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Arayara é coautora do Novo Relatório do Global Energy Monitor que traz análise da situação atual do carvão no mundo

Arayara é coautora do Novo Relatório do Global Energy Monitor que traz análise da situação atual do carvão no mundo

Estudo demonstra que, na América Latina, apenas Brasil e Argentina ainda possuem projetos para instalação de novas usinas movidas à carvão que, se fossem cancelados, eliminaria qualquer plano para ampliar o uso de carvão no continente.

Relatório “Boom and Bust Coal 2024” (“Carvão: Expansão e Queda 2024”, em tradução livre) alerta que, a despeito de termos mais compromissos firmados para descontinuar o uso do carvão em todo o mundo, menos capacidade de carvão foi desativada em 2023 do que em qualquer outro ano em mais de uma década.

Ainda segundo o relatório, a produção global de carvão cresceu 48,4 gigawatts (GW), ou 2%, em 2023, contabilizando um total mundial de 2.130 GW, sendo a China, sozinha, responsável por dois terços desse aumento. Se, porém, excluirmos a China, a produção mundial de carvão ainda registraria um pequeno aumento, de 4,7 GW. Cenário de expansão não acontecia desde 2019.

Um dado positivo é  que o relatório não apresenta apenas taxas de crescimento em relação ao carvão. No que tange às diminuições, um dos principais indicadores do estudo, o de “capacidade de carvão, ou seja, o início de novas construções, diminuiu fora da China pelo segundo ano consecutivo e atingiu um mínimo anual recorde desde o início da recolha de dados, que começou em 2015.

Porém na China acontece exatamente o oposto: novas construções de carvão aumentam pelo quarto ano consecutivo, atingindo o maior número em oito anos – o que está em desacordo com a promessa do Presidente Xi, de 2021, de “controlar estritamente” os projetos de carvão.

No que tange às possibilidades futuras de aumento (o indicador de “capacidade global de pré-construção), fora da China, 113 GW de carvão ainda estão em consideração, apenas um pouco acima dos 110 GW em 2022, devido a um aumento nas propostas na Índia. Na China, 268 GW estão em consideração, acima dos 249 GW em 2022. Este indicador apresentou um aumento de 6% em relação ao ano passado, o que cristaliza a importância dos apelos das organizações envolvidas no estudo e da comunidade científica mundial para parar de propor e iniciar novas centrais a carvão.

O relatório enfatiza que os países devem intensificar os compromissos de eliminação progressiva, bem como garantir que os anúncios de descarbonização sejam traduzidos em planos de reforma, planta por planta (“usina por usina).

Apenas 15% (317 GW) da atual capacidade operacional global de carvão tem o compromisso de se retirar, em consonância aos objetivos do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global ao limiar já crítico de 1,5 graus Celsius. Se quisermos cumprir o Acordo, a eliminação progressiva da energia a carvão até 2040 exigiria uma média de 126 GW de desativações por ano durante os próximos 17 anos, o equivalente a cerca de duas centrais a carvão por semana. 

Se formos contabilizar as centrais a carvão em construção e em pré-construção (578 GW), os cortes exigiriam ser ainda mais acentuados.

Carvão na América Latina – Um panorama continental

O relatório aponta que apenas 1,4 GW de capacidade de carvão permaneceu em “pré-construção” ou em construção em toda a América Latina até o final de 2023, o que representa uma queda de 19% em relação a 2022 e uma diminuição de 86% em relação a 2015.

Atualmente, as duas novas usinas a carvão autorizadas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) no Brasil e a única unidade em construção na Argentina são tudo o que resta dos projetos propostos na América Latina, os quais, se cancelados, eliminariam qualquer plano para ampliar o uso de carvão no continente. 

No Brasil, as usinas de energia Nova Seival e Pedras Altas (ou “Ouro Negro”) tinham previsão de iniciar suas operações entre 2026 e 2027, mas após enfrentarem obstáculos financeiros e judiciais nas fases de desenvolvimento, nenhum dos projetos avançou em 2023. Ambos estão paralisados, mas ainda não foram oficialmente cancelados.

Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, “Instalar novas usinas a carvão em um mundo que mensalmente bate recordes de temperatura é negar a ciência e virar as costas para toda a agenda de clima. Não se trata apenas de utilizar energia poluente e perpetuar as fontes fósseis, mas de alimentar a crise climática deliberadamente e condenar milhões de pessoas à própria sorte”, reforça Astrini.

Incentivos ao carvão no Brasil

Além de continuar mantendo a operação de suas usinas de carvão, o Brasil também segue ampliando benefícios financeiros para a fonte poluente.

Um exemplo disso está no projeto de lei das eólicas offshore (PL 11.247/18) – que foi aprovado, no final do ano passado, na Câmara dos Deputados com jabutis que beneficiam os combustíveis fósseis. Um desses jabutis obriga a recontratação de térmicas a carvão até 2050.

Além de representarem mais emissões de gases de efeito estufa, os jabutis, que incluem também geração a gás, simbolizam custos que podem chegar a 40 bilhões aos consumidores de energia.

“Sabemos que há um enorme lobby do carvão no Brasil e que tem sido influente na extensão de subsídios e contratos públicos para concessões de usinas de carvão e na flexibilização de leis para aumentar a produção de energia em usinas de combustíveis fósseis durante emergências climáticas”, disse Nicole Figueiredo, diretora-executiva do Instituto Internacional ARAYARA.

Tendo em vista que o Brasil sediará a próxima Conferência das Partes das Nações Unidas, a COP 30 em novembro de 2025, em Recife (PE), a diretora-executiva acredita que o país possui nas mãos “uma oportunidade única de transformar o Brasil em um líder climático que cumpre o que fala, anunciando que não haverá novos projetos de carvão antes da próxima COP”.

Sobre o “Boom and Bust Coal 2024” e o Global Energy Monitor

O “Boom and Bust” é uma pesquisa anual sobre a produção global de carvão realizada pelo Global Energy Monitor (GEM) e parceiros. O relatório analisa as principais tendências na capacidade energética a carvão e acompanha vários estágios de desenvolvimento de capacidade, incluindo desativações planeadas. Isto fornece informações importantes sobre a situação da eliminação progressiva global da energia a carvão e avalia o progresso em direção às metas e compromissos climáticos mundiais.

Os dados vêm do Global Coal Plant Tracker, também do GEM, que é um banco de dados on-line atualizado semestralmente e que identifica e mapeia todas as unidades geradoras a carvão conhecidas e todas as novas unidades propostas desde 1º de janeiro de 2010 (30 MW e maiores).

Os dados do Global Energy Monitor servem como um ponto de referência internacional vital usado por organizações, incluindo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a Agência Internacional de Energia (EIA) e as Nações Unidas, bem como por meios de comunicação globais.

Além do Global Energy Monitor, os coautores do relatório “Boom and Bust 2024” são: o Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo; E3G; Reclaim Finance; Sierra Club; Solutions for Our Climate; Kiko Network; Grupos de Bangladesh; Trend Asia; Aliança pela Justiça Climática e Energia Limpa; Chile Sustentável; POLEN Transiciones Justas; Iniciativa Climática do México; e o Instituto Internacional ARAYARA.org.

O relatório completo está disponível (em português) aqui:
https://globalenergymonitor.org/report/boom-and-bust-coal-2024/ 

Instituto ARAYARA.org adere à Campanha #513VozesPorEscazu

Instituto ARAYARA.org adere à Campanha #513VozesPorEscazu

O Instituto Internacional Arayara, uma organização sem fins lucrativos que atua há mais de 30 anos na defesa do meio ambiente e dos direitos humanos, aderiu à campanha #513VozesPorEscazu do Movimento Escazú Brasil, uma coalizão de organizações que defendem a ratificação do Acordo de Escazú pelo Brasil.

 

O Acordo de Escazú é um tratado internacional que garante o direito de acesso à informação ambiental, participação pública nos processos decisórios ambientais e acesso à justiça em matéria ambiental na América Latina e no Caribe. O Brasil é um dos países que ainda não ratificou o acordo, ou seja,  no nosso país o Acordo ainda não foi votado pelas casas legislativas, para assim ter efeito legal vinculativo aqui.

 

O movimento Escazú Brasil objetiva conscientizar a população brasileira sobre a importância do Acordo de Escazú e sensibilizar o governo brasileiro a ratificá-lo o mais prontamente possível. Além disso, o movimento promove ações de engajamento da sociedade civil nos temas do acordo, focando, no momento, na sua implementação aqui no país.

Lideranças e ativistas podem se engajar na luta pela ratificação do Acordo de Escazú pelo Brasil de diversas formas:

  • Participando dos esforços de conscientização da população brasileira sobre o que é o Acordo de Escazú e sua importância para o Brasil;
  • Convencendo o governo brasileiro a ratificá-lo rapidamente, e depois, a promover medidas para sua implementação plena e efetiva;
  • Promovendo ações de advocacy junto ao governo brasileiro e aos órgãos internacionais.

 

A campanha 513 Vozes por Escazú

A campanha 513 Vozes por Escazú busca promover a conscientização pública sobre a interseção entre justiça climática, direitos humanos e proteção ambiental. O objetivo é mobilizar ativistas socioambientais para que compartilhem suas experiências e mensagens sobre a importância do Acordo de Escazú no Brasil.

 

Através de vídeos gravados por ativistas brasileiros, a campanha pretende dar voz às pessoas engajadas na luta socioambiental e destacar, de forma breve, como as violações de direitos humanos se interseccionam com violações ambientais na América Latina e no Caribe. Ao enfatizar a necessidade da ratificação do Acordo de Escazú, a campanha 513 Vozes por Escazú busca promover a participação pública e o acesso à informação e à justiça em questões ambientais, que são fundamentais para alcançarmos uma sociedade mais sustentável, justa e equitativa.

 

Como participar?

Para participar da campanha, você pode criar um vídeo de até 45 segundos, no qual você se apresenta e convida os parlamentares do seu Estado a apoiarem na ratificação do acordo. Além disso, vale destacar um caso de luta socioambiental com o qual você se identifique e que se beneficiaria da expansão dos direitos de acesso à informação, à justiça e à participação proposta pelo Acordo de Escazú. Utilize sua criatividade e a potência da sua voz para promover a criação de mais ferramentas para a luta ambiental e de proteção dos direitos humanos, no Brasil e em toda a América Latina e Caribe.

Para enviar seu vídeo, acesse o formulário no link abaixo.

Formulário de envio de vídeo: https://bit.ly/513vozes

Faça ecoar a sua voz!

Acesse o site da campanha e saiba mais: https://escazubrasil.org.br/513vozesporescazu/ 

Instituto ARAYARA.org adere à Campanha #513VozesPorEscazu

Instituto ARAYARA.org se une a la Campaña #513VozesPorEscazú

El Instituto Internacional Arayara, una organización sin fines de lucro que lleva más de 30 años trabajando en la defensa del medio ambiente y los derechos humanos, se ha sumado a la campaña #513VozesPorEscazu del Movimiento Escazú Brasil, una coalición de organizaciones que abogan por la ratificación del Acuerdo de Escazú por parte de Brasil. 

El Acuerdo de Escazú es un tratado internacional que garantiza el derecho de acceso a la información ambiental, la participación pública en los procesos de toma de decisiones ambientales y el acceso a la justicia en asuntos ambientales en América Latina y el Caribe. Brasil es uno de los países que aún no ha ratificado el acuerdo, es decir, en nuestro país el Acuerdo aún no ha sido votado por las cámaras legislativas para tener efecto legal vinculante aquí.

El movimiento Escazú Brasil tiene como objetivo concienciar a la población brasileña sobre la importancia del Acuerdo de Escazú y sensibilizar al gobierno brasileño para que lo ratifique lo más pronto posible. Además, el movimiento promueve acciones de participación de la sociedad civil en los temas relacionados con el acuerdo, centrándose en este momento en su implementación en nuestro país. Los líderes y activistas pueden involucrarse en la lucha por la ratificación del Acuerdo de Escazú por parte de Brasil de varias formas:

Participando en los esfuerzos de concienciación de la población brasileña sobre qué es el Acuerdo de Escazú y su importancia para Brasil.

Convenciendo al gobierno brasileño de ratificarlo rápidamente y luego promover medidas para su implementación plena y efectiva.

Promoviendo acciones de incidencia ante el gobierno brasileño y organismos internacionales.

La campaña “513 Voces por Escazú”

La campaña “513 Voces por Escazú” busca promover la conciencia pública sobre la intersección entre la justicia climática, los derechos humanos y la protección ambiental. El objetivo es movilizar a los activistas socioambientales para que compartan sus experiencias y mensajes sobre la importancia del Acuerdo de Escazú en Brasil. A través de videos grabados por activistas brasileños, la campaña busca dar voz a las personas comprometidas en la lucha socioambiental y resaltar de manera breve cómo las violaciones de derechos humanos se entrelazan con las violaciones ambientales en América Latina y el Caribe. Al enfatizar la necesidad de la ratificación del Acuerdo de Escazú, la campaña “513 Voces por Escazú” busca fomentar la participación pública y el acceso a la información y la justicia en cuestiones ambientales, fundamentales para lograr una sociedad más sostenible, justa y equitativa.

¿Cómo participar?

Para participar en la campaña, puedes crear un video de hasta 45 segundos en el que te presentes e invites a los parlamentarios de tu estado a apoyar la ratificación del acuerdo. Además, vale la pena resaltar un caso de lucha socioambiental con el que te identifiques y que se beneficiaría de la expansión de los derechos de acceso a la información, la justicia y la participación propuestos por el Acuerdo de Escazú. Utiliza tu creatividad y el poder de tu voz para promover la creación de más herramientas para la lucha ambiental y la protección de los derechos humanos, tanto en Brasil como en toda América Latina y el Caribe. Para enviar tu video, accede al formulario en el siguiente enlace.

Formulario de envío de video: <https://bit.ly/513vozes>

¡Hagamos resonar tu voz!”

Mudanças climáticas geraram mais de 510.000 mortes na América Latina

Mudanças climáticas geraram mais de 510.000 mortes na América Latina

Mais de 510.000 mortes foram registradas nos últimos 50 anos por desastres naturais relacionados às mudanças climáticas na América Latina. A região é extremamente vulnerável a esse tipo de fenômeno, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que divulgou um relatório nesta quinta-feira (18)

Entre 1979 e 2019, houve 2.309 desastres naturais nessa região, que causaram 510.204 mortes e afetaram um total de 297 milhões de pessoas, além de causar danos de US$ 437 bilhões, de acordo com a Cepal.

Os dados integram o livro “A emergência das mudanças climáticas na América Latina e no Caribe: seguimos aguardando a catástrofe ou agimos?”, apresentado nesta quinta-feira em uma videoconferência na sede da Comissão, em Santiago.

A publicação descreve a América Latina e o Caribe como “uma região extremamente vulnerável às mudanças climáticas, devido à dependência de atividades altamente sensíveis ao clima, à sua baixa capacidade de adaptação e à sua exposição a vários fenômenos hidrometeorológicos extremos”.

A crise climática e também a atual emergência de saúde devido ao coronavírus, que está avançando na América Latina com mais de 87.000 mortes e 1,8 milhão de casos, fazem parte de um modelo de desenvolvimento “insustentável e desigual”, com predominância das elites e a cultura de privilégios que levaram a efeitos negativos para a região, acrescenta o documento da Cepal.

Este modelo, segundo o relatório, foi baseado “em grandes externalidades negativas, como as emissões associadas às mudanças climáticas, que excedem os limites ambientais globais e as vulnerabilidades sistêmicas evidenciadas pela Covid-19”. Segundo Alicia Bárcena, secretária-geral da Cepal, “o horizonte é a igualdade, a mudança estrutural progressiva é o caminho, e a política, o instrumento”.

Fonte: UOL

Caída del precio del petróleo: cómo afecta a América Latina

Caída del precio del petróleo: cómo afecta a América Latina

El petróleo estadounidense West Texas Intermediate (WTI) para entrega en mayo sufrió el lunes una caída tan estrepitosa que pasó de cotizarse a US$18 por barril al inicio del día a un precio negativo de US$ -35,22 al cierre de dicha jornada, volviendo a cotizar en positivo este martes para los contratos futuros de entrega en junio, el nuevo mes de referencia.

Lo sucedido el lunes supuso que, por primera vez en la historia, este crudo estadounidense de referencia para los mercados se cotizó a un valor negativo, generando gran conmoción en el mercado energético.

El desplome refleja las dificultades que ha estado experimentando el negocio petrolero mundial debido al exceso de producción y al frenazo de la demanda como consecuencia de la pandemia de coronavirus.

La sacudida en Estados Unidos también afectó el precio del crudo Brent, de referencia en Europa y en el resto del mundo, cuyo valor a futuro para entrega en junio disminuyó este lunes un 8,90% hasta los US$25,58.

Además de las condiciones adversas del negocio petrolero mundial, la caída del WTI registrada el lunes tiene fuerte relación con algunos aspectos concretos de los mercados a futuro de crudo en Estados Unidos.

¿Cómo afectará a los países de América Latina?

La caída de los precios del petróleo suele ser una noticia bien recibida en los países consumidores y un motivo de preocupación para los productores.

En el caso de América Latina, Toro Hardy señala que el país más golpeado será Venezuela, aunque también impactará en Colombia, México y Brasil.

Destaca que Venezuela se encuentra duramente afectada en los dos elementos que determinan su ingreso petrolero. “Si la producción ha caído como lo ha hecho en los últimos tiempos y el precio también, la situación se hace inmanejable”, apunta.

Guillermo Olmo, corresponsal de BBC Mundo en Venezuela, subraya que a estos factores se suma el efecto de las sanciones de Estados Unidos sobre la actividad petrolera venezolana.

“Para convencer a potenciales compradores temerosos de ser sancionados, la petrolera estatal venezolana, PDVSA se está viendo obligada a ofrecer enormes descuentos y fuentes del sector aseguran que su barril de crudo pesado se vende ya a no más de US$6. Puede que ni siquiera esos descuentos sean incentivo suficiente en el contexto actual, con un mercado saturado de crudo barato”, afirma.

Tras el desplome en EE.UU. de su principal referencia, la mezcla mexicana siguió sus pasos y cayó en picado desde los US$14,35 por barril del viernes hasta un estrepitoso US$-2,37 marcado este lunes.

Está por ver cuál es su impacto real sobre la economía de México, dado que la actividad petrolera ha ido perdiendo relevancia en el país hasta no suponer en la actualidad más del 4% de su Producto Interior Bruto, la mitad que hace una década.

Además, el país contrató una cobertura petrolera para este año que cubre un precio de US$49 por barril a fin de protegerse ante la evidente fluctuación de precios y garantizar sus ingresos.

En lo que posiblemente sí afectará es en la estrategia económica del actual gobierno mexicano, que hasta ahora se ha mantenido firme al fijar la extracción de petróleo como una de sus principales banderas.

Así, desde el inicio de su mandato, el presidente Andrés Manuel López Obrador dejó claro que rescatar a la estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) de su peor crisis de producción en décadas era una de sus grandes prioridades.

Hace poco más de una semana, incluso presumió de haber logrado que México no redujera la producción de petróleo en la medida que el resto de países de la OPEP+ le exigían para contribuir a la recuperación del precio global del crudo.

Su negativa a disminuir la producción mexicana en más barriles pese al escenario general de hundimiento de precios fue entonces duramente criticada por expertos, así como por seguir adelante con la construcción de la refinería de Dos Bocas en Tabasco, uno de sus proyectos estrella.

En cuanto a Colombia, este país destinó grandes esfuerzos durante la última a aumentar su producción petrolera hasta convertirse en un importante exportador en la región.

“Ahora esto le empieza a pesar al país, porque la mitad de sus ingresos en divisas provienen del petróleo. Durante el último mes el peso colombiano ha perdido 15% de su valor, lo que se puede traducir en inflación, déficit comercial y fiscal y, como ya anticiparon órganos especializados, una recesión”, afirma Daniel Pardo, corresponsal de BBC Mundo en Bogotá.

Explica que históricamente la economía colombiana ha sido una de las más estables de la región. Pero la crisis del coronavirus puede acabar con esa tradición.

Indica que inicialmente, los productores de petróleo colombianos habían reducido las exportaciones y estaban acumulando inventario para cuando los precios aumentaran pero, al parecer, no hay suficiente espacio para almacenar el crudo por lo que la producción tendrá que bajar aún más y pozos y campos petroleros pueden cerrar.

Campo de Pacific Rubiales en Colombia.
Image captionDurante la última década, Colombia apostó con fuerza al negocio petrolero.

“Para un país con un 25% de pobreza y un 50% del empleo informal, que además viene de recibir a 2 millones de migrantes venezolanos, esta caída del petróleo significa un duro golpe”, apunta.

Brasil, por su parte, que justo en 2019 rompió su récord de producción al extraer más de 1.000 millones de barriles durante ese lapso, ya había anunciado a inicios de abril un recorte de producción de 200.000 barriles diarios para hacer frente a la caída de la demanda.

Sin embargo, no todo son malas noticias. Ecuador, otro de los productores de crudo de la región, informó que valora la posibilidad de aprovechar la caída de los precios para eliminar los subsidios al combustible que le cuestan al gobierno mucho dinero cada año.

Protesta en Ecuador.
Image captionLa retirada del subsidio a los combustibles causó grandes protestas en Ecuador en 2019.

El gobierno del presidente Lenín Moreno intentó eliminar el año pasado estos subsidios, lo que desató una fuerte ola de protestas que le obligó a retroceder en su decisión.

Sin embargo, este lunes el ministro de Energía, René Ortiz, destacó que la caída de los precios del crudo planteaba una buena oportunidad para abandonar esos subsidios pues el precio de mercado del combustible es tan económico como el precio subsidiado.

Indicó que, en el caso de adoptar esa decisión, se tomaría la previsión de establecer un mecanismo para compensar a los más pobres en la eventualidad de que el precio internacional del combustible vuelva a subir.

BBC