A pandemia reacendeu as discussões sobre a origem dos perigosos vírus que, volta e meia, ameaçam a humanidade. Até agora, a maior parte dos pesquisadores apontava para o mercado de Wuhan onde, dentre outras, animais silvestres são comercializados. Pelas condições insalubres e a proximidade de animais e humanos, seria o local perfeito para um vírus sair de um animal e infectar alguém.
Mas vários artigos publicados nas últimas semanas mostram que a destruição humana de ecossistemas para mineração e agricultura está reduzindo os espaços para os animais e potencializando a transmissão de animais para humanos.
Nesta semana, artigo publicado no Grain aponta para um outro possível culpado. Partindo de estudos da estrutura do SARS-CoV-2, pesquisadores indicaram uma série de mamíferos que poderia transmitir o vírus: civetas, porcos, pangolins, gatos, vacas, búfalos, cabras e ovelhas. A lista ainda cita os pombos.
Enquanto a maioria dos pesquisadores e a mídia fala de morcegos e pangolins, o artigo diz que seria muito mais simples que o vírus evoluísse na concentrada criação de porcos do entorno de Wuhan – a província de Hubei é a 5ª maior produtora de porcos da China.
Visto que os porcos chineses enfrentaram a febre suína africana no ano passado, os autores acrescentam ser perfeitamente possível ao coronavírus se propagar sem que ninguém tivesse percebido.
Michael Taylor, da Reuters, escreve sobre um outro lado da moeda do coronavírus. Com medidas de isolamento em quase todo o Sudeste Asiático, a fiscalização do desmatamento deve enfraquecer ao longo dos próximos meses. Michael estima que haverá um aumento importante no desmatamento por lá neste ano.
Fonte: ClimaInfo