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Documento fortalece a luta por uma transição energética justa no Chile e na Colômbia

Foi lançado, nesta segunda-feira (30), o documento “Salvaguardas para una Transición Energética Justa en Chile y Colombia”, durante evento realizado no Chile e transmitido pelo canal da Alianza Potencia Energética Latinoamérica. A publicação reúne recomendações para proteger comunidades e territórios no processo de transição energética, a partir de experiências coletivas no Chile e na Colômbia. O Instituto Internacional ARAYARA esteve presente na atividade, dando sequência à programação da Missão Transição Energética Justa e Sustentável Chile-Brasil ARAYARA 2025.

No Chile, as salvaguardas foram elaboradas pela Fundação Ecosur, Rede Pobreza Energética (RedPE) e ONG Energía Colectiva, com facilitação da ArtycStudio e apoio da Aliança Latino-Americana de Energia. Já na Colômbia, o processo envolveu comunidades indígenas e afrodescendentes, sindicatos, cooperativas, organizações juvenis e mídia comunitária, com apoio do Fondo Socioambiental Emerger e da Energy Power Alliance.

Durante a apresentação, a liderança comunitária Luna Gámez, de Cañaverales, La Guajira (Colômbia), relatou a luta de sua comunidade contra a instalação de uma das maiores minas de carvão mineral do país, planejada pela multinacional turca Best Coal Company (BCC). Relatou a luta pela preservação do seu território e modo de vida, sob ameaça constante.

Na roda de diálogo que seguiu à apresentação, John Wurdig, gerente de transição energética da ARAYARA, compartilhou a experiência de resistência no Rio Grande do Sul, onde a mobilização social e ações judiciais impediram a instalação da maior mina de carvão prevista no Brasil. Ele destacou o paralelo com a luta de Cañaverales e perguntou aos painelistas quais seriam os caminhos para garantir salvaguardas reais às populações afetadas pelo ciclo do carvão, especialmente na Colômbia, de onde parte significativa do minério é exportada para termelétricas brasileiras.

A representante do Fondo Emerger, Isabel Preciado Ochoa, respondeu que o desafio central está em pressionar empresas e governos a incorporarem salvaguardas em seus processos de licenciamento e contratos. Para ela, é urgente assegurar o direito à consulta livre, prévia e informada às comunidades locais e avançar em alternativas energéticas regionais e renováveis, capazes de reduzir a dependência do carvão.

Os documentos podem do Chile e da Colômbia podem ser acessado online na íntegra.

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