+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Ministério da Energia diz que “bandeira Escassez Hídrica não será suficiente” para cobrir custos

“A culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência do governo”, disse o senador Jean Paul (PT), membro da Comissão da Crise Energética do Senado

O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta quarta-feira (13) que nem a bandeira tarifária de escassez hídrica que fez o preço da conta de luz explodir está sendo capaz de cobrir os custos para a manutenção da segurança energética do país.

Segundo Marisete Dadald, secretária-executiva da pasta, os gastos estão sendo muito maiores do que o previsto pelo governo Jair Bolsonaro. As distribuidoras de energia pressionam por um novo aumento alegando déficit financeiro.

“A bandeira ‘Escassez Hídrica’… não será suficiente para a cobertura de todos os recursos que nós utilizamos para a segurança energética”, disse a secretária-executiva durante evento.

Mesmo assim, Dadald tentou passar tom otimista, em certa negação da realidade. “Estamos ainda em um momento de atenção, mas com as medidas que a gente vem implementando desde outubro de 2020 temos obtido resultados satisfatórios”, disse.

À Fórum, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), membro da Comissão da Crise Energética montada no Senado e líder da Minoria, criticou a postura do governo.

“O governo insiste em negar a crise ou atribuí-la a São Pedro, quando a culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência. Quando entramos nesta crise hídrica já eram claros os sinais de um problema energético global”, disse o senador à Fórum.

“O acionamento das térmicas foi o primeiro e mais necessário impulso das autoridades que estão gerenciando o problema. Mas ao estabelecerem as novas bandeiras, mais uma vez o governo errou e faltou planejamento quando não considerou os aumentos do dólar e do petróleo além dessa política de preços suicida da Petrobras. Em breve vamos instalar a Comissão do Senado encarregada de acompanhar a gestão da crise e teremos instrumentos para tentar corrigir esses erros de trajetória que sempre penalizam uma única pessoa: o consumidor final”, completou Jean Paul.

Com informações da CNN Brasil

Fonte: https://revistaforum.com.br/politica/bandeira-escassez-hidrica-nao-sera-suficiente-para-cobrir-custos/

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Seminário debate justiça climática e racismo ambiental com foco nas comunidades tradicionais

Representantes de povos e comunidades tradicionais denunciam exclusão nos processos decisórios e Arayara reforça luta contra violações socioambientais. No dia 4 de setembro, em Brasília, foi realizado no auditório do Ibama o seminário “Justiça Climática e Racismo Ambiental: construção dos conceitos e políticas no Brasil”. O encontro foi organizado pela Câmara Técnica de Justiça Climática do Conselho Nacional de Meio

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Sob argumento de ‘prejuízo econômico’, Justiça derruba suspensão das licenças de usina e mina em Candiota

Entidades ambientalistas vão recorrer da decisão, que não é definitiva Na manhã desta sexta-feira (5), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) derrubou a decisão que havia suspendido a Licença de Operação da Usina Termelétrica Candiota III e da Mina de Carvão Candiota em 22 de agosto. O desembargador Marcos Roberto Araújo dos Santos argumenta que a suspensão das licenças não

Leia Mais »

Leilão de Energia de 2026 expõe contradições e favorece carvão e gás, apontam especialistas

O Leilão de Reserva de Capacidade na Forma de Potência de 2026 (LRCAP 2026), anunciado no final de agosto pelo Ministério de Minas e Energia (MME), reacendeu o debate sobre os rumos da política energética brasileira. Apesar de ser apresentado como mecanismo para garantir segurança elétrica em meio ao avanço das fontes renováveis intermitentes, o certame vem sendo criticado por

Leia Mais »