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Coalición No al Fracking Brasil se reúne con miembros de la Iglesia Católica

Coalición No al Fracking Brasil se reúne con miembros de la Iglesia Católica

El encuentro tuvo lugar para afirmar el compromiso con la Fe, la Paz y el Clima

¿Qué es el fracking?

El fracking, también conocido como fracturamiento hidráulico, es un proceso que implica la inyección de grandes volúmenes de agua, productos químicos y arena a alta presión en capas de roca subterránea para liberar el gas natural atrapado. Aunque es una técnica utilizada en varios países, es controvertida debido a los daños ambientales y ecológicos que causa, como la contaminación de las aguas subterráneas, la liberación de gases de efecto invernadero, los terremotos inducidos, entre otros.

La COESUS – Coalición No al Fracking Brasil por el Agua y la Vida, una campaña del Instituto Internacional Arayara, mantiene una asociación con la Iglesia Católica en defensa de la vida y contra el llamado “Gas de la Muerte”. En cada ciudad que COESUS visita, se busca la iglesia local para reafirmar la asociación establecida en defensa del planeta y de la protección de la vida.

El 13 de septiembre de 2022, No al Fracking Brasil tuvo la oportunidad de conversar con el Padre Francielio de São João dos Patos, en Maranhão. El padre se puso a disposición del equipo para ayudar en la concienciación y los presentó al Obispo de Caxias, Dom Sebastião. El pontífice invitó al equipo de COESUS y a su representante, Dalcio Costa, a participar en la X Romería de la Juventud y a conversar con los jóvenes presentes sobre los impactos del fracking en el trabajo y la vida.

El tema de la romería era “Nuestro Grito es por el Trabajo y la Vida”. Además, el equipo también tuvo la oportunidad de conversar con el Obispo de Balsas, Dom Valentim. Durante el encuentro, reforzó la lucha contra el fracking y compartió sobre un proyecto de su iniciativa para plantar 8 millones de árboles.

La presencia de COESUS en las comunidades religiosas es de suma importancia, ya que la concienciación sobre los peligros del fracking y la defensa del medio ambiente están estrechamente relacionadas con los valores de la fe y la paz. La iglesia desempeña un papel fundamental en la sensibilización de los fieles y en la promoción de acciones concretas en favor de la preservación del planeta.

En este sentido, la asociación entre COESUS y los líderes religiosos fortalece el mensaje de protección de la “casa común” y de la vida en todas sus formas. La concienciación de los jóvenes, en particular, es esencial, ya que son ellos quienes heredarán el futuro y enfrentarán los impactos de las decisiones tomadas hoy.

COESUS mantiene su compromiso con Dom Sebastião, Dom Valentim y muchos otros líderes religiosos en defensa del medio ambiente y en contra del fracking.

 

 

 

Coalición No al Fracking Brasil se reúne con miembros de la Iglesia Católica

Coalition No Fracking Brazil meets with members of the Catholic Church

Meeting took place to affirm commitment to Faith, Peace and Climate

What is fracking?

Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Despite being a technique already used in several countries, it is controversial because it causes environmental and ecological damage, including contamination of groundwater, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.

 

COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute, maintains a partnership with the Catholic Church in defense of life and against the so-called “Gas of Death”. In each city that COESUS visits, the local church is sought to reaffirm the partnership established in defense of the planet and the protection of life.

On September 13, 2022, Não Fracking Brasil had the opportunity to talk to Father Francielio, from São João dos Patos, Maranhão. The priest made himself available to the team to help raise awareness and introduced them to the Bishop of Caxias, Dom Sebastião. The pontiff invited the COESUS team and its representative, Dalcio Costa, to participate in the X Youth Pilgrimage and talk to the young people present about the impacts of fracking at work and in life. The theme of the pilgrimage was “Our Shout is for Work and Life” .

In addition, the team also had the opportunity to talk with the Bishop of Balsas, Dom Valentim. During the meeting, he reinforced the fight against fracking and shared about a project he initiated to plant 8 million trees.

The presence of COESUS in religious communities is extremely important, as awareness of the dangers of fracking and the defense of the environment are closely linked to the values of faith and peace. The church plays a fundamental role in raising the awareness of the faithful and in promoting concrete actions in favor of preserving the planet.

In this sense, the partnership between COESUS and religious leaders strengthens the message of protection for the “common home” and life in all its forms. The awareness of young people, in particular, is essential, as they are the ones who will inherit the future and will face the impacts of decisions made today.

COESUS maintains its commitment to Dom Sebastião, Dom Valentim and many other religious leaders in defense of the environment and against fracking.

 

 

Coalición No al Fracking Brasil se reúne con miembros de la Iglesia Católica

Coalizão Não Fracking Brasil se reúne com membros da igreja católica

Encontro aconteceu para afirmar o compromisso com a Fé, Paz e Clima

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

A COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, mantém parceria com a Igreja Católica na defesa da vida e contra o chamado “Gás da Morte”. Em cada cidade que a COESUS visita, é procurada a igreja local para reafirmar a parceria estabelecida em defesa do planeta e da proteção da vida.

Em 13 de setembro de 2022, a Não Fracking Brasil teve a oportunidade de conversar com o padre Francielio, de São João dos Patos, no Maranhão. O padre se colocou à disposição da equipe para ajudar na conscientização e os apresentou ao Bispo de Caxias, Dom Sebastião. O pontífice convidou a equipe da COESUS e seu representante, Dalcio Costa, para participar da X Romaria da Juventude e conversar com os jovens presentes sobre os impactos do fracking no trabalho e na vida. O tema da romaria era “Nosso Grito é por Trabalho e Vida”.

Além disso, a equipe também teve a oportunidade de conversar com o Bispo de Balsas, Dom Valentim. Durante o encontro, ele reforçou a luta contra o fracking e compartilhou sobre um projeto de sua iniciativa para o plantio de 8 milhões de árvores.

A presença da COESUS nas comunidades religiosas é de extrema importância, pois a conscientização sobre os perigos do fracking e a defesa do meio ambiente estão intimamente ligadas aos valores da fé e paz. A igreja desempenha um papel fundamental na sensibilização dos fiéis e na promoção de ações concretas em prol da preservação do planeta.

Nesse sentido, a parceria entre a COESUS e as lideranças religiosas fortalece a mensagem de proteção à “casa comum” e à vida em todas as suas formas. A conscientização dos jovens, em especial, é essencial, pois são eles que irão herdar o futuro e enfrentarão os impactos das decisões tomadas hoje.
A COESUS mantém seu compromisso com Dom Sebastião, Dom Valentim e de tantos outros líderes religiosos em defesa do meio ambiente e contra o fracking.

 

 

 

É hora de ensinar às crianças o que realmente importa

É hora de ensinar às crianças o que realmente importa

Cientistas do mundo inteiro têm alertado que a Terra caminha rapidamente para um ponto de não retorno e por isso medidas urgentes são imprescindíveis. Sem o fim do desmatamento das superfícies verdes do planeta e a substituição da queima de combustíveis fosseis por fontes renováveis, dizem, será impossível deter as alterações climáticas em curso e evitar catástrofes de enormes proporções.

Infelizmente, foram poucos os governantes que ouviram os alertas e alteraram comportamentos ou políticas. Catástrofes começaram a acontecer, cada vez com mais intensidade. O que era percebido como algo estritamente relacionado a florestas longínquas tornou-se verdadeiro problema social nas grandes cidades, quando as populações urbanas em situação de maior vulnerabilidade passaram a ser as mais atingidas pelos efeitos das mudanças climáticas.

Ainda temos algum tempo, é verdade. E temos Greta para nos lembrar que o retorno é possível, embora mais difícil e urgente a cada dia. Mas agora a humanidade tem mais outro desafio com o qual se preocupar, que mata mais rápido e se espalha de forma mais veloz por todo o globo.

Estamos diante da maior emergência sanitária contemporânea. A COVID-19 alcançou números alarmantes de vítimas. É uma tragédia de proporções inestimáveis. Impacta diretamente cada pessoa que adoece, falece, seus familiares e conhecidos. Impacta os mais velhos, mais vulneráveis, com doenças preexistentes ou com deficiência. Impacta todos nós que conseguimos ficar em casa ou temos de andar pelas ruas esvaziadas ou não.

Cenas chocantes invadem nossas telas e nossas mentes com imagens que parecem saídas de algum filme distópico futurista. Caixões transportados em caminhões militares. Valas coletivas cavadas às pressas enquanto sepultamentos ocorrem. Agentes sanitários paramentados com roupas de proteção aferindo a temperatura em espaços públicos mundo afora.

É uma catástrofe social gigante. No Brasil que não dorme, o desmonte das políticas públicas sociais mostra o impacto da brutal desigualdade. Atinge notadamente os mais pobres e os que dependem da saúde pública nos 90% dos municípios do país que não possuem UTIs; ou não têm acesso à alimentação de qualidade, moradia digna, saneamento básico, direitos trabalhistas, energia elétrica, informação verdadeira ou internet.

É um daqueles momentos em que a humanidade pergunta-se coletiva e individualmente qual é o sentido da vida. Questão fundamental da filosofia, parece de difícil resposta em um mundo deteriorado, no qual os contatos físicos desapareceram e o outrora pulmão do mundo transformou-se em um dos lugares mais difíceis para se respirar.

Mesmo quem vive em espaços privilegiados, com mais conforto e segurança, não tem passado incólume. A vida no planeta é coletiva. Vivemos com os outros a nossa volta. O que se passa com os outros nos impacta tanto quanto o que acontece com a natureza. Independentemente de importarmo-nos ou não.

Ao que parece, contudo, há esperança. Mais de nós nos importamos do que o contrário! Sentimos a vida que vale a pena ser vivida também pela conexão com o outro, mesmo quando desconhecido, mesmo com o distanciamento físico. Ficamos em casa por solidariedade, fazemos doações, ajudamos quem podemos e como podemos. Parte de nós sabe que a vida em comunidade é mais feliz. Queremos nossos filhos crescendo em um mundo que possam conhecer e com pessoas que possam amar.

É agora e não um dia, talvez, ou quando tudo isso acabar – mesmo porque sabemos que não acabará tão definitivamente. Como comunidade global devemos tomar decisões e apostar em um futuro diferente, mais sustentável, equilibrado e justo. É premente a necessidade de mudarmos a forma como nos relacionamos com o meio ambiente, acabarmos com a desigualdade social e transformarmos nossos padrões de consumo.

Não é mais possível que normalizemos rotinas extenuantes, em que pessoas dispendam cinco horas no transporte público diariamente para trabalhar. Ou que nos acostumemos a viver em centros urbanos cimentados sem espaços verdes ou rios vivos. Que estejamos anestesiados diante do abismo socioeconômico existente entre as periferias urbanas e os centros de tomada de decisão e de poder econômico.

Mais do que nunca, precisamos ensinar às nossas crianças que o ter não deve se sobrepor ao ser, que o outro está conectado a nós intrinsecamente e que as florestas, os mares, os animais são imprescindíveis para a nossa sobrevivência. Temos que estar alertas para, imediatamente, transformarmos os valores consumistas e materialistas que, como sociedade global, temos passado às crianças por gerações. É hora de acabarmos com a formação de hábitos insustentáveis das crianças de hoje, adultos de amanhã, com relação ao ecossistema, à coletividade e ao trabalho.

Crianças precisam de condições básicas de sobrevivência, afeto, cuidado e ambientes livres de violências. A lógica do hiperconsumo deve ser deixada para trás, a fim de que nasçam novas formas de viver, que privilegiem a cooperação, a partilha e a vida em comum no único planeta de que dispomos para viver.

Especialmente em um país com 1/4 da população, 52,5 milhões de pessoas, vivendo abaixo da linha da pobreza – com rendimentos inferiores a R$420,00 por mês – e no qual 42,3% das crianças de zero a 14 anos estão abaixo da linha da pobreza. Onde as estimativas dizem que, em média, leva-se nove gerações para uma criança de família de renda baixa alcançar a renda média.

É o momento de reconstruirmos no Brasil um Estado de bem-estar social forte, democrático e não autoritário, que provenha infraestrutura, saúde e educação públicas de qualidade, serviços de assistência social robustos e políticas sociais para a imensa parcela da população que vive à margem de tudo. Um país que resgate suas dívidas históricas, acredite na ciência, na cultura e garanta as liberdades individuais. Que disponha de empresas éticas e de uma população verdadeiramente solidária. É chegada a hora de exigirmos um novo país, que promova a equidade e a igualdade. Essa é a única ideia disponível no momento a ser considerada!

Fonte: Estadão | Isabella Henriques, advogada e diretora executiva do Instituto Alana