Apesar dos frequentes (e intensos) efeitos das mudanças climáticas, a humanidade segue investindo na principal causa dessa ameaça para a vida no planeta: a exploração dos combustíveis fósseis. A queima deles em usinas, fábricas e carros é responsável por 90% das emissões de dióxido de carbono – e sua produção segue crescendo em ritmo alarmante.
É o que mostra um relatório inédito feito pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente, o UNEP, em parceria com cinco centros de pesquisa, publicado nesta quarta (20). Segundo o estudo, em 2030, a humanidade estará produzindo 120% mais combustíveis fósseis do que deveria.
O relatório mostra uma grande discrepância entre expectativa e realidade – o que os especialistas chamam de “lacuna de produção”. Vamos por partes. A expectativa são as metas de redução de emissões que cada país submeteu por meio do Acordo de Paris, em 2015, com o objetivo de impedir que o aquecimento global ultrapasse 2ºC acima dos níveis pré-industriais – e, se possível, manter o aumento em 1,5ºC.
Esses são os níveis considerados seguros pela comunidade científica para evitar grandes catástrofes. Mas mesmo dentro desses limites, centenas de milhões de pessoas vão sofrer graves consequências.
Fonte: Revista Superinteressante