As emissões de carbono do sistema elétrico global caíram 2% no ano passado, a maior queda em quase 30 anos, quando os países começaram a dar as costas às usinas a carvão.
Um novo relatório sobre a geração de eletricidade no mundo revelou o maior corte nas emissões de carbono desde 1990, quando os EUA e a UE se voltaram para fontes de energia mais limpas.
No geral, a energia das usinas de carvão caiu 3% no ano passado (2019), mesmo com a dependência da China de usinas de carvão subir por mais um ano para compor metade da geração de carvão do mundo pela primeira vez.
A geração de carvão nos EUA e na Europa caiu pela metade desde 2007, e no ano passado entrou em colapso em quase um quarto na UE e em 16% nos EUA.
O relatório do instituto de pesquisas climáticas Ember, anteriormente Sandbag, alertou que o impacto na geração de eletricidade a carvão do mundo dependia de muitos fatores pontuais, incluindo invernos mais amenos em muitos países.
“Está sendo feito progresso na redução da geração de carvão, mas nada com a urgência necessária para limitar as mudanças climáticas”, afirmou o relatório.
Dave Jones, principal autor do relatório, disse que os governos devem acelerar drasticamente a transição da eletricidade para que a geração global de carvão entre em colapso ao longo da década de 2020.
“Mudar de carvão para gás é apenas trocar um combustível fóssil por outro. A maneira mais barata e rápida de acabar com a geração de carvão é através de uma rápida implantação de energia eólica e solar ”, disse ele.
“Mas, sem os esforços conjuntos dos formuladores de políticas para aumentar a energia eólica e solar, deixaremos de cumprir as metas climáticas. O crescimento da China em carvão e, em certa medida, gás, é alarmante, mas as respostas estão lá. ”
A UE fez o progresso mais rápido na substituição de carvão por energia eólica e solar, enquanto os EUA aumentaram sua dependência de gás após o boom do xisto nos últimos anos.
O relatório revelou que a energia eólica e solar renováveis aumentaram 15% em 2019 para constituir 8% da eletricidade do mundo.
Na UE, a energia eólica e solar representou quase um quinto da eletricidade gerada no ano passado, à frente dos EUA, que dependiam dessas fontes renováveis para 11% de sua eletricidade. Na China e na Índia, as energias renováveis representavam 8% e 9% do sistema elétrico, respectivamente.
Para cumprir as metas climáticas de Paris, o mundo precisa registrar uma taxa de crescimento composta de 15% para geração eólica e solar a cada ano – o que exigirá “um esforço colossal”, alertou o relatório.
O relatório de geração de eletricidade foi publicado como uma pesquisa separada, alegando que 38 dos 75 maiores gestores de ativos do mundo estão parando de agir sobre questões ambientais, sociais e de governança (ESG).
O ranking mais recente do Asset Owners Disclosure Project, um esquema gerenciado pelo grupo de campanhas de investimento ShareAction, descobriu que os 38 gerentes de ativos têm compromissos políticos fracos ou inexistentes e não respondem por seus impactos no mundo real em seus ativos principais.
A pesquisa também alegou que os gerentes de investimentos geralmente carecem de processos apropriados de engajamento e escalada sobre mudanças climáticas, direitos humanos e biodiversidade.
As pontuações foram baseadas em uma pesquisa de atividades em governança responsável dos investimentos, mudanças climáticas, direitos humanos e biodiversidade e variaram entre AAA e E. Nenhum gerente de ativos recebeu uma classificação AAA ou AA, as duas principais pontuações disponíveis.
Felix Nagrawala, analista da ShareAction, disse: “Enquanto muitos na indústria estão ansiosos para promover suas credenciais ESG, nossa análise indica claramente que poucos dos maiores gerentes de ativos do mundo podem reivindicar uma abordagem verdadeiramente sustentável em todos os seus investimentos”.
A ShareAction disse que os seis maiores gestores de ativos do mundo – incluindo BlackRock (D), State Street (D) e Vanguard (E) – estão entre os piores desempenhos.
A Vanguard afirmou estar comprometida com as empresas que fazem “divulgações apropriadas sobre governança, estratégia e desempenho sobre riscos ESG relevantes”. A BlackRock e a State Street não responderam a um pedido de comentário.
Artemisa Xakriabá é hoje uma das mais importantes lideranças indígenas jovens. Cansada de esperar as autoridades tomarem atitudes diante do genocídio dos povos originários e da emergência climática, ela usa sua música e as redes sociais para expor ameaças que eles sofrem e se unir a outros jovens na luta pelo futuro do planeta.
Aos 7 anos, Artemisa Xakriabá caminhava pela mata quando se deparou com uma cena decisiva em sua trajetória. Familiares dela e outros moradores de sua aldeia, na Terra Xakriabá, no norte de Minas Gerais, se reuniam para fazer o reflorestamento da nascente de um rio devastada pela seca. Acompanhar a movimentação a fez entender que a defesa do meio ambiente se confunde com a luta pela sobrevivência do seu povo.
Outras memórias de infância e as origens da líder indígena de 19 anos alimentam sua força para seguir em sua missão. Na aldeia, em dias de sol, o fundo do quintal era palco para brincadeiras de casinha dos pequenos. O céu nublado anunciava a chegada da chuva, que faria o córrego encher. Era a promessa de um dia inteiro no rio ao lado dos irmãos e primos. No final da tarde, as crianças corriam para casa para ouvir as histórias e os ensinamentos do avô Darío.
O apreço pelas tradições também era fomentado na escola. Nas aulas de arte e cultura, Artemisa aprendia sobre plantio, colheita e preservação da mata. Em geografia, estudava raízes nativas com propriedades medicinais. Ao lado de outras crianças, compreendeu que a natureza é o sustento do seu povo e que todos têm a responsabilidade de preservá-la para as gerações futuras.
Engajada em movimentos de reflorestamento e proteção cultural da aldeia, ela não sabe exatamente quando se tornou ativista. “Em reuniões, os líderes mais velhos debatiam problemas e situações da aldeia. E nós, os mais novos, escutávamos. Então, com 17 anos, comecei a denunciar os retrocessos do Brasil pela música. Compunha as letras e depois cantava, acompanhada do violão. E, quando as pessoas ouviam as canções, diziam que ali estava o meu ativismo”, relembra.
Mesmo tímido, o protesto da jovem já tinha razão de ser. Nos últimos anos, a Amazônia vem sofrendo um verdadeiro ataque. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, entre agosto de 2018 e julho de 2019, 9 762 quilômetros quadrados foram desmatados, o que representa um aumento de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Atrelada a isso emerge a preocupação com a cultura indígena, que está em risco em meio a muitos conflitos sociais. Essa não é uma história nova a ser contada. No final do século 17, bandeirantes chegaram à Terra Xakriabá, dizimaram a população e dominaram o território. Destruíram boa parte da floresta para a exploração de pedras preciosas. Anos mais tarde, foi a vez dos missionários, que queriam ensinar aos indígenas sua religião. Já se passaram três séculos, mas a ameaça aos povos originários continua.
O relatório Violência contra os Povos Indígenas do Brasil, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), aponta um aumento de 22,7% no número de assassinatos de indígenas no país em 2018. “Temos medo de andar na rua. O que eu mais gostaria de ver é o fim desse genocídio do nosso povo. Somos os principais defensores da natureza, damos a nossa vida para protegê-la. E o governo não se preocupa com a nossa luta. Estão colocando garimpeiros e pessoas a favor da destruição das nossas terras em cargos políticos e de poder. Estamos nas mãos de quem não quer nos dar acolhimento”, explica Artemisa. Segundo ela, não há políticas públicas que visem proteger seu povo.
9762 km² foram desmatados na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019 Dados: Inpe
Com uma população indígena de pouco mais de 800 mil pessoas, o Brasil tem apenas 462 terras indígenas regularizadas. Mesmo assim, recentemente, durante a cerimônia que marcou a transferência do Conselho Nacional da Amazônia Legal do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o tamanho das terras demarcadas era abusivo, pois correspondia a 14% do território nacional. Criado por um decreto em junho de 1995, o Conselho da Amazônia Legal deveria auxiliar o presidente da República na formulação de políticas públicas na região. Entretanto, não tinha saído do papel até este ano. A ativação do órgão foi anunciada após duras críticas de ambientalistas e líderes mundiais à política ambiental brasileira. Embora nove estados façam parte do conselho, nenhum governador ou representante da sociedade civil integrará a instituição, que será formada apenas por representantes do governo federal.
Cansada de esperar uma atitude dos governantes diante da iminente emergência climática, Artemisa decidiu expandir as preocupações para além de sua comunidade. Encontrou nas redes sociais uma plataforma para retratar seu povo e dar amplitude às necessidades dele. Fala de apropriação cultural, faz denúncias de ataques a indígenas, abrindo o diálogo sobre a importância dos povos originários, e debate temas da causa LGBT+. Em seu perfil no Instagram (@hta_fernandes1001), discute, por exemplo, o projeto de lei que visa regulamentar a mineração, a exploração de petróleo e a geração de energia elétrica em terras protegidas – e que, no momento, tramita no Congresso Nacional. “Se for aprovado, será uma nova destruição. O desmatamento vai aumentar muito, animais vão morrer e os povos indígenas, que não são a favor da mineração em suas terras, provavelmente vão ter que lutar por seus direitos”, ressalta Artemisa.
Guardiões do Amanhã
Aos 16 anos, Artemisa, seguindo os passos de outros jovens locais, saiu da aldeia para estudar. Foi para Ribeirão Preto, interior de São Paulo, terminar o ensino médio. Enfrentou muitas barreiras para se adaptar ao novo estilo de vida. “Nós temos essa visão de um pé na aldeia e outro no mundo. Fazemos essa preparação para sair, estudar fora e depois voltar para o território. Só que, como moramos em um mundo muito nosso, é difícil. Quando vamos para a cidade, bate aquele sentimento de querer ir embora. No começo, eu chorava, não conseguia me acostumar com o clima e acabei ficando doente psicologicamente. Eu sei que era o meu espírito me pedindo para retornar para casa”, explica. Ela precisou de ajuda médica para superar as dificuldades, mas também encontrou outra forma de se reconectar com sua essência. O que melhorou seu ânimo foi criar um projeto de preservação da natureza em Ribeirão Preto.
No início deste ano, lançou o Reflores Verde, para reflorestar e arborizar áreas devastadas da cidade. “Eu sempre passava por lugares sem árvores, e aquilo me preocupava, me entristecia. Tinha que fazer alguma coisa. Conversei com amigos e pessoas que eu sabia que tinham interesse pela causa e bolamos a iniciativa. Hoje, são cerca de 150 participantes no grupo do WhatsApp”, conta.
Quem não consegue participar do plantio colabora fazendo doações para a compra de mudas e equipamentos. “É um pouco burocrático porque precisamos de autorização da prefeitura e da Secretaria do Meio Ambiente, mas é um trabalho necessário. Quando falamos em ativismo, não estamos nos referindo só à atuação no reflorestamento, mas também ao engajamento nas ações políticas.” Hoje Artemisa estuda para prestar vestibular para psicologia. Seu desejo é voltar para a aldeia quando terminar a faculdade e ajudar seu povo. De longe e em visitas esporádicas, ela ainda participa dos grupos de mulheres que discutem a preservação das terras de seu território.
Da Terra Xakriabá para o mundo
Durante uma reunião do grupo de mulheres da aldeia, Célia Xakriabá, uma das representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), convidou Artemisa para participar da Primeira Marcha das Mulheres Indígenas, que aconteceria em agosto de 2019, em Brasília, e fez um pedido especial: “Tezinha, você poderia fazer uma música para a Marcha?”.
Artemisa se uniu a mais de 2 mil participantes para discutir o empoderamento feminino nas tribos. “Algumas pessoas pensam que não, mas é claro que existe machismo nas aldeias. É uma questão de gênero, não de raça. Lá no território já vi vários casos de mulheres que precisam cuidar da casa para o homem sair para trabalhar. Foi importante falarmos sobre isso”, lembra.
“É claro que existe machismo dentro das aldeias. É uma questão de gênero, não de raça”Artemisa Xakriabá
Nos quatro dias em que ficou na capital federal, a jovem apresentou a canção diversas vezes sem saber que ela seria capaz de mudar a amplitude do seu trabalho. Dias depois do encontro, coordenadores da Apib e representantes da ONU convidaram Artemisa para participar da Cúpula do Clima como liderança da juventude indígena pela Aliança Global dos Guardiões da Floresta, coalizão informal de indígenas e comunidades da Ásia, África e América Latina que luta por respeito aos seus direitos e pela inclusão dos povos das florestas em negociações globais sobre as mudanças climáticas.
Encorajada por Célia, Artemisa viajou para Nova York. Acompanhou discursos de líderes mundiais, participou de protestos e conheceu outros jovens ativistas, como Greta Thunberg, que começou fazendo um protesto solitário pela defesa do clima em frente ao Parlamento sueco e é criadora do movimento Sextas pelo Futuro. “Foi uma experiência única. Encontrei jovens e crianças que acreditam que suas atitudes podem mudar o mundo. Então, por que eu deveria parar? Conversei pouco com a Greta, mas dei um colar de presente a ela e agradeci por estar nessa luta pelo clima com a gente”, comenta.
Antes de participar dos eventos na sede da ONU, Artemisa esteve em Washington. Ao lado de jovens de diversas nacionalidades, ela se reuniu com membros do Congresso americano para pedir atenção à proteção do meio ambiente e à sobrevivência de sua comunidade. Uma carta foi entregue aos políticos descrevendo a seriedade da situação. “Já que não temos esse respaldo do governo brasileiro, precisamos de ajuda dos governantes de fora. É urgente falar do que está acontecendo no Brasil. A extração ilegal de madeira, por exemplo, que destrói nossas terras, tem como um dos principais destinos os Estados Unidos”, ressalta.
Segundo Artemisa, as autoridades americanas mostraram interesse nas reivindicações levadas por ela e a trataram com respeito e dignidade. “Aqui, quando participamos dos movimentos, fazemos as pinturas, usamos os trajes, e as pessoas riem, criticam. Eu já ouvi comentários de que os indígenas deveriam morrer. Lá isso não aconteceu, ninguém questionou minha origem nem me ameaçou.”
Para Artemisa, há um processo de identificação entre os mais novos e uma vontade de fazer parte da mudança, de chamar a responsabilidade para si. “A juventude se mobiliza porque é nosso futuro que está em jogo. Se estamos aqui hoje, é porque alguém se esforçou por nós. Agora devemos isso às próximas gerações. E este é o futuro: transformar batalhas individuais em coletivas”, explica a jovem líder, que leva para o mundo os aprendizados que recebeu na aldeia lá atrás, ainda criança, quando nem imaginava que sua luta cresceria tanto.
O sol que sempre castigou a Região Nordeste, agora também gera benefícios. A geração instantânea de energia solar na região voltou a bater mais um recorde na última sexta-feira.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no último dia 14, a geração de energia solar chegou a 11% de participação total na região, com o pico de 1.330 Megawatts (MW)registrado às 13h52.
Os recordes anteriores foram de 1.325 MW, em 11 de fevereiro, e 1.257 no dia 10. O fator de capacidade foi de de 97,5%, ou seja, quanto tempo o sistema ficou em funcionamento sem interrupção.
Representantes das pescadoras e das marisqueiras criticaram a falta de apoio a todos os profissionais da cadeia da pesca afetados com o derramamento de petróleo no litoral brasileiro em 2019. Diana Maia, educadora do Conselho Pastoral dos Pescadores do Ceará, e Maria Eliene Pereira, da Articulação Nacional das Pescadoras, estiveram nesta terça-feira (3) na quinta audiência pública da comissão mista que examina a MP 908/2019, que criou um auxílio provisório aos pescadores.
Diana Maia criticou que a MP não alcança todos os pescadores dos estados afetados, pois o governo federal não tem concedido o registro de pescador profissional (Registro Geral de Atividade Pesqueira – RGP), que comprova a ocupação.
— Há vários anos não são emitidos novos RGPs. Além disso, vários pescadores que possuem o RGP não têm sido relacionados como recebedores ou os créditos não são feitos em suas contas. Como fica a situação dessas pessoas que sustentavam suas famílias com a pesca?
Por sua vez, Maria Eliene Pereira, marisqueira “há dezenas de anos”, denunciou que os manguezais e os estuários não foram afetados apenas pelos dois meses que o auxílio proposto cobre.
— Não sabemos o quanto os efeitos do petróleo perdurarão e poderão afetar a nossa saúde e a saúde de quem consumir o pescado. Nós vendíamos 70 kg de pescados e mariscos por mês e agora só vendemos 5 kg, após o derramamento do petróleo.
Ela frisou que é preciso saber quem foram os culpados pelo derramamento do petróleo. Segundo ela, o governo silenciou sobre o assunto.
A MP 908/2019
O auxílio criado pela MP 908/2019 é de R$ 1.996 (equivalente a dois salários mínimos em 2019) e contempla pescadores domiciliados nos municípios afetados pelo desastre ambiental. De acordo com o Ministério da Agricultura, em torno de 66 mil pescadores artesanais deverão receber o benefício, perfazendo um total de R$ 115,5 milhões em desembolsos.
A comissão mista é presidida pelo deputado Raimundo Costa (PL-BA) e tem o senador Rogério Carvalho (PT-SE) como relator. Foram apresentadas 178 emendas de senadores e deputados. Uma delas inclui no benefício as profissionais marisqueiras, como Maria Eliene, fora do texto enviado pelo governo ao Congresso. Outra emenda aumenta o auxílio para R$ 3.992,00, aproximadamente quatro salários mínimos.
Um pescador foi baleado por uma bala de borracha na cabeça na noite de sábado (8). Edilson Aderaldo Marques Filho estava embarcado com o irmão. Os dois estavam perto de um terminal de gás.
A esposa de Edilson diz que eles foram perseguidos por militares até a Ilha de Paquetá, aos tiros. Ferido, ele teria sido detido e levado para Ilha do Governador.
A Marinha alega que ele invadiu área de segurança militar, próximo à Ilha do Boqueirão em Magé, na Baixada Fluminense, e não atendeu a uma ordem de parada.
A vítima foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. O estado de saúde é estável, segundo a Secretaria de Saúde.
Perguntamos: a defesa das áreas de petróleo e gás justifica violência?
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