O 4º Congresso Brasileiro Mulheres da Energia, realizado no Teatro Santander, em São Paulo, nesta segunda-feira (25), reuniu lideranças femininas do setor energético, acadêmicas, empresárias, parlamentares, representantes comunitárias e organizações da sociedade civil em um dos maiores fóruns do gênero na América Latina. O encontro resultou no lançamento da Carta das Mulheres da Energia para a COP30, um documento histórico que consolida compromissos para que a transição energética seja justa, inclusiva e participativa, garantindo que ninguém fique para trás diante dos desafios climáticos globais.
O texto reconhece a COP30, que acontecerá em Belém do Pará, como um marco decisivo para o cumprimento do Acordo de Paris e aponta a urgência de unir forças para assegurar uma transição que una ciência, justiça social e coragem política. A colaboradora do Instituto Internacional ARAYARA Hirdan Costa, que também integra o departamento de Transição Energética da instituição, esteve presente e assinou a referida carta-compromisso.
Compromissos assumidos na Carta:
1-Institucionalizar a voz das mulheres e a diversidade de gênero e raça na COP30, garantindo esta presença nos espaços de decisão, delegações e grupos de trabalho.
2-Criar mecanismos permanentes para que redes femininas participem da formulação e monitoramento das políticas energéticas e climáticas, com foco na descarbonização e na democratização do acesso à energia.
3-Participar ativamente da construção de políticas climáticas e energéticas, adotando metodologias de coleta e monitoramento de dados, com metas transparentes e relatórios públicos sobre a inserção e permanência de mulheres em posições técnicas e de liderança.
4-Atuar junto a associações setoriais, fornecedores de tecnologia, instituições de pesquisa e governos para ampliar as oportunidades e o reconhecimento das mulheres no setor eletroenergético.
5-Combater a pobreza energética com enfoque em justiça de gênero e de raça, levando energia limpa e acessível a territórios periféricos, comunidades tradicionais, áreas rurais e populações vulneráveis.
6-Inspirar, motivar e capacitar meninas e mulheres para a nova economia verde, criando programas nacionais e internacionais de qualificação técnica, inclusão produtiva e promoção da liderança feminina.
7-Trabalhar pela modernização do setor elétrico brasileiro, priorizando alternativas mais limpas, eficientes e acessíveis, a descarbonização da matriz, tecnologias descentralizadas, digitalização das redes, democratização do acesso e maior participação social nas decisões energéticas.
A carta foi assinada por redes, organizações, lideranças femininas e autoridades comprometidas com a equidade de gênero, de raça e a governança climática, enviando ao mundo uma mensagem clara: o Brasil está pronto para liderar uma transição energética baseada em ciência, justiça social e diversidade.
De acordo com Hirdan Costa, a Carta das Mulheres da Energia é um chamado à ação para que a transição energética seja feita com equidade de gênero, garantindo a justiça social e ambiental. “É fundamental que nós, mulheres, estejamos no centro desse processo, para que a tão necessária transição justa não deixe ninguém para trás.” – comenta a colaboradora da Arayara e Phd em Energia, Hirdan Costa.

Na foto, Hirdan Costa (d) e sua primeira aluna de doutorado (e).