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Lançamento do Estudo da Pesca mobiliza sociedade à conservação da Costa Amazônica

Lançamento do Estudo da Pesca mobiliza sociedade à conservação da Costa Amazônica

Lançamento nesta sexta-feira (10) divulgou dados do estudo “Impactos do avanço do petróleo sobre a pesca da Costa Amazônica”, que traz análises dos diferentes cenários de risco à indústria pesqueira já consolidada na região.

Expressiva nos estados do Maranhão, Pará e Amapá, a indústria pesqueira desempenha grande papel na balança comercial brasileira, movimentando toneladas de produtos para a subsistência, distribuição nacional e exportação para diversos países das Américas, Ásia e Europa.

Podendo ser considerada o “novo pré-sal” – pelo número de blocos de exploração de óleo e gás presentes na região e as possíveis reservas de petróleo, a Costa Amazônica também é um importante local de preservação, abrigando grande biodiversidade marinha e a segunda maior faixa contínua de manguezais do mundo. Comunidades tradicionais, biomas e a economia da pesca estariam em risco caso a indústria petrolífera avance.

 

Organizado pelo Departamento de Oceanos e Clima do Instituto Internacional Arayara, o Estudo da Pesca é um produto da Campanha permanente #SalveaCostaAmazônica, que tem como um dos objetivo promover iniciativas de conscientização em prol da conservação do litoral norte do Brasil, abundante em biodiversidade, comunidades e conhecimentos tradicionais que expressam a riqueza natural e cultural do país.

Como uma ferramenta de informação e mobilização, o Estudo busca contribuir para a valorização da atividade da pesca, artesanal e industrial, que possui uma cadeia produtiva abrangente e que gera empregos e rendas para a região. São cerca de 1 milhão de pescadores no Brasil; mais da metade (571 mil) concentrando-se no Pará, Amapá e Maranhão – região analisada no estudo, que, por sua vez, apresenta mais da metade sendo representada por mulheres (53%, segundo o Registro Geral da Atividade Pesqueira). São pescadoras e marisqueiras que sustentam seus lares, alimentam populações e preservam a diversidade local.

“Se tem mangue de pé, é porque tem um povo que está lá defendendo, preservando aquela área… com muita dificuldade, mas está lá. Nós somos os guardiões desses manguezais, e sem mangue não tem caranguejo, não tem peixe, não tem nada”, avalia José Carlos, coordenador estadual da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem-Pará). Em fala no evento, ele ainda sinalizou que a população local está preocupada com a discussão do petróleo no território: “Não é que somos contra, mas é para as coisas serem mais debatidas conosco, os donos do território”.

Vinícius Nora, gerente de Oceanos e Clima do Instituto Internacional Arayara, apontou que o lançamento do Estudo expõe uma lacuna que deve ser reparada, que é a falta de estatísticas pesqueiras atualizadas que poderiam subsidiar políticas públicas mais adequadas. “Tais estatísticas podem, deveriam inclusive, ser construídas junto às Reservas Extrativistas, para que sejam, além de atores da conservação, também co-gestores, aprimorando essas ações”, destaca Nora. 

Uma das considerações observadas pelo Instituto na construção deste conhecimento foi a inclusão no Estudo dos debates, demandas e aspirações das Associações, sociais e trabalhistas, locais para uma melhor e holística construção das conclusões e recomendações apresentadas. O Observatório do Marajó, ong parceira local, apoiou em diversas atividades na região e prestigiou o lançamento.

Um coletivo de jovens comunicadores locais também foi mobilizado em uma ação participativa de comunicação no intuito de levar o Estudo para dentro das casas e promover debates sobre o tema. “Nós, do Coletivo Cuíra, somos jovens do Soure, na ilha do Marajó, no Pará, preocupados em formar novas lideranças que levam a importância da região, um local de grande hidrodinâmica, de encontro das águas do Rio Amazonas com as águas do Oceano Atlântico, bem aqui em frente à cidade, cujos pescados representam o sustento de inúmeras famílias”, apontou o jovem Cuíra, Erivelton Chaves, em sua fala no lançamento. “A cadeia produtiva da pesca desempenha um papel central nas Associações de Moradores das RESEXs; ela é importante tanto para fazer circular o dinheiro entre a comunidade quanto para construir políticas públicas, como o seguro defesa das espécies”, destaca. 

O evento também fez referência à situação climática no Rio Grande do Sul, que teve sua capital e centenas de cidades devastadas por enchentes que têm a perspectiva de se tornarem mais recorrentes e mais graves com o avanço das mudanças climáticas.

Eventos extremos como os ocorridos recentemente no Sul do Brasil são um reflexo da ainda expressiva queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o “gás natural”. A abertura de uma nova fronteira de exploração no litoral norte do Brasil pela indústria petrolífera, segundo ambientalistas, não é necessária para suprir a demanda de energia para os próximos anos, e ainda representaria um retrocesso, tanto aos acordos climáticos de frear emissões de gases de efeito estufa no intuito de combater as mudanças do clima, quanto para a conservação ambiental e a preservação de comunidades e culturas tradicionais da região.

Dentre as atividades de lançamento do Estudo da Pesca, inúmeras visitas aconteceram no Congresso Nacional e em órgãos ambientais nacionais, como o Ibama, ICMBio, Ministério da Pesca (MPA) e Câmara dos Deputados. Também foram elaboradas uma Carta Compromisso, para gestores públicos e tomadores de decisão se comprometerem a defender a indústria pesqueira, e inaugurada uma Petição Online, que convoca a sociedade civil a se engajar em prol da conservação do litoral norte do Brasil frente às ameaças que levariam à degradação dos mangues, da vida marinha e do povo que, vivendo em harmonia com a natureza, obtém dela o seu sustento e por isso honra seus ecossistemas e seus serviços ambientais prestados à humanidade. 

Confira como foi a agenda de lançamento do Estudo em Brasília nesta semana:

07/05 – Apresentação ao Deputado Federal Raimundo Costa (PODE/BA), ex-presidente da Federação dos Pescadores do Estado da Bahia (Fepesba) 

08/05 – Apresentação na Subcomissão da Pesca, da “Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural” da Câmara dos Deputados

09/05 – Apresentação ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Rodrigo Agostinho

09/05 – Apresentação à diretora de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial (Disat) do Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Katia Torres

 

Acesse o estudo e demais materiais informativos sobre o Estudo da Pesca no portal:
https://marsempetroleo.arayara.org/pesca/

 

Assista na íntegra o evento de lançamento do Estudo da Pesca:

 

Juventude de Palhoça lidera movimento ambiental e social rumo a um futuro mais justo!

Juventude de Palhoça lidera movimento ambiental e social rumo a um futuro mais justo!

Aconteceu no inspirador Parque Estadual Serra do Tabuleiro – Pinheira/SC de Palhoça, no dia 24/6, o III Encontro do movimento da juventude ambientalista, que emerge como a força vanguardista que se une para escrever a própria história no município

O evento foi marcado pelo apoio e parceria que possibilitou a realização desse encontro transformador, do Instituto Arayara, Instituto Çarakura, Parque Serra do Tabuleiro e Sindicatos dos Servidores Públicos de São José. A comissão organizadora conta com Leonardo Medeiros (Coordenador geral), Vilmone Wera Jekupe (Vice-Coordenador), Anastácia Rossi (Secretaria de Organização) e Maicon Jekupe (Coordenador da Juventude Indígena Tembigua Tenonde)

No epicentro das discussões, a consciência acerca das lutas que Palhoça enfrenta atualmente, desde a opressão social até a destruição ambiental, ganhou vida. Esses jovens não aceitam o status quo que negligencia a vida das pessoas e do meio ambiente em detrimento do lucro de uma elite omissa às necessidades do bem viver coletivo. Para eles, é chegada a hora de romper com as correntes impostas pelos pensamentos colonizadores e trilhar um caminho inovador, impulsionados pela ciência e pela preservação ambiental, que pode contribuir para elevar Palhoça a um patamar econômico melhor.

Para transformar essa visão em realidade, duas ações cruciais são propostas pelos jovens. Primeiramente, o estabelecimento de práticas agroecológicas, agroflorestais e a criação de reservas ambientais que surgem como estratégias fundamentais para ajudar combater a fome e transformar a realidade da população. Em segundo lugar, a solidariedade entre a juventude e a organização de ações estratégicas de defesa das comunidades trabalhadoras – indígenas, pescadores e periferias – tornam-se imprescindíveis.

Dalcio Costa, do Instituto Arayara, esteve no encontro falando sobre os impactos do carvão mineral no ambiente e na saúde dos catarinenses, motivado pelo trabalho de discutir e encontrar soluções para os desafios de enfrentamento e mitigação das mudanças climáticas no município. Durante o evento, ele destacou a importância da transição energética justa, que busca substituir as fontes de energia poluentes por opções renováveis e sustentáveis.

A juventude de Palhoça está se engajando nesse movimento, ocupando espaços de tomada de decisão e lançando iniciativas como o núcleo ARAYARA Palhoça e o Fórum da Transição Energética Justa. Essas ações visam envolver a comunidade e promover análises e propostas para impulsionar a transição energética no município.

Além disso, a juventude também está convocando os partidos progressistas de Palhoça a se unirem em uma frente unificada nas próximas eleições, com o objetivo de combater retrocessos socioambientais no município e também no estado.

A exposição de Vitória Mendes de Souza, do bairro Eldorado, trouxe à tona uma questão urgente: a injustiça no sistema carcerário e o encarceramento desproporcional da juventude negra e pobre. A opressão policial nas periferias de Palhoça também foi destacada, uma expressão do racismo institucionalizado. A juventude ressalta a importância de fortalecer os mecanismos de denúncia popular, organizar manifestações e ações contra o racismo e enfrentar esta problemática.

A voz da juventude indígena, representada na exposição de Vilmone Wera Jekupe, da Aldeia Maciambu, ecoou com força e resiliência. A luta contra o Marco Temporal e pela demarcação e reconhecimento das terras indígenas ganha destaque, uma batalha essencial para proteger a cultura, a cosmovisão e os saberes tradicionais. Em Palhoça, a juventude Guarani está engajada nessa luta, protegendo a Mata Atlântica e suas raízes culturais, enfrentando a agenda ruralista que tenta reescrever a história e despojar os povos originários de suas terras. Os recentes ataques aos Ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente, assim como as tentativas de flexibilizar a legislação ambiental para permitir a exploração empresarial na Mata Atlântica, alimentam a resistência desses jovens, que há mais de cinco séculos enfrentam a cultura de destruição imposta pelos não-indígenas.

A juventude Guarani busca a manutenção de sua cultura, a proteção de seus semelhantes e, acima de tudo, a preservação da mãe terra e da biodiversidade que abraçam Palhoça.

Neste III Encontro da Juventude Ambientalista de Palhoça, testemunhamos o surgimento de líderes dispostos e corajosos, que abraçam a missão de construir um futuro mais justo e sustentável. Eles acreditam no poder da ação coletiva, na união de forças e na mudança que pode ser alcançada quando a juventude se torna a protagonista de sua própria história

Quer saber mais como criar um Fórum de Transição Energética Justa no seu município? Entre em contato com a gente. Junte-se a essa jornada e seja parte da transformação!

 

 

¡La Boca Del Rio Amazonas Está En Riesgo!

¡La Boca Del Rio Amazonas Está En Riesgo!

¡Y necesitamos el apoyo de su organización, ONG, movimiento o colectivo para detener la exploración de petróleo y gas que traerá graves daños al medio ambiente amazónico!

 

ARAYARA.org, Greenpeace, WWF y OC (Observatório do Clima) ya firmaron y te invitan a participar de esta acción.


❌ El plan de perforación de nuevos pozos en busca de petróleo y gas en la cuenca sedimentaria de Foz do Amazonas, en el extremo norte de la costa brasileña, provoca una alerta muy grave debido a la sensibilidad socioambiental de la zona. Además, es una decisión equivocada invertir en la perforación de pozos petroleros exploratorios en medio de la crisis climática.

❎ Necesitamos hacer una transición energética justa e inclusiva hacia las energías renovables.

❌ El licenciamiento ambiental del bloque FZA-M-59 tiene vacíos y debilidades que comprometen un análisis robusto por parte del IBAMA sobre el caso y sobre la viabilidad de este tipo de actividad en toda la región de Foz do Amazonas, donde fluye el mayor volumen de agua dulce en el mundo, proveniente del río Amazonas.

❎ Organizaciones de la sociedad civil prepararon una carta para ser enviada a los representantes del poder ejecutivo del gobierno federal brasileño, advirtiendo sobre los riesgos socioambientales y solicitando que la Licencia de Operación del bloque FZA-M-59 no sea emitida hasta que existan estudios sólidos en la región, como la Evaluación Ambiental de Área Sedimentaria (AAAS), y una amplia participación de la sociedad civil.

 

Firme el siguiente formulario:
acesse.one/savetheamazoncoast


Salve a Costa Amazônica!

 

Vamos juntos.
#salveafozdoamazonas
#MarSemPetróleo
#AmazôniaAzul
@arayaraoficial

 

 

El gran sistema arrecifal amazónico. Infografía: Rodolfo Almeida/SUMAUMA

El gran sistema arrecifal amazónico. Infografía: Rodolfo Almeida/SUMAUMA

¡La Boca Del Rio Amazonas Está En Riesgo!

The Amazon River’s Mouth Is At Risk!

We need the support of your organization, NGO, movement or collective to stop oil and gas exploration that will bring serious damage to the Amazonian environment!

 

ARAYARA.org, Greenpeace, WWF and OC (Observatório do Clima) have already signed and invite you to participate in this action.


❌ The plan to drill new wells in search of oil and gas in the sedimentary basin of Foz do Amazonas, in the extreme north of the Brazilian coast, causes a very serious alert due to the socio-environmental sensitivity of the area. Furthermore, it is a wrong decision to invest in the drilling of exploratory oil wells in the midst of the climate crisis.

❎ We need to make a fair and inclusive energy transition to renewables.

❌ The environmental licensing of block FZA-M-59 has gaps and weaknesses that compromise a robust analysis by IBAMA on the case and on the viability of this type of activity throughout the region of Foz do Amazonas, where the largest volume of freshwater flows in the world, coming from the Amazon River.

❎ Civil society organizations prepared a letter to be sent to representatives of the executive branch of the Brazilian federal government, warning about the socio-environmental risks and requesting that the Operating License for block FZA-M-59 not be emitted until there are robust studies on the region, such as the Environmental Assessment of Sedimentary Area (AAAS), and broad participation of civil society.

 

Sign the form below:
acesse.one/savetheamazoncoast


Save the Amazon Coast!

 

Let’s go together .
#salveafozdoamazonas
#MarSemPetróleo
#AmazôniaAzul
@arayaraoficial

 

The great Amazonian reef system. Infographic: Rodolfo Almeida/SUMAUMA

The great Amazonian reef system. Infographic: Rodolfo Almeida/SUMAUMA

¡La Boca Del Rio Amazonas Está En Riesgo!

A Foz do Rio Amazonas está em Risco!

Precisamos do apoio da sua organização, ONG, movimento ou coletivo para deter a exploração de petróleo e gás que trará sérios danos ao meio ambiente amazônico!

 

 ARAYARA.org, Greenpeace, WWF e OC (Observatório do Clima) já assinaram e convidam você a participar desta ação.


❌ O plano de perfuração de novos poços em busca de petróleo e gás na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, no extremo norte da costa brasileira, causa um alerta gravíssimo pela sensibilidade socioambiental da área. Além disso, é uma decisão errada investir na perfuração de poços exploratórios de petróleo em meio à crise climática.

❎ Precisamos fazer uma transição energética justa e inclusiva para fontes renováveis.

❌ O licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 apresenta lacunas e fragilidades que comprometem uma análise robusta do IBAMA sobre o caso e a viabilidade desse tipo de atividade em toda a região da Foz do Amazonas, onde ocorre o maior volume de escoamento de água doce do do mundo, vindo do rio Amazonas.

❎ Organizações da sociedade civil prepararam uma carta para ser enviada aos representantes do poder executivo do governo federal brasileiro, alertando sobre os riscos socioambientais e solicitando que a Licença de Operação do bloco FZA-M-59 não seja emitida até que haja estudos robustos na região, como o Levantamento Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), e ampla participação da sociedade civil.

 

Assine o formulário abaixo:
acesse.one/savetheamazoncoast


Salve a Costa Amazônica!

 

Vamos juntos!
#salveafozdoamazonas
#MarSemPetróleo
#AmazôniaAzul
@arayaraoficial

 

O grande sistema de recifes amazônicos. Infográfico: Rodolfo Almeida/SUMAÚMA

O grande sistema de recifes amazônicos. Infográfico: Rodolfo Almeida/SUMAÚMA