+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Brasil corre risco com exploração de Fracking

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados retira de pauta lei que visa proibir o fraturamento hidráulico

 

Na última quarta-feira, 7 de dezembro, foi retirado da pauta da CMADS o Projeto de Lei 1.935 de 2019, apresentado pelo Dep. Schiavinato, idealizado conjuntamente pela Arayara a partir da campanha da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS) com relatoria do Dep. Rodrigo Agostinho. O documento aponta para os impactos causados pela exploração de forma não convencional do gás de folhelho (conhecido como xisto) por meio do método chamado fracking, visando sua proibição.


Trata-se de um processo de liquefação subterrânea de rochas extremamente danoso, utilizando milhões de litros de água, com areia e centenas de produtos químicos, o que gera diversos problemas conhecidos. Diversos estudos comprovam ameaças graves em locais que praticam essa exploração, doenças mortais são geradas, como por exemplo, o aumento no número de casos de leucemia em crianças, assim como caem a qualidade de vida e o acesso a recursos naturais pela população. São comuns vazamentos de gás, terremotos, chuva ácida, rios mortos que pegam fogo, morte de animais, das plantações, vegetações e há também, no caso de se fazer fracking no Brasil, risco de contaminação irreversível das duas maiores reservas subterrâneas de água do mundo, o aquífero Guarani e o Sistema Aquífero Grande Amazônia – SAGA. O problema também inclui o agravamento da crise climática, visto que o gás metano e outros gases nocivos são liberados e queimados.

 

O PL seria votado com um substitutivo que autoriza o início da exploração sem cunho comercial, para fins de pesquisa, o que seria desastroso para áreas que já tem blocos comprados pelas empresas interessadas na exploração. Qualquer tipo de tentativa de utilização do método causa grandes danos, dada a gravidade dos impactos que o fracking gera. Além de que, isso abriria espaço para a entrada do fracking no Brasil, técnica barrada pela COESUS há 10 anos e já proibida em centenas de cidades e países. 

 

Esse Projeto de Lei, que proíbe o fracking, poderá ser colocado em pauta novamente  no próximo dia 14/12, data marcada para nova reunião da Comissão de Meio Ambiente em Brasília, sendo assim, pelo Brasil livre do fracking, é necessário que a matéria seja aprovada em sua íntegra, sem substitutivo.

 

Para saber mais sobre a importância de barrar o fracking, acesse a cartilha Não Fracking Brasil 2022.

 

Quer se engajar na campanha? Assine a petição clicando aqui e fique de olho nas redes sociais para participar de mobilizações, siga @ArayaraOficial e @NaoFrackingBrasil

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Nota de repúdio aos jabutis do PL 576/21

O PL 576/21, que deveria regulamentar as Eólicas Offshore, representa o maior retrocesso para a transição energética justa e sustentável no Brasil, pois dentre os benefícios concedidos ao setor dos combustíveis fósseis, garante subsídios até 2050 para as usinas termelétricas a carvão mineral da Região Sul — as maiores emissoras de gases de efeito estufa na geração de energia elétrica

Leia Mais »

Transição energética: organizações debatem soluções para uma matriz energética sustentável no Brasil

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados discutiu, no último dia 12/12, a construção da matriz energética ideal para o Brasil até 2050. Anton Schwyter, Gerente de Energia, Clima e Geociências do Instituto Internacional ARAYARA e representante da Coalizão Energia Limpa, participou ativamente do debate, que é considerado crucial para o futuro energético do país. Realizado no

Leia Mais »

Uma cúpula contra o gás: Críticas ao gás natural liquefeito (GNL) e suas consequências

Uma cúpula anti-gás teve lugar na Rosa-Luxemburg-Stiftung, em Berlim, nos dias 8 e 9 de Dezembro, em resposta à Cúpula Mundial de GNL. Nesta cúpula, os participantes internacionais destacaram a falta de informação sobre os perigos associados ao transporte, armazenamento e processamento, bem como os efeitos prejudiciais para o ambiente do gás natural liquefeito (GNL). 11/12/24– Por Roland Herzig –

Leia Mais »

MPE é contrário à cassação de registro de Comandante Nádia

Destinado a diversificar a matriz energética brasileira com incentivo a fontes limpas, o projeto de lei que regulamenta a exploração de energia eólica a partir de unidades instaladas no mar, o chamado PL das Eólicas Offshore, foi aprovado ontem pela Comissão de Infraestrutura do Senado. Os parlamentares aprovaram na íntegra o relatório do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que, além de

Leia Mais »