+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ANP descumpre regras em processo licitatório de leilão do Pré-Sal

Representante da ARAYARA lembra que a agência não respondeu às demandas da última rodada

Faltando menos de 30 minutos para o início da quinta audiência pública deste ano (a de nº 05/2022) do pré-edital da oferta permanente sob o regime de Partilha de Produção para exploração de petróleo no Pré-Sal a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não havia publicado as Diretrizes Ambientais referente a três blocos do certame Jade, Tupinambá, e Turmalina.

O referido processo licitatório da ANP foi publicado em 5 de janeiro de 2022 através da Resolução CNPE nº 26/2021, que autorizou a licitação de 11 blocos sob o regime de partilha de produção no sistema de oferta permanente e aprovou os parâmetros técnicos e econômicos dos blocos: Esmeralda, Água Marinha, Ágata, Bumerangue, Cruzeiro do Sul, Norte de Brava, Sudoeste de Sagitário, Itaimbezinho, Turmalina, Jade e Tupinambá. Clique aqui para visualizar as áreas dos blocos.

Diversas organizações ambientalistas, entre elas a ARAYARA, o Observatório do Petróleo e Gás participaram desta audiência pública que teve como objetivo obter subsídios e informações adicionais para este pré-edital e suas minutas de contratos. Este evento ocorreu no dia 25 de março de 2022, às 14h, por meio de videoconferência e está disponível aqui.

Uma lista de 38 observações técnicas sobre a exploração foram enviadas à ANP. Os blocos atingem áreas de mar aberto nas Bacias de Santos e Campos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e parte do Espírito Santo.

Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora da ARAYARA, salientou que a agência não deu retorno às demandas das organizações ambientalistas sobre a última rodada. “Expresso que todas as contribuições feitas pelo Instituto Internacional ARAYARA e por outras organizações da sociedade civil ao longo das consultas públicas da ANP, nunca receberam uma devolutiva da parte da Agência Nacional de Petróleo, tratando a consulta pública como um mero mural de recados”, evidencia.

Saiba mais sobre sobre como funciona o processo de leilões de petróleo aqui.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Petrobras tenta expandir área licenciada na Foz do Amazonas

Com permissão para perfurar bloco FZA-M-59 em mãos, empresa usa o mesmo processo para tentar abrir outros três poços de petróleo adjacentes. ONGs vão à Justiça contra autorização do Ibama. Um dia após obter a licença para perfurar o poço FZA-M-59 na bacia marítima da Foz do Amazonas, a Petrobras pediu autorização para abrir mais três usando o mesmo processo. Em documento encaminhado ao Instituto

Leia Mais »

Novo estudo do Inesc aponta queda nos subsídios aos fósseis, mas Brasil ainda privilegia combustíveis poluentes

Na tarde desta quinta-feira (23), diretores do Instituto Internacional ARAYARA participaram do lançamento da oitava edição do Monitoramento dos Subsídios às Fontes de Energia no Brasil (2023-2024), realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). O estudo revela que, pela primeira vez em oito anos, os subsídios aos combustíveis fósseis caíram 42% em 2024. Apesar da redução, o Brasil ainda mantém

Leia Mais »

Ato em Belém denuncia ameaça da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Na noite desta terça-feira (21), movimentos sociais, organizações ambientais, pescadores e lideranças comunitárias se reuniram em Belém (PA) para protestar contra a autorização de perfuração do bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas. O ato — que teve concentração na Escadinha do Cais do Porto e seguiu até a Estação das Docas — reuniu dezenas de pessoas em defesa da vida,

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ambientalistas entram com ação para interromper perfuração da Petrobras na Margem Equatorial

Oito organizações e redes dos movimentos ambientalistas, indígena, quilombola e de pescadores artesanais entraram na quarta-feira, 22, com uma ação na Justiça Federal do Pará contra o Ibama, a Petrobras e a União, pedindo anulação do licenciamento do bloco FZA-M-59, que permitiu à Petrobras iniciar a perfuração de petróleo na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.

Leia Mais »