+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Leilões do Petróleo: Arayara prepara Ações Civis Públicas

O Instituto Arayara preparou relatórios técnicos sobre os impactos ambientais, sociais e legais da 17ª rodada de licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural realizado pela Agência nacional do petróleo (ANP). Os relatórios foram apresentados ontem, durante a única audiência pública realizada pela ANP sobre o leilão – sem ampla divulgação, como determina a lei.

Na audiência pública de ontem, Nicole Figueiredo de Oliveira, Juliano Bueno de Araujo e Luciano Henning , integrantes da Arayara e de redes da qual o instituto participa,  além de  Luiz Fernando Scheibe, professor emérito da Universidade Federal de Santa Catarina, foram os únicos representantes da sociedade civil. Eles registraram a demanda para que seja suspensa a licitação de vários blocos ofertados.  

Agora, o Instituto Arayara está preparando quatro ações civis públicas (ACPs) para salvaguardar as áreas mais sensíveis.

O leilão visa a ofertar 92 blocos com risco exploratório. Eles estão localizados em 11 setores de quatro bacias sedimentares – Campos, Pelotas, Potiguar e Santos – e coloca as costas de estados como  Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e outros em risco de graves desastres. 

Se as páreas forem exploradas efetivamente, a atividade petroleira colocará em perigo diversas regiões, biomas e povos originários do Brasil – e a responsabilidade legal primeira será da ANP. 

Entre os desastres possíveis estão o derramamento de óleo e destruição de biomas marinhos. Eles causam problemas de diversas ordens, especialmente para toda a população, em geral pobre, que depende da pequena e pontual exploração do mar e da costa – como, por exemplo, pescadores e marisqueiros.

Duas regiões sensíveis para a conservação da biodiversidade marinha estão entre as ofertas do governo federal para exploração de petróleo e gás natural: as bacias Potiguar (RN e CE), próxima ao parque nacional marinho Fernando de Noronha, e Pelotas (SC e RS), região relevante para reprodução, alimentação e corredor migratório de espécies em perigo, segundo avaliações do ICMBio e do Ibama, as duas agências federais de regulação ambiental.

A seguir, veja a íntegra das intervenções de Nicole Figueiredo de Oliveira, Juliano Bueno de Araujo, Luciano Henning e  Luiz Fernando Scheibe durante a audiência:

Clique para assistir ao vídeo

#AudiênciaPública sobre  #LeilãoFóssilNão #LeilãodoPetrolão #FóssilNão #EmDefesadaVida #Arayara

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Gerente de Transição Energética do Instituto Internacional Arayara lembra momentos de desespero durante as enchentes que atingiram a região em 2024

“Era dia 29 de abril, eu estava na casa da minha vó, no município de Guaíba, e comecei a ficar muito impressionado com o volume de chuvas”, essa é a memória que o gerente de transição energética do Instituto Internacional Arayara, o técnico em Meio Ambiente e Engenharia Ambiental John Würdig, tem do início das enchentes no Rio Grande do

Leia Mais »

ARAYARA disputa vaga no Conama e fortalece a voz da sociedade civil

Instituição se destaca por sua atuação técnica e histórica em defesa do meio ambiente, dos biomas e das comunidades brasileiras O Instituto Internacional ARAYARA foi oficialmente homologado para disputar uma vaga no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), conforme edital publicado nesta quarta-feira (30). A eleição, válida para o biênio 2025–2027, ocorrerá entre os dias 2 e 9 de maio

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Apagão na Europa vira guerra de versões em busca de motivo para queda de energia elétrica

Uma reportagem exibida pelo Jornal da Cultura ontem (29/4) abordou os apagões que afetaram Portugal e partes da Espanha, cujas causas ainda não foram oficialmente esclarecidas. Inicialmente, veículos da imprensa europeia noticiaram que a fornecedora de energia elétrica em Portugal teria atribuído o incidente a um “raro fenômeno atmosférico”. No entanto, essa explicação foi posteriormente descartada. O primeiro-ministro português afirmou

Leia Mais »

ACP do Carvão: Grupo técnico reforça papel da sociedade civil para o cumprimento de legislação ambiental em SC

Nos dias 23 e 24 de abril de 2025, o Instituto Internacional ARAYARA participou das reuniões do Grupo Técnico de Assessoramento da Área de Recuperação Ambiental do Carvão (GTA), realizadas em Criciúma (SC). O encontro integra os trabalhos da Ação Civil Pública nº 93.8000533-4, que trata da recuperação dos passivos ambientais causados pela mineração de carvão na região Sul de

Leia Mais »