+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Bancos centrais defendem taxonomia global para finanças verdes

Relatório publicado na terça (27/4) pela Rede para Tornar o Sistema Financeiro mais Verde (NGFS, na sigla em inglês) defende padrões obrigatórios de divulgação global com métricas específicas do setor financeiro para garantir o alinhamento dos investimentos com a meta de emissões líquidas zero.

O grupo que reúne 114 bancos centrais alerta para a necessidade de critérios claros e comparáveis internacionalmente para avaliar os benefícios e custos ambientais para os investidores em diferentes jurisdições.

“Revisões externas confiáveis desempenham um papel importante na mitigação do risco de greenwashing, ou tentativas de declarar atividades como ecologicamente corretas quando não o são”, destaca o documento.

Além de analisar os diversos padrões e práticas adotadas pelo mundo para identificar os principais desafios em relação a taxonomias, métricas e estruturas de transição climática, o estudo traz três recomendações para os formuladores de políticas:

Aumentar a transparência do mercado sobre os objetivos verdes e de transição de emissores e investidores: Taxonomias e estruturas de transição climática são mais eficazes quando estão vinculadas a objetivos claros e metas líquidas zero baseadas na ciência.

Facilitar a comparabilidade e a interoperabilidade de taxonomias, estruturas e princípios: Um entendimento comum de critérios, metas e metodologias é fundamental para evitar divergências nas avaliações em revisões externas verdes.

Acelerar os esforços de divulgação e relatórios: Divulgação e relatórios aprimorados, baseados em padrões globais de divulgação com métricas específicas do setor, formarão a base para dados climáticos, planos de transição e produtos de investimento consistentes, comparáveis e confiáveis.

“O aquecimento global e a geopolítica tornam cada vez mais importante reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis. Para fornecer o financiamento necessário para a transição, os investidores precisam de critérios claros e comparáveis internacionalmente para avaliar os benefícios ambientais e os custos de seus investimentos”, comenta Sabine Mauderer, vice-presidente do NGFS e membro do Conselho Executivo do Deutsche Bundesbank.

“Em poucas palavras, precisamos de taxonomias harmonizadas e estruturas de transição, bem como padrões globais de divulgação de linha de base”, completa.

“Os agentes financeiros devem eliminar o financiamento da indústria fóssil, pois o único caminho é o de cortarmos as emissões de gases de efeito estufa, eliminarmos financiamentos para novas termelétricas a Carvão e minimizar o investimento de novas Termelétricas a Gás, e disponibilizar intensamente recursos e fundos para geração de energia eólica, solar, biomassa, Bioetanol, hidrogênio verde e a indústria da eficiência energética, bem como compromissos e relatórios de governança e certificados ESG que sejam ¨verdadeiros e reais¨e não apenas um empacotamento ¨do sustentável FAKE ou do Greenwashing” é uma necessidade urgente¨, comenta Juliano Bueno de Araujo, Diretor de Programas e Técnico do Instituto Internacional ARAYARA e Conselheiro da Rede Brasileira de Energias Renováveis e da Sustentabilidade.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA e Urgewald – Coletiva de Imprensa Online sobre o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão

No Caminho para a COP30: Governo Brasileiro Pretende Liberar Exploração Maciça de Novas Reservas de Petróleo e Gás Na quinta-feira, 12 de junho, às 15h (horário da Europa Central – CEST), a Urgewald convida para uma coletiva de imprensa online com: Nicole Figueiredo Oliveira, diretora  executiva do Instituto Internacional Arayara (Brasil)Nicole apresentará dados sobre a dimensão e os possíveis impactos

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Marcha azul junta centenas em Nice para proteger o oceano

Centenas de pessoas desfilaram hoje pelo passeio pedonal junto às praias de Nice, sul de França, na chamada “Marcha Azul”, durante a qual pediram que se protejam os oceanos. Sob o lema “Proteger os oceanos, proteger a vida”, eram muitos os que envergavam cartazes em inglês e em francês com mensagens como “Proteger significa proteger”, “Todos conseguimos reflorescer o oceano”,

Leia Mais »

Festival Amazônia Terra Preta discute impactos da exploração de petróleo sobre a pesca

Durante o Festival Amazônia Terra Preta, realizado no fim de semana em Macapá (AP), a oceanógrafa e pesquisadora do Instituto Internacional ARAYARA, Kerlem Carvalho, participou do painel “Sistemas Alimentares e Clima: Desafios das Terras e das Águas”. O evento, promovido pelo Instituto Mapinguari, reuniu especialistas, lideranças comunitárias e representantes do setor ambiental para discutir os impactos das mudanças climáticas e

Leia Mais »

UTE Brasília: comunidade reage à falta de transparência sobre termelétrica em seminários no DF

O Instituto Internacional ARAYARA intensificou, nos últimos dias, sua mobilização contra a instalação da Usina Termelétrica Brasília (UTE Brasília), participando de uma série de eventos e encontros comunitários no Distrito Federal que evidenciaram o desconhecimento da população sobre o empreendimento e seus potenciais impactos socioambientais. No dia 31 de maio, durante o seminário “Debatendo as Cidades”, promovido pelo gabinete do

Leia Mais »