A visita de campo à região de Quintero-Puchuncaví, no dia 4 de outubro, foi o ponto alto da missão chilena da ARAYARA. A equipe foi recebida por Cristina Ruiz, integrante do movimento Mujeres de Zona de Sacrificio en Resistencia, que guiou o grupo por áreas fortemente degradadas pela indústria do carvão e de outras atividades poluentes.
A paisagem revelou um retrato alarmante: praias contaminadas, cinzas no solo, escolas relocadas por má qualidade do ar e comunidades inteiras adoecidas pela poluição.
“Estar em Quintero é encarar o resultado de décadas de dependência fóssil. Essa realidade não pode ser repetida no Brasil. A transição justa precisa significar saúde, dignidade e futuro para quem vive nos territórios afetados”, afirmou John Wurdig.
Durante a visita, a equipe da ARAYARA conheceu relatos de moradores e observou de perto o que os movimentos locais chamam de “capital do turismo sustentável” — uma ironia amarga diante da contaminação generalizada. O encontro reafirmou o compromisso do Instituto com a luta pelo fim do carvão e a construção de políticas que priorizem a vida sobre o lucro.
Na foto, o Gerente de Transição Energética da Arayara, John Wurdig, e a ativista chilena impactada pelo carvão mineral, Cristina Ruiz.