+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Entre metas e contradições: especialistas debatem caminhos para uma política climática justa e inclusiva

Evento “Vozes Negras Pelo Clima” reuniu organizações da sociedade civil para analisar NDC brasileira, mitigações e os complexos desafios para a implementação de metas climáticas justas.

A sede da Anistia Internacional Brasil, em Brasília, foi o palco de intensos debates no último sábado, 11 de outubro, durante a oficina “Vozes Negras Pelo Clima – Advocacy climático com foco nas negociações no âmbito da UNFCCC para COP 30”. O evento, que contou com a participação estratégica de especialistas do Instituto Internacional ARAYARA, teve como objetivo fortalecer a capacitação da sociedade civil para as negociações internacionais do clima.

A ARAYARA marcou presença com um time de alto nível, evidenciando seu compromisso com a articulação em rede. Participaram ativamente Kerlem Carvalho, Coordenadora de Oceanos; Lucas Kannoa, Gerente Jurídico e Coordenador do Programa Defensores dos Defensores; e Renata Prata, Coordenadora de Advocacy Institucional. Suas contribuições foram centrais para os debates sobre a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, as estratégias de mitigação e os caminhos para uma transição energética justa.

A oficina, uma iniciativa da Vozes Negras Pelo Clima, foi co-organizada por uma poderosa coalizão de entidades, incluindo Anistia Internacional Brasil, Oxfam Brasil e Laclima, além de diversos coletivos e movimentos sociais. “A agenda do dia foi dedicada a uma profunda troca de saberes e experiências, com foco no mapeamento dos desafios e oportunidades para o advocacy climático no contexto de preparação para a COP 30, que será realizada em Belém”. destaca Renata Prata.

Os especialistas da ARAYARA destacaram a necessidade de o Brasil superar robustos desafios e contradições éticas e paradigmáticas para cumprir suas próprias metas climáticas. “ Foram apontadas as contradições entre o discurso oficial e a manutenção de políticas que incentivam a exploração de combustíveis fósseis e pressionam os biomas, comprometendo a ambição da NDC brasileira”, pontua Kerlem Carvalho.

Lucas Kannoa avalia que a troca foi considerada extremamente produtiva, resultando em um alinhamento estratégico entre as organizações presentes. “ A conclusão unânime reforça que a implementação efetiva da NDC exige uma abordagem transversal, que incorpore justiça social, racial e ambiental, e que a pressão da sociedade civil organizada será fundamental para garantir ambição e transparência por parte do governo brasileiro”.

Para a diretora executiva da ARAYARA, Nicole Figueiredo, a participação qualificada da instituição no evento reforça seu papel de liderança não apenas na denúncia, mas na construção de soluções e na formação de alianças sólidas para influenciar as políticas climáticas nacionais e internacionais.

 

Fotos: Túlio Filipe Seabra da Silva
Insta: @tuliooseabra | @negritandoprod

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Comissão da Câmara pede que Ibama fiscalize crimes ambientais da CSN

A Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados fez nesta quinta-feira (23) uma reunião com representantes da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A empresa foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) há duas semanas, por crimes de poluição e destruição ambiental em Volta Redonda, no Sul Fluminense. A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) esteve à frente do encontro e

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Petrobras tenta expandir área licenciada na Foz do Amazonas

Com permissão para perfurar bloco FZA-M-59 em mãos, empresa usa o mesmo processo para tentar abrir outros três poços de petróleo adjacentes. ONGs vão à Justiça contra autorização do Ibama. Um dia após obter a licença para perfurar o poço FZA-M-59 na bacia marítima da Foz do Amazonas, a Petrobras pediu autorização para abrir mais três usando o mesmo processo. Em documento encaminhado ao Instituto

Leia Mais »

Novo estudo do Inesc aponta queda nos subsídios aos fósseis, mas Brasil ainda privilegia combustíveis poluentes

Na tarde desta quinta-feira (23), diretores do Instituto Internacional ARAYARA participaram do lançamento da oitava edição do Monitoramento dos Subsídios às Fontes de Energia no Brasil (2023-2024), realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). O estudo revela que, pela primeira vez em oito anos, os subsídios aos combustíveis fósseis caíram 42% em 2024. Apesar da redução, o Brasil ainda mantém

Leia Mais »

Ato em Belém denuncia ameaça da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Na noite desta terça-feira (21), movimentos sociais, organizações ambientais, pescadores e lideranças comunitárias se reuniram em Belém (PA) para protestar contra a autorização de perfuração do bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas. O ato — que teve concentração na Escadinha do Cais do Porto e seguiu até a Estação das Docas — reuniu dezenas de pessoas em defesa da vida,

Leia Mais »