e Energia enquadrou as centrais eólicas Pau Ferro II e Tacaicó, totalizando 99 MW de capacidade entre 18 aerogeradores a serem construídos no município de Tacaratu (PE), junto ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Com o provimento, a Enel Green Power, detentora das usinas, obtém uma economia de aproximadamente R$ 24,6 milhões com os encargos PIS/PASEP e Confins, ficando o investimento total planificado em R$ 266,6 milhões para obras até abril de 2022.

O MME também aprovou a implementação da pequena central hidrelétrica Jesuíta, somando 22,3 MW de potência dividida em quatro turbinas a serem instaladas até 2024 entre os municípios de Sapezal e Campos de Júlio, no Mato Grosso. A Jesuíta Energia conseguirá isenção de R$ 15,9 milhões em impostos, com o aporte final estimado em R$ 187,4 milhões.

Outra PCH que obteve o enquadramento foi a Âmbar, com três unidades geradoras somando 5,1 MW de potência na altura de Romelândia e Flor do Sertão, em Santa Catarina. O período de execução do empreendimento vai até 2022, com a companhia Rio Sargento Energia desembolsando R$ 31,5 milhões, livre das taxas.

Transmissão – Já a Cteep, controlada pelo grupo colombiano ISA, conseguiu a classificação para o projeto de reconstrução da linha de transmissão Baixada Santista/Tijuco Preto – C3, em 345 kV. As melhorias serão realizadas entre as torres 18 e 42, num trecho de quase dez quilômetros em Cubatão (SP), com previsão de conclusão para abril de 2024. O investimento na iniciativa é de R$ 42 milhões, já descontados os encargos previstos pelo Reidi.

Fonte: Agência Canal Energia

Ex-ministros pedem exame de denúncias de ‘potenciais crimes de responsabilidade’ cometidos por Ricardo Salles

Ex-ministros pedem exame de denúncias de ‘potenciais crimes de responsabilidade’ cometidos por Ricardo Salles

Grupo que comandou pasta do Meio Ambiente enviou carta aberta solicitando providências ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral da República

Nove ex-ministros do Meio Ambiente solicitaram esta quarta-feira, em carta aberta, que o Ministério Público Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) tomem medidas legais para garantir a preservação ambiental do país.

A “Carta Abertura do Fórum de Ex-Ministros do Meio Ambiente do Brasil em Defesa da Democracia & Sustentabilidade” é assinada por Carlos Minc, Edson Duarte, Gustavo Krause, José Carlos Carvalho, Izabella Teixeira, Marina Silva, Rubens Ricupero, José Sarney Filho e José Goldemberg, que comandaram a pasta nos governos de cinco presidentes (Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma e Temer).

A PGR, segundo os ex-ministros, deve “cumprir o compromisso constitucional de examinar com imparcialidade e presteza as denúncias de crime de responsabilidade potencialmente cometidos” pelo atual titular do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O grupo lembra a reunião ministerial de 22 de abril, quando Salles defendeu a tomada de “reformas infralegais” para “passar a boiada” sobre a legislação ambiental enquanto a imprensa estava com as atenções voltadas para a cobertura da pandemia do coronavírus.

“Na ocasião, (Salles) confessou de público o que pode caracterizar crime de responsabilidade, por desvio de função e poder, ao revelar o verdadeiro plano em execução por este governo que é ‘passar a boiada’ sobre a legislação socioambiental (…) Causa indignação e espanto que a proposta não merecesse reprimenda em nome do decoro, nem reparo dos presentes, em defesa da moral e da honra”, condena o documento.

A carta também apela para que membros do Congresso Nacional não permitam a tramitação ou aprovação de projetos de lei ou medidas provisórias que atentem contra o meio ambiente. Aos governadores e prefeitos, o texto pede para que sigam políticas de enfrentamento ao coronavírus e promovam “políticas públicas de conservação ambiental”, bloqueando a destruição de biomas.

Em abril, Salles assinou uma medida que reconhecia como áreas de ocupação consolidada as áreas de preservação permanente (APPs) desmatadas até julho de 2008. Isso permitia o retorno de atividades agropecuárias nessas áreas. O ato teria impactos diretos na preservação da Mata Atlântica, porque as APPs são consideradas fundamentais para a segurança hídrica da região. Ao ser questionado pelo Ministério Público Federal, ele revogou a medida.

O Ministério do Meio Ambiente não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.

Fonte: O Globo

Pesquisa revela que 84% dos brasileiros apoiam lei contra fake news

Pesquisa revela que 84% dos brasileiros apoiam lei contra fake news

Uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado cedida à CNN revela que, dos 78% dos brasileiros com mais de 16 anos que possuem perfil em redes sociais, 87% estão preocupados com a divulgação de notícias falsas na internet.

Nesse sentido, 84% dos que usam ou já usaram redes sociais avaliam que a criação de uma lei de combate às fake news vai contribuir para a redução da quantidade de notícias falsas nessas plataformas.

O levantamento foi conduzido entre os dias 9 e 11 de junho, por telefone, com 1.200 pessoas maiores de 16 anos, em todo o país, para saber a opinião dos brasileiros sobre redes sociais e o projeto de lei em tramitação no Senado que visa combater a disseminação de informações falsas na internet.

Entre os principais resultados, a pesquisa mostra que três em cada quatro (76%) dos usuários de redes sociais concordam que, no ambiente virtual, fake news ganham mais visibilidade que notícias verdadeiras, e quase nove em cada dez (93%) acreditam que as notícias falsas trazem riscos para a sociedade no momento atual de pandemia.

Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do PL das Fake News, o levantamento “confirma o amplo desejo da sociedade brasileira por uma legislação que combata a mentira e a desinformação nas redes sociais”. 

O texto pode entrar na pauta do Senado na próxima semana se o relator, Ângelo Coronel (PSD-BA), conseguir apoio ao seu parecer. Ele também é presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das fake news do Congresso.

Na Câmara, projeto semelhante tem como coautores os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tábata Amaral (PDT-SP). Segundo Rigoni, já foram retirados do texto original os pontos conflitantes para focar o que considera essencial: “dar transparência às redes sociais, permitindo saber quem financia conteúdos falsos, e diminuir a presença de robôs não identificados no ambiente virtual”.

Os deputados dizem que já ouviram mais de 70 especialistas. “Todos nós concordamos que basta de fake news. Ninguém quer ser enganado, e a pesquisa do DataSenado mostra isso. As fake news não só distorcem a opinião pública, mas também apresentam um risco à vida dos brasileiros, como estamos vendo agora durante a pandemia”, afirmou a deputada pedetista.

Plataformas

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta semana que a proposta dos deputados seja apresentada para incorporação ao texto do Senado. O democrata tem afirmado que o Brasil precisa ter “um marco legal de melhor qualidade” que permita “responsabilizar as plataformas”.

“Uma plataforma tem que ter responsabilidade, não com o conteúdo, mas ela sabe quando é um robô ou uma pessoa, então o sistema de controle das plataformas que precisa ser melhorado. O que não pode também é um volume de fake news desonrar uma pessoa e ninguém ter responsabilidade com isso”, declarou. 

Essa ideia também vai ao encontro dos resultados da pesquisa. A ampla maioria dos entrevistados (94%) acredita que as empresas devem verificar se as informações publicadas por usuários em suas plataformas são verdadeiras. 

Além disso, 94% concordam que as redes sociais devem colocar um alerta em publicações que contenham informações falsas, e 93% consideram que as plataformas devem diminuir o alcance de publicações que contenham fake news. Para 97%, o usuário que faz uma publicação com informação falsa deve ser alertado pela rede social.

É curioso, porém, que pouco mais da metade dos usuários (54%) tenha conhecimento de que há nas redes sociais perfis controlados por programas de computador, os chamados robôs. Nesse grupo, segundo o DataSenado, 82% sabem que robôs também são usados para espalhar notícias falsas e 75% acham que os perfis controlados por robôs devem conter avisos que os identifiquem como tais.

A pesquisa mostra ainda que o aplicativo de mensagem WhatsApp (64%) é o mais frequentemente usado como fonte de informação, seguido pela televisão (58%) e por sites de notícias (39%).

Por outro lado, a maioria nega já ter decidido voto em eleição baseada em informações de WhatsApp (79%), Facebook (77%) e Twitter (93%).

Fonte: CNN Brasil

Incêndios florestais mudam o canto de pássaros, mostra estudo

Incêndios florestais mudam o canto de pássaros, mostra estudo

Pesquisa realizada na Califórnia mostrou que as transformações na floresta interferem na forma como os pássaros desenvolvem os sons

No mundo dos pássaros, os cantos são a forma de conquistar uma parceira ou de espantar um rival. Seja na guerra ou no amor, os sons transmitem importantes mensagens para a sobrevivência de uma espécie. Na Califórnia, nos Estados Unidos, um grupo de pesquisadores do Departamento de Pesca e Vida Selvagem gravou os cantos da espécie conhecida como mariquita-eremita (ou Setophaga occidentalis, o nome científico) e criou o primeiro conjunto de descrição e mapeamento dos sons. Cada indivíduo aprende o canto da espécie por imitação, o que pode fazer com que grupos distintos tenham variações culturais — como expressões e sotaques em português de diferentes regiões do Brasil. As canções foram divididas em 35 dialetos. Em 2019, os cientistas voltaram a dez áreas que haviam sido estudadas e analisaram os impactos causados por incêndios florestais.

Enquanto no Brasil as queimadas remetem à prática de crimes ambientais na Amazônia, na Califórnia o fogo faz parte do ciclo do ecossistema. Ele é um mecanismo natural para a renovação das florestas. Por isso, a mudança que ocorreu no canto não representa, necessariamente, algo ruim. Contudo, com a interferência de mudanças climáticas e da ocupação humana, incêndios de grandes proporções, como a temporada de 2018 na Califórnia, a mais destrutiva da história, geram impactos negativos. De acordo com a bióloga do Observatório de Aves da Mantiqueira (OAMa), Luiza Figueira, a urbanização interferiu no ciclo natural do habitat. “O fogo foi suprimido durante anos e isso gerou um acúmulo de combustível, a matéria orgânica. Durante uma temporada muito seca, com tempestades mais fortes e incidência de raios, não há como evitar o incêndio e a proporção é muito maior”, explicou.

Com dados coletados desde 2009, os pesquisadores perceberam que a diversidade de sons aumentava em áreas que haviam sido atingidas pelos incêndios florestais. Os resultados mostraram que três fatores impactaram nas canções: as queimadas, o efeito em massa de dispersão de pássaros, que abre espaço para indivíduos de outros grupos inserirem seus dialetos, e o intervalo de tempo. “A espécie é migratória. O fogo causa uma ruptura com a saída dos pássaros que não conseguem mais viver no local que foi destruído. Depois de alguns anos, eles podem voltar e existe um dialeto diferente”, explicou Luiza. Para a bióloga, a característica da ave é outro ponto que se diferencia da Amazônia. “Não existe queimada natural na Amazônia. Como as espécies não estão acostumadas com a dinâmica do fogo, o impacto pode ser maior. Além disso, elas não são migratórias. Quando a queimada acontece, ela destrói a ‘casa’ definitiva dos indivíduos”, explicou.

Segundo os pesquisadores, a mariquita-eremita parece ser especialmente sensível ao fogo durante períodos de tempo mais curtos. No primeiro momento, o pássaro é impactado negativamente após os incêndios, mas reage positivamente no longo prazo, pois a floresta se reestrutura e há aumento na população de insetos. No caso da mariquita-eremita, o canto para a reprodução segue uma fórmula simples. Quando se trata de defender o território, os sons se tornam mais complexos, como se fosse literalmente uma disputa para ver quem sairá vencedor. Normalmente, uma única canção é dominante dentro de um determinado território.

De acordo com o autor principal do estudo, Brett Furnas, a pesquisa sugeriu que os dialetos aumentaram em populações em diferentes tipos de florestas. “No longo prazo, o fogo causou a fuga de alguns pássaros e criou um vácuo sonoro para ser preenchido por outras aves. O resultado foi que algumas áreas têm pássaros cantando mais de um dialeto, resultando em uma complexa diversidade de sons na Califórnia”, afirmou. Entre 2009 e 2014, os cientistas gravaram 1.588 machos ao longo de 101 áreas de estudo.

Fonte: Veja | Foto: Mariquita-eremita Frode Jacobsen/Flickr

Brasil não adere ao compromisso de 130 países de lutar contra fake news

Brasil não adere ao compromisso de 130 países de lutar contra fake news

O governo de Jair Bolsonaro não aderiu a uma iniciativa de países de todo o mundo para estabelecer um compromisso de não difundir desinformação em meio à pandemia. O documento foi assinado por 132 países e autoridades.

Aliados do governo Bolsonaro como Israel, Índia, Hungria e Japão assinaram a declaração. Até mesmo o governo dos EUA de Donald Trump aderiu, assim como o Reino Unido de Boris Johnson. Também aderiram ao projeto Alemanha, França e Itália, entre muitos outros países democráticos.

Na América do Sul, fazem parte do projeto o Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Suriname, Bolívia, Peru e Argentina, além da Venezuela e Equador. Na região, só o Brasil ficou de fora.

As informações são do portal UOL.

Já falamos, aqui no site do Instituto Arayara, sobre os impactos das Fake News no atendimento médico em tempos de covid-19.

FAKE NEWS MATA

Em maio (31), foi lançado, em meio a uma forte discussão sobre Fake News, um portal que reúne casos em que notícias falsas levaram a morte, linchamento e pânico. O site www.noticiafalsamata.com.br apresenta ao usuário dados, depoimentos e reportagens que visam alertar os brasileiros que o debate sobre o tema não pode ser ideologizado. 

Ao resgatar casos reais de violência, linchamento, mortes e pânico, a iniciativa quer chegar às casas de todos os brasileiros com outra visão de um problema real e que leva à morte de inocentes, ainda mais em tempos de pandemia, quando promessas milagrosas de cura ou combate ao coronavírus se propagam numa velocidade jamais vista.

Veja alguns dados:

110 milhões de pessoas acreditam em ao menos uma Fake News sobre o coronavírus;

62% dos brasileiros admite ter acreditado em notícias falsas;

9 em cada 10 brasileiros já viram notícias falsas sobre o coronavírus ou seja, cerca de a 141 milhões de pessoas;

Apenas 22% dos brasileiros checam a veracidade das notícias antes de compartilhá-las;

2 em cada 3 brasileiros receberam Fake News nas últimas eleições