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Governo escondeu na COP26 que desmatamento na Amazônia bateu terceiro recorde consecutivo sob Bolsonaro

Publicados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, dados já estavam disponíveis na semana passada, enquanto acontecia a Conferência do Clima na Escócia

A taxa de desmatamento na Amazônia em 2021 foi de 13.235 km2 , mostraram dados publicados sem alarde na tarde desta quinta-feira (18) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dados do Inpe, que o governo já conhecia antes da COP26, a Conferência do Clima que terminou na semana passada em Glasgow (Escócia), também mostram que mais de meio bilhão de reais desperdiçado em operações militares na floresta, comandadas pelo general aposentado Hamilton Moiurão, Vice-Presidente da República, não foi capaz de frear o desmatamento.

A estimativa do programa Prodes, do Inpe, indica uma alta de 22% em relação ao ano passado. A descoberta foi feita pelo Observatório do Clima, rede de 70 organizações de defesa do clima, da qual o Instituto Arayara faz parte. 

Esta é a terceira alta consecutiva do desmatamente somente no período do governo de Jair Bolsonaro, e a primeira vez desde o início das medições, em 1988, que a devastação sobe por quatro anos seguidos.

“O resultado é fruto de um esforço persistente, planejado e contínuo de destruição das políticas de proteção ambiental no regime de Jair Bolsonaro. É o triunfo de um projeto cruel que leva a maior floresta tropical do mundo a desaparecer diante dos nossos olhos e torna o Brasil de Bolsonaro uma ameaça climática global”, disse Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Segundo Astrini, os dados também preocupam porque o Estado do Amazonas, que está na expectativa da pavimentação da BR-319, um amplo projeto que deve estimular a devastação de toda a região no seu entorno, passou em índices de desmatamento o Estado do Mato Grosso, ex-campeão nesse quesito.

Gráfico : Observatório do Clima

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