+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Mudanças climáticas devem gerar prejuízo de US$ 7,9 trilhões até 2050

São Paulo – Animais, seres humanos e diversos ecossistemas têm suas vidas prejudicadas pela mudança climática. E, de acordo com a empresa britânica Economist Intelligente Unit, que produz relatórios econômicos para diversos países, a economia mundial também: levando em conta os países com as 82 maiores economias em âmbito global, o prejuízo financeiro gerado pela crise climática, que afeta todo o planeta Terra, pode chegar a até 7,9 trilhões de dólares.

Os pesquisadores da companhia que se envolveram na pesquisa relataram ter descoberto que os países que estão em desenvolvimento terão maior prejuízo no âmbito financeiro do que os já desenvolvidos, que são considerados os mais ricos.

John Ferguson, diretor de análise da empresa comentou que os países com maior capacidade financeira são mais resistentes aos impactos negativos das consequências do aquecimento global.

“Os países mais ricos são realmente capazes de ser mais resilientes aos impactos das mudanças climáticas, então isso realmente ameaça as trajetórias de crescimento do mundo em desenvolvimento à medida que tentam alcançar o mundo desenvolvido”, disse Ferguson para a AFP.

De acordo com a pesquisa, países da África, como a Angola, terão o Produto Interno Bruto reduzido – o país do sul-africano deve perder cerca de 6,1%, sendo o país do continente africano que mais deve sofrer com o prejuízo econômico. Além disso, a Angola também é um dos países da África que mais possui ecossistemas em risco, visto que as mudanças climáticas aumentaram consideravelmente o nível do mar e trouxe ondas mais agressivas para seu território, além de ser um local propenso a sofrer com secas.

Por outro lado, a pesquisa também apontou que os Estados Unidos estão entre as nações economicamente mais privilegiadas, de modo que sofrem menos com os efeitos das crises de clima globais. Isso se dá, principalmente, pelo fato de terem um grande setor de pesquisa e desenvolvimento, embora tenham criado uma política de “revés temporário” aos impactos gerados pelo clima. Países como NigériaEgitoBangladesh e Venezuela, estão entre os que também terão problemas futuros, sofrendo com a perda porcentual de cerca de 5% seus PIBs.

Os pesquisadores apontaram, também, que um mundo sem as mudanças climáticas poderia ter uma economia de 258 trilhões de dólares no início da década de 2050. Mas, com as consequências causadas pela alteração climática, o alcance até 2050 deve chegar a cerca de 250 trilhões de dólares. Os autores do estudo declararam que é necessário uma movimentação global para alterar as previsões: “Os países em desenvolvimento não podem fazer isso sozinhos. É preciso haver um esforço global coordenado para lidar com os impactos de que estamos falando”, disse Ferguson em comentário no estudo.

Fonte: Exame

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

REDESCA avalia os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul

O Instituto Internacional Arayara participou de forma ativa das reuniões com Javier Palummo, Relator Especial da Relatoria sobre Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (REDESCA) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), e sua delegação. Realizados entre os dias 2 e 6 de dezembro, os encontros tiveram como objetivo avaliar a situação dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais (DESCA)

Leia Mais »

PEC das Praias: sociedade civil e organizações socioambientais relatam “repressão”

Grupo formado por manifestantes, representantes de organizações em defesa do meio ambiente e de pescadores diz que foi proibido de estar na CCJ e de expor cartazes nos corredores do Senado Sociedade civil e representantes de organizações socioambientais foram nesta quarta-feira (4/12) ao Congresso Nacional para manifestação contra a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 3 de 2022, conhecida

Leia Mais »

PL das Eólicas Offshore com ‘jabutis’ para subsidiar carvão tem votação adiada no Senado

A votação do Projeto de Lei 576/2021, que estabelece o marco regulatório da geração de energia eólica offshore, foi adiada novamente na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal. O texto, relatado pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), enfrenta forte resistência de senadores da base do governo, especialmente por conta dos artigos que fornecem subsídios aos geradores fósseis de

Leia Mais »

Litigância climática no Brasil é tema de webinário do JUMA e BIICL

O Instituto Internacional ARAYARA teve uma participação de destaque no webinário “Perspectivas para a Litigância Climática Corporativa no Brasil”, realizado no dia 29 de novembro. O evento, promovido pelo Grupo de Pesquisa Direito, Ambiente e Justiça no Antropoceno (JUMA), em parceria com o British Institute of International and Comparative Law (BIICL), discutiu o papel crucial da litigância climática no enfrentamento

Leia Mais »