+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org
Coalition No Fracking Brazil for Water and Life participates in Field Day

Coalition No Fracking Brazil for Water and Life participates in Field Day

Event took place in Nova Colinas and featured speeches from COESUS about the impact of fracking

 

What is fracking?

Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Despite being a technique already used in several countries, it is controversial because it causes environmental and ecological damage, including contamination of groundwater, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.

 

The Field Day event, held in Novas Colinas, Maranhão, on September 23, 2022, brought together about 50 family producers on the property of Mr. Domingo Leão. The initiative, promoted by AGERP – State Agency for Agricultural Research and Rural Extension of Maranhão, had the participation of COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute, which gave a lecture on the impacts of fracking in family production.

The main focus of the event was cassava production and several rural producers shared their experiences on planting, handling, harvesting and other specifics related to the crop. During the discussions, some producers approached the COESUS team to address the direct impacts caused by fracking on their agricultural activities. They expressed concerns and inquired about viable alternatives for power generation on their properties.

The COESUS technician, Suelita Röcker, explained about renewable energy and highlighted the importance of seeking sustainable alternatives that do not compromise people’s health and the environment. In addition, a representative of CAIXA Econômica Federal, present at the event, indicated possible financing options so that producers could install renewable energy systems on their properties.

The Field Day was also attended by the mayor of Novas Colinas, Josei Rego Ribeiro, the deputy mayor, Mariana Pinto Ribeiro and local councilors. During the meeting, COESUS took the opportunity to dialogue with government representatives and invite them to participate in a public session that took place on the same day.

 

 

Sobra de energia não se traduz em preço mais baixo para consumidores

Investimentos bilionários feitos nos últimos anos proporcionaram sobra estrutural de energia, mas isso não se traduziu em preços mais baixos para todos os consumidores. Mesmo com o avanço de empreendimentos eólicos e solares, a água ainda é o item que mais influencia nos preços da energia no País.

O aumento das chuvas ajudou na recuperação de reservatórios de hidrelétricas e reduziu o valor da energia no mercado de curto prazo. Esse efeito, porém, não chega à maioria dos consumidores. Isso porque, além da energia, que representa 33%, as contas de luz embutem custos de transmissão (7%), distribuição (19%), subsídios (10%) e impostos (31%).

É por meio da exploração de assimetrias de mercado sobre essas outras parcelas que alguns consumidores conseguem economizar, explica o presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa.

“Temos hoje diferentes mercados, com lógicas distintas, e há uma contaminação de custos entre cada um deles. Não se ganha dinheiro quando se apresenta um produto melhor e mais barato. Alguns exportam custos para que outros paguem”, diz Pedrosa. “Claro que o problema não está nos que tentam não pagar os custos absurdos do setor, mas no acúmulo desses custos. E é isso que precisa ser enfrentado.”

Consumidores do mercado livre que contratam energias renováveis não pagam pelo custo da geração termoelétrica. Necessárias para compensar a intermitência de produção das renováveis, as termoelétricas são contratadas forçadamente para o mercado regulado e pagas pelo consumidor cativo.

Consumidores livres que compram energia renovável têm desconto de 50% nas tarifas de transmissão e distribuição. Quem gera a própria energia por fontes renováveis acumula o mesmo desconto e a isenção de encargos setoriais.

Já donos de painéis fotovoltaicos ou fazendas solares não pagam tarifas de transmissão, distribuição e encargos setoriais. É uma “mistureba” total entre custos e sua alocação, diz o presidente da consultoria PSR, Luiz Barroso.

Um consumidor regulado migra para o mercado livre, autoprodução ou geração distribuída e deixa sua parcela da conta para ser paga pelos consumidores do ambiente regulado.

Para o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, só a aprovação do novo marco do setor elétrico no Congresso pode trazer soluções para o problema. “Se a oferta de energia cresceu mais do que a demanda, por que o preço ao consumidor residencial explodiu? Por um conjunto de falhas regulatórias que concentraram no mercado regulado todos os custos.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.