+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org
COP26: Dezenas de países dizem não à produção de carvão

COP26: Dezenas de países dizem não à produção de carvão

Com omissão do governo Bolsonaro, que não assinou compromisso nesse sentido, Brasil depende de consórcios de governadores para buscar fontes limpas e transitar de forma justa para energias não poluentes

Carlos Tautz

O complexo processo de adesão de 77 países ao compromisso de zerar a produção de energia produzida à base da queima do carvão mostra o altíssimo grau das dificuldades para implementar uma agenda de emergência global que diminua já no curto prazo a emissão de gases causadores do efeito estufa.

“O fim do carvão está próximo”, previu Alok Sharma, que preside a COP6. A iniciativa dos países anti-carvão reúne, entre outras nações, Inglaterra, Alemanha e França, que têm os maiores pesos econômico e político na Europa, e que lideram o continente na inflexão geopolítica denominada transição energética.

Porém, impressiona menos as dezenas de signatários do acordo (anunciado nesta quinta, 4/11) e mais, a pequena relação dos países que se omitiram dessa importante e urgente agenda definida ontem na 26a Conferência das Partes da Convenção do Clima, a COP26, que se realiza em Glasgow, capital da Escócia.

Rejeitaram a Declaração Global de Transição para Energia Limpa os dois maiores emissores mundiais – a China e os EUA. Juntos, os dois gigantes econômicos respondem por metade das emissões globais e, ao lado da Europa, fazem vultosos investimentos econômicos, diplomáticos, tecnológicos e geopolíticos naquilo que se convencionou chamar de transição energética.

O objetivo é se posicionarem estrategicamente em um mundo em que a queima de combustíveis fósseis precisa ter um peso muito menor – se é que a humanidade de fato quer diminuir sensivelmente o nível das emissões de gases estufa.

O Brasil, sob a Presidência de Jair Bolsonaro, também fugiu da Declaração. O próprio ocupante do Palácio do Planalto reafirmou o seu negacionismo e voltou à Brasília após tomar parte (e ser isolado politicamente) na reunião do G20, em Roma.

Bolsonaro não apenas não foi à Glasgow. Ele também tratou de só enviar à COP26 uma representação brasileira sem peso político nem autonomia para negociar qualquer coisa de relevante. Justamente pelo negacionismo que lhe diminui a capacidade de definir-se estrategicamente, o governo atual perdeu mais uma oportunidade e optou por se apequenar ainda mais em uma área em que os presidentes anteriores se destacaram.

O Brasil sempre tirou proveito, em termos de imagem, do fato de o País ter proporcionalmente menor responsabilidade histórica nas emissões e de ser reconhecida internacionalmente a centralidade muito ativa que o Itamaraty demonstrou nas negociações da Convenção do Clima, aprovada em 2015 em Paris.

Mas, os tempos são outros no Brasil, e esse passado de competência da diplomacia brasileira já está quase sepultado no lixo da história. Por exemplo, na esdrúxula lei que autoriza a privatização da Eletrobras há dispositivos que estimulam justamente a produção de energia elétrica a partir do carvão e do gás natural, em absoluta contradição com o caminho adotado por China, EUA e Europa, que já se posicionaram para saltar para a frente nessa onda da transição energética.

Permanece, portanto, uma dúvida grande sobre a eficácia do compromisso anunciado ontem. Ele visa a acabar com os investimentos em carvão e eliminar seu uso até 2030 nas principais economias e, até 2040, nos demais países, além de  investir em uma transição justa para fontes de energia limpa.

Governadores tentam ocupar o vácuo climático

Nesse vácuo deixado pela omissão e miopia do governo brasileiro, outros atores tentaram se qualificar e crescer politicamente, incentivando o desenvolvimento de uma economia menos baseada em combustíveis fósseis.

Assim, o grupo de Governadores pelo Clima – que formalmente reúne 22 dos 27 chefes de executivos estaduais brasileiros – lançou, também na Escócia, o chamado Consórcio Brasil Verde. O Governadores pelo Clima, criado em 2019, tentará negociar coletivamente ações de enfrentamento às mudanças climáticas.

Entre essas ações está, como garantiu ontem o governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite, a superação dos malefícios causados pela cadeia produtiva do carvão no Estado e, em especial, o sepultamento definitivo do projeto Mina Guaíba.

Localizado na região metropolitana de Porto Alegre, o projeto só não foi adiante porque o Instituto Arayara protocolou em 2019 uma Ação Civil Pública que, na prática, até hoje mantém a Mina Guaíba em suspenso na estrutura ambiental do governo do RS.

Em debate em Glasgow, organizado pelo Instituto Internacional Arayara e outras organizações da sociedade civil brasileira, Leite comprometeu-se a encontrar soluções energéticas limpas que, ao mesmo tempo, garantam a capacidade de geração de renda das populações que hoje dependem economicamente da cadeia produtiva do carvão e sejam limpas, do ponto de vista das emissões de gases poluentes.

Se bem conduzidas, essas articulações subnacionais, que visam a suprir a omissão da União em casos estruturantes, podem ser uma resposta muito produtiva no enfrentamento de questões de amplitude nacional.

Esse é o caso do Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região para atuarem em várias áreas de políticas públicas comum. Diante da tragédia da pandemia no Brasil, e da forma criminosa como o governo Bolsonaro tratou o tema, o Consórcio assumiu várias das responsabilidades que seriam do governo federal.

Resultado: são nordestinos os três estados que apresentam os melhores índices de enfrentamento da pandemia de COVID19.

BrazilClimateHub #brazilclimateactionhub #COPCOLLAB26 #COP26= #Arayara #ObsdoCarvão #EmDefesadaVida #TransiçãoJustTransition #ToxicEngie #EngieToxicLegacy #coalwatch

Español/English – COP26: Arayara acude a los tribunales para garantizar la recuperación social y medioambiental del desastre de la presa Jorge Lacerda en Santa Catarina

Español/English – COP26: Arayara acude a los tribunales para garantizar la recuperación social y medioambiental del desastre de la presa Jorge Lacerda en Santa Catarina

Se necesitan 5.000 millones de reales para formar a los trabajadores, recuperar el medio ambiente destruido y preparar a la región para aprovechar la economía verde no contaminante; el Gobernador de Rio Grande do Sul participó hoy en un debate en la COP26 y se comprometió a superar el proyecto de la Mina Guaíba, que amenaza el agua potable de 5 millones de habitantes de la región metropolitana de Porto Alegre

El Instituto Internacional Arayara acude a los tribunales para exigir a Engie, Fram Capital y Diamante Brasil que asuman el pasivo y capaciten a 20 mil trabajadores de la cadena de producción de carbón, que involucra al Complejo Termoeléctrico Jorge Lacerda, instalado en Santa Catarina (SC), y a las minas de carbón que abastecen a las plantas. Las Acciones Civiles Públicas (ACP) presentadas hasta ahora por el Ministerio Público Federal (MPF) con fines similares alcanzan los R$ 1,5 mil millones.

Según el Instituto Arayara -que desde marzo realiza estudios con muestras de suelo y aire, y recoge testimonios de expertos y de personas afectadas por las actividades de las centrales y las minas (una población total de casi un millón de personas)-, los costes globales de la recuperación social, económica y ambiental del llamado “territorio Jorge Lacerda”, que se extiende en un área 12 veces mayor que la región metropolitana de París, podrían alcanzar más de 5.000 millones de reales.

La información fue dada esta mañana (4 de noviembre) por Nicole Figueiredo de Oliveira, abogada y directora del Instituto Arayara y del Observatorio del Carbón Mineral, durante el debate “El carbón y los desafíos de la transición justa en el sur de Brasil”. El acto se celebró durante la COP26, la conferencia de la ONU celebrada en Glasgow (Escocia) para debatir sobre el cambio climático en el planeta y la Convención sobre el Clima, firmada por cientos de países, entre ellos Brasil.

A mediados de 2021, Engie vendió las plantas por casi 320 millones de reales a las empresas Fram Capital y Diamante Energia, que no tienen experiencia en el área de generación de termoelectricidad con carbón. 
Según el director del Instituto Arayara, la venta de Jorge Lacerda no exime a los antiguos y nuevos propietarios de las plantas de los pasivos generados durante décadas de funcionamiento de la cadena de producción de carbón en el estado de Santa Catarina.
La información completa sobre el caso Jorge Lacerda y las alternativas que el Instituto Arayara viene proponiendo para formar a los trabajadores y superar la dependencia económica del carbón se encuentran en el informe técnico “El legado tóxico de Engie-Diamante-Fram Capital en Brasil: Mapa de la contaminación y destrucción generada por el Complejo Termoeléctrico Jorge Lacerda y las minas de carbón que lo abastecen”.
El documento puede descargarse en www.coalwatch.org.
Durante el debate se proyectó un minidocumental, producido por el Instituto Arayara, que resume el informe, y que puede verse aquí.
Al finalizar el acto, el presidente del Instituto Internacional Arayara, Juliano Bueno, envió a través de Instagram el siguiente mensaje sobre la repercusión del informe.
El debate también contó con la presencia del gobernador de Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que se comprometió a avanzar en los debates sobre la transición justa de la economía del carbón hacia lo que denominó “hidrógeno verde”.

La participación de Eduardo Leite puede seguirse aquí. 
Leite se comprometió a revisar el caso de la Mina Guaíba, proyecto de la mayor mina de carbón a cielo abierto de América Latina, que se desarrollaría en la región metropolitana de la capital gaucha Porto Alegre (RS), amenazando el suministro de agua potable de la capital gaucha, pero que fue suspendido por la ACP presentada en 2020 por el Instituto Arayara.
Otros participantes en el acto celebrado esta mañana fueron el físico Roberto Kishinami (director del Instituto Clima y Sociedad y uno de los principales expertos en energía de Brasil); el ingeniero Ricardo Baitelo (del Instituto de Energía y Medio Ambiente, que criticó la opción del Gobierno brasileño de aumentar la generación de energía con centrales termoeléctricas de carbón y gas natural en los próximos años) y Emílio La Róvere, profesor de la Universidad Federal de Río de Janeiro, que afirmó que es posible utilizar las subvenciones concedidas a Jorge Lacerda para financiar la generación de energía no contaminante, formar a los trabajadores de la termoeléctrica y recuperar las zonas destruidas en SC por la cadena de producción de carbón).

Contacto en Glasgow
Nicole Figueiredo Oliveira (nicole@arayara.org)
Oficina de prensa en Brasil
Carlos Tautz (Móvil y WhatsApp 21-99658-8835 y correo electrónico carlos.tautz@arayara.org)

BrazilClimateHub #brazilclimateactionhub #COPCOLLAB26 #COP26= #Arayara #ObsdoCarvão #EmDefesadaVida #TransiçãoJustTransition #ToxicEngie #EngieToxicLegacy #coalwatch

COP26: Arayara goes to court to ensure social and environmental recovery from Jorge Lacerda dam disaster in Santa Catarina

R$ 5 billion are needed to train workers, recover the destroyed environment and prepare the region to take advantage of the non-polluting green economy; the governor of RS participated in a debate today at COP26 and pledged to overcome the Guaíba Mine project, which threatens the drinking water of 5 million inhabitants of the metropolitan region of Porto Alegre

The Arayara International Institute is going to court to demand Engie, Fram Capital and Diamante Brasil to assume the liabilities and train 20 thousand workers of the coal production chain, which involves the Jorge Lacerda Thermoelectric Complex, installed in Santa Catarina (SC), and the coal mines that supply the plants. The Public Civil Actions (PCA) filed to date by the Federal Public Ministry (MPF) for similar purposes reach R$ 1.5 billion.
According to the Arayara Institute – which since March has been conducting studies with soil and air samples and collecting testimonials from experts and people affected by the activities of the plants and mines (a total population of almost 1 million people) – the overall costs of the social, economic and environmental recovery of the so-called “Jorge Lacerda territory”, which extends over an area 12 times larger than the Paris metropolitan region, may reach more than R$ 5 billion.
The information was given this morning (November 4th) by lawyer Nicole Figueiredo de Oliveira, director of the Arayara Institute and the Mineral Coal Observatory, during the debate “Coal and the Challenges of Fair Transition in Southern Brazil”. The event was held during the COP26, the UN conference that takes place in Glasgow, Scotland, to debate the planet’s climate changes and the Climate Convention, signed by hundreds of countries, including Brazil.
In mid 2021, Engie sold the plants for almost R$ 320 million to Fram Capital and Diamante Energia, which have no experience in coal-fired thermoelectricity generation. 
According to the director of the Arayara Institute, the sale of Jorge Lacerda does not exempt the old and new owners of the plants from the liabilities generated over the decades of operation of the coal production chain in the state of Santa Catarina.
The complete information about the Jorge Lacerda case and the alternatives that the Arayara Institute has been proposing to train workers and overcome the economic dependence on coal are in the technical report “The Toxic Legacy of Engie-Diamante-Fram Capital in Brazil: Map of the Contamination and Destruction Generated by the Jorge Lacerda Thermoelectric Complex and the Coal Mines that Supply it”.
The document can be downloaded at www.coalwatch.org.
During the debate, a mini-documentary, produced by the Arayara Institute, which summarizes the report, was shown and can be watched here.
At the end of the event, the president of the Arayara International Institute, Juliano Bueno, sent through Instagram the following message about the repercussion of the report.
Also participating in the debate was the governor of Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), who made a commitment to advance discussions on the just transition from the coal economy towards what he called “green hydrogen.”
Eduardo Leite’s participation can be followed here. 
Leite pledged to review the case of the Guaíba Mine, project of the largest open-pit coal mine in Latin America, which would be developed in the metropolitan region of the gaucho capital Porto Alegre (RS), threatening the drinking water supply of the gaucho capital, but which was suspended by the ACP filed in 2020 by the Arayara Institute.
Other participants in the event held this morning were physicist Roberto Kishinami (director of the Climate and Society Institute and one of the greatest energy specialists in Brazil); engineer Ricardo Baitelo (from the Energy and Environment Institute, who criticized the Brazilian government’s option to increase energy generation from coal and natural gas-fired thermoelectric plants in the coming years) and Emílio La Róvere, professor at the Federal University of Rio de Janeiro, who stated that it is possible to use the subsidies granted to Jorge Lacerda to finance the generation of non-polluting energy, train the thermoelectric workers and recover the areas destroyed in SC by the coal production chain).
Contact in Glasgow
Nicole Figueiredo Oliveira (nicole@arayara.org)
Press office in Brazil
Carlos Tautz (Cell phone and WhatsApp 21-99658-8835 and e-mail carlos.tautz@arayara.org)

BrazilClimateHub #brazilclimateactionhub #COPCOLLAB26 #COP26= #Arayara #ObsdoCarvão #EmDefesadaVida #TransiçãoJustTransition #ToxicEngie #EngieToxicLegacy #coalwatch

Translated with www.DeepL.com/Translator (free version)

COP26: Arayara vai à justiça para garantir recuperação social e ambiental do desastre causado pelas usinas Jorge Lacerda em Santa Catarina

COP26: Arayara vai à justiça para garantir recuperação social e ambiental do desastre causado pelas usinas Jorge Lacerda em Santa Catarina

São necessários R$ 5 bilhões para treinar trabalhadores , recuperar o ambiente destruído e preparar a região para aproveitar a economia não poluente da economia verde; governador do RS participou de debate hoje na COP26 e se comprometeu a superar projeto da Mina Guaíba, que ameaça a água potável de 5 milhões de habitantes da região metropolitana de Porto Alegre

O Instituto Internacional Arayara vai à justiça para exigir que as empresas Engie, Fram Capital e Diamante Brasil assumam os passivos e treinem 20 mil trabalhadores para a transição energética da cadeia produtiva do carvão, que envolve o Complexo Termoelétrico de Jorge Lacerda, instalado em Santa Catarina (SC), e as minas de carvão que abastecem as usinas. As Ações Civis Públicas (ACP) instauradas até hoje pelo Ministério Público Federal (MPF) com finalidades semelhantes chegam a R$ 1,5 bilhão.

Segundo o Instituto Arayara  – que desde março vem realizando estudos com amostras do solo, do ar e coletando depoimentos de especialistas e de pessoas atingidas pelas atividades das usinas e das minas (uma população total de quase 1 milhão de pessoas) -, os custos globais da recuperação social, econômica e ambiental do assim denominada “território Jorge Lacerda”, que se estende por uma área 12 vezes maior do que a região metropolitana de Paris, podem atingir mais R$ 5 bilhões.

As informações foram dadas hoje (4 de novembro), de manhã, pela advogada Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora do Instituto Arayara e do Observatório do Carvão Mineral, no  debate “O carvão e os desafios da Transição Justa no Sul do Brasil”. O evento foi realizado  durante da COP26, a conferência da ONU que ocorre em Glasgow, na Escócia, para debater  as mudanças climáticas do planeta e a Convenção do Clima, assinada por centenas de países, inclusive o Brasil.

Em meados de 2021, a Engie vendeu por quase R$ 320 milhões as usinas às empresas Fram Capital e Diamante Energia, que não têm experiência na área de geração de termoeletricidade movida a carvão. 

Segundo a diretora do Instituto Arayara, a venda de Jorge Lacerda não isenta os antigos e os novos proprietários das usinas dos passivos gerados ao longo das décadas de funcionamento da cadeia produtiva do carvão no estado catarinense.

As informações completas a respeito do caso Jorge Lacerda e as alternativas que o Instituto Arayara vem propondo para treinar os trabalhadores e superar a dependência econômica do carvão mineral estão no relatório técnico “O legado tóxico da Engie-Diamante-Fram Capital no Brasil: Mapa da Contaminação e Destruição Geradas pelo Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e pelas Minas de Carvão que o Abastecem”.

O documento pode ser baixado no endereço www.coalwatch.org.

Durante o debate, foi exibido um mini-documentário, produzido pelo Instituto Arayara, que resume o relatório, e que pode ser assistido aqui.

Ao fim do evento, o presidente do Instituto Internacional Arayara, Juliano Bueno, enviou através do Instagram a seguinte mensagem sobre a repercussão da denúncia.

Também participou do debate o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que assumiu o compromisso de avançar nas discussões sobre a transição justa da economia do carvão em direção ao que ele chamou de “hidrogênio verde”.

A participação de Eduardo Leite pode ser acompanhada aqui. 

Leite se comprometeu a revisar o caso da Mina Guaíba, projeto da maior mina de carvão mineral a céu aberto na América Latina, que seria desenvolvido na região metropolitana da capital gaúcha Porto Alegre (RS), ameaçando o fornecimento de água potável da capital gaúcha, mas que foi suspenso pela ACP protocolada em 2020 pelo Instituto Arayara.

Outros participantes do evento realizado nesta manhã foram o físico Roberto Kishinami (diretor do Instituo Clima e Sociedade e um dos maiores especialistas em energia do Brasil); o engenheiro Ricardo Baitelo (do Instituto Energia e Meio Ambiente, que criticou a opção do governo brasileiro de aumentar nos próximos anos a geração de energia a partir de termelétricas movidas a carvão e a gás natural); e o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Emílio La Róvere, que afirmou ser possível usar os subsídios concedidos à Jorge Lacerda para financiar a geração de energia não poluente, treinar os trabalhadores da termelétrica e recuperar as áreas destruídas em SC pela cadeia produtiva do carvão).

Contato em Glasgow

Nicole Figueiredo Oliveira (nicole@arayara.org)

Assessoria de imprensa no Brasil

Carlos Tautz (Celular e WhatsApp 21-99658-8835 e e-mail carlos.tautz@arayara.org)

#BrazilClimateHub #brazilclimateactionhub #COPCOLLAB26 #COP26= #Arayara #ObsdoCarvão #EmDefesadaVida #TransiçãoJusta #JustTransition #ToxicEngie #EngieToxicLegacy #coalwatch

Español/English – COP26: Arayara acude a los tribunales para garantizar la recuperación social y medioambiental del desastre de la presa Jorge Lacerda en Santa Catarina

English/Español – COP26: Arayara launches this Thursday (4) report on the toxic legacy of the Jorge Lacerda thermal power plant in Santa Catarina

In a debate at the Climate Conference, the map of contamination on one million people impacted by the coal industry in the state will be released; the governor of Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, will also participate

Arayara International Institute, the Coal Observatory and the Coal Watch organization launch on Thursday (4), during the COP26 in Glasgow (Scotland), the technical report “The Toxic Legacy of Engie-Fram Capital and Diamond in Brazil: Map of the Destruction Contamination Generated by the Jorge Lacerda Thermoelectric Complex and the suppliers Coal Mines”.

The debate, which will be broadcasted in Portuguese and English over the internet, will be attended by Eduardo Leite (Governor of Rio Grande do Sul), Nicole Oliveira (director of the Arayara International Institute and the Mineral Coal Observatory), Roberto Kishinami (Institute Climate and Society, iCS), Ricardo Baitelo, (Institute of Energy and Environment, IEMA) and Lucie Pinson (Reclaim Finance (TBC).

Governor Eduardo Leite will address the problems related to the Guaíba Mine project, the largest project of open coal mine in Latin America, located in Rio Grande do Sul.

The project has only not been implemented due to the Public Civil Action filed in the federal court in October 2019 by the Arayara International Institute. It is expected that during the event the gaucho governor will announce a new state policy for coal mining.

Engie’s toxic legacy in SC

In the debate, the performance of the company Engie in Brazil, owner until recently of the Jorge Lacerda Thermoelectric Complex, will be analyzed.

Since March 2021, technicians from the Arayara International Institute have been making recurring collections of sediment, water and soil samples from the surroundings of the Jorge Lacerda Thermoelectric Power Station and the mines that supply it.

The results of the analysis of these materials confirm that residential and agricultural areas are contaminated, exposing a population of more than one million people to severe health risks. It is estimated that the costs for environmental recovery and repair of the damage caused to the population’s health far exceed the R$1.5 billion that have already been contemplated in Public Civil Suits in progress or under execution.

Day: 11/04/2021

Local Time: 7am-8am Brazil time. 10am-11pm Glasgow time

The debate will be broadcasted in Portuguese and English on the Brazil Climate Hub website (https://www.brazilclimatehub.org/events/obsolescencia-do-carvao-descomissionando-um-legado-toxico-rumo-a-transicao-justa) and the chat will be open for questions.

Venue for the debate in Glasgow: Brazil Climate Action Hub – COP26, Blue Zone, Hall 4, entrance 4B – Pavilion 47

Organizers:

Arayara.org

Observatory of Mineral Coal

Climate and Society Institute

ClimaInfo

More information: 

At COP26: Nicole Figueiredo de Oliveira (nicole@arayara.org)

In Brazil: Carlos Tautz, Press Officer (carlos.tautz@arayara.org and 0055- 21-99658-8835)

COP26: Arayara launches this Thursday (4) report on the toxic legacy of the Jorge Lacerda thermal power plant in Santa Catarina

In a debate at the Climate Conference, the map of contamination on one million people impacted by the coal industry in the state will be released; the governor of Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, will also participate

Arayara International Institute, the Coal Observatory and the Coal Watch organization launch on Thursday (4), during the COP26 in Glasgow (Scotland), the technical report “The Toxic Legacy of Engie-Fram Capital and Diamond in Brazil: Map of the Destruction Contamination Generated by the Jorge Lacerda Thermoelectric Complex and the suppliers Coal Mines”.

The debate, which will be broadcasted in Portuguese and English over the internet, will be attended by Eduardo Leite (Governor of Rio Grande do Sul), Nicole Oliveira (director of the Arayara International Institute and the Mineral Coal Observatory), Roberto Kishinami (Institute Climate and Society, iCS), Ricardo Baitelo, (Institute of Energy and Environment, IEMA) and Lucie Pinson (Reclaim Finance (TBC).

Governor Eduardo Leite will address the problems related to the Guaíba Mine project, the largest project of open coal mine in Latin America, located in Rio Grande do Sul.

The project has only not been implemented due to the Public Civil Action filed in the federal court in October 2019 by the Arayara International Institute. It is expected that during the event the gaucho governor will announce a new state policy for coal mining.

Engie’s toxic legacy in SC

In the debate, the performance of the company Engie in Brazil, owner until recently of the Jorge Lacerda Thermoelectric Complex, will be analyzed.

Since March 2021, technicians from the Arayara International Institute have been making recurring collections of sediment, water and soil samples from the surroundings of the Jorge Lacerda Thermoelectric Power Station and the mines that supply it.

The results of the analysis of these materials confirm that residential and agricultural areas are contaminated, exposing a population of more than one million people to severe health risks. It is estimated that the costs for environmental recovery and repair of the damage caused to the population’s health far exceed the R$1.5 billion that have already been contemplated in Public Civil Suits in progress or under execution.

Day: 11/04/2021

Local Time: 7am-8am Brazil time. 10am-11pm Glasgow time

The debate will be broadcasted in Portuguese and English on the Brazil Climate Hub website (https://www.brazilclimatehub.org/events/obsolescencia-do-carvao-descomissionando-um-legado-toxico-rumo-a-transicao-justa) and the chat will be open for questions.

Venue for the debate in Glasgow: Brazil Climate Action Hub – COP26, Blue Zone, Hall 4, entrance 4B – Pavilion 47

Organizers:

Arayara.org

Observatory of Mineral Coal

Climate and Society Institute

ClimaInfo

More information: 

At COP26: Nicole Figueiredo de Oliveira (nicole@arayara.org)

In Brazil: Carlos Tautz, Press Officer (carlos.tautz@arayara.org and 0055- 21-99658-8835)

COP26: Arayara lanza este jueves (4) un informe sobre el legado tóxico de la Central Termoeléctrica Jorge Lacerda en El Estado de  Santa Catarina

En un debate en la Conferencia sobre el Clima, se dará a conocer el mapa de la contaminación sobre un millón de personas afectadas por la industria del carbón en el Estado; el Gobernador de Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, también participará en el debate

El Instituto Internacional Arayara, el Observatorio del Carbón y la organización Coal Watch lanzan este jueves (4), durante la COP26 en Glasgow (Escocia), el informe técnico “El legado tóxico de Engie-Fram Capital y Diamante en Brasil: Mapa de la contaminación destructiva generada por el Complejo Termoeléctrico Jorge Lacerda y las minas de carbón que lo abastecen”. 

El debate, que se transmitirá en portugués e inglés por Internet, contará con la participación de Eduardo Leite (Gobernador de Rio Grande do Sul), Nicole Oliveira (Directora del Instituto Arayara y del Observatorio del Carbón Mineral), Roberto Kishinami (Instituto Clima y Sociedad, iCS), Ricardo Baitelo, (Instituto de Energía y Medio Ambiente, IEMA) y Lucie Pinson (Reclaim Finance (TBC).

El gobernador Eduardo Leite abordará los problemas relacionados con el proyecto de la Mina Guaíba, la mayor mina de carbón a cielo abierto de América Latina, situada en RS. El proyecto sólo no se ha ejecutado debido a la Acción Civil Pública presentada en el tribunal federal en octubre de 2019 por el Instituto Internacional Arayara. Se espera que durante el evento el gobernador gaucho anuncie una nueva política estatal gaucha para el carbón.

El legado tóxico de Engie en el Estado de Santa Catarina

En el debate se analizará la actuación de la empresa Engie en Brasil, propietaria hasta hace poco del Complejo Termoeléctrico Jorge Lacerda.

Desde marzo de 2021, los técnicos del Instituto Internacional Arayara vienen realizando recogidas recurrentes de muestras de sedimentos, agua y suelo en el entorno del Complejo Termoeléctrico Jorge Lacerda y las minas que lo abastecen.

Los resultados del análisis de estos materiales confirman que las zonas residenciales y agrícolas están contaminadas, exponiendo a una población de más de un millón de personas a graves riesgos sanitarios.

Se estima que los costos de recuperación ambiental y de reparación de los daños causados a la salud de la población superan con creces los 1.500 millones de reales que ya han sido contemplados en las Demandas Civiles Públicas en curso o en ejecución.

Día: 04/11/2021

Hora de Glasgow: de 10:00 a 23:00 horas y 7 – 10 horas (hora de Brasil)

El debate se retransmitirá en portugués e inglés en la página web de Brazil Climate Hub (https://www.brazilclimatehub.org/events/obsolescencia-do-carvao-descomissionando-um-legado-toxico-rumo-a-transicao-justa) y el chat estará abierto a preguntas.

Lugar del debate en Glasgow: Brazil Climate Action Hub – COP26, Zona Azul, Pabellón 4, entrada 4B – Pabellón 47

Organizadores:

Arayara.org

Observatorio del carbón mineral

Instituto Clima y Sociedad

ClimaInfo

Más información:

En la COP26: Nicole Figueiredo de Oliveira (nicole@arayara.org)

En Brasil: Oficina de Prensa de Carlos Tautz (carlos.tautz@arayara.org y 21-99658-8835)

Español/English – COP26: Arayara acude a los tribunales para garantizar la recuperación social y medioambiental del desastre de la presa Jorge Lacerda en Santa Catarina

COP26: Arayara lança nesta quinta (4) relatório sobre legado tóxico da usina termelétrica Jorge Lacerda em Santa Catarina

Será divulgado o mapa da contaminação sobre cerca de um milhão de pessoas que são impactadas pela indústria do carvão no Estado; o governador do RS, Eduardo Leite, participará do debate de lançamento

O Instituto Internacional Arayara, o Observatório do Carvão, o Instituto Clima e Sociedade – iCS e a organização Coal Watch lançam nesta quinta-feira (4), durante a COP26 em Glasgow (Escócia), o relatório técnico “O legado tóxico da Engie-Diamante-Fram Capital no Brasil: Mapa da Contaminação e Destruição Geradas pelo Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e pelas Minas de Carvão que o Abastecem”.

O debate, que será transmitido em português e inglês pela internet,  terá as presenças de Eduardo Leite (Governador do RS), Nicole Oliveira (diretora do Instituto Arayara e do Observatório do Carvão Mineral),  Roberto Kishinami (Instituto Clima e Sociedade, iCS), Ricardo Baitelo, (Instituto de Energia e Meio Ambiente, IEMA) e Lucie Pinson (Reclaim Finance, TBC).

O governador Eduardo Leite abordará os problemas relacionados ao projeto da Mina Guaíba, a maior mina de carvão a céu aberto da América Latina, localizada no RS. O projeto só não foi implementado devido à Ação Civil Pública protocolada na justiça federal em outubro de 2019 pelo Instituto Internacional Arayara. Espera-se que durante o evento o governador gaúcho anuncie uma nova política estadual gaúcha para o carvão mineral.

O legado tóxico da Engie em SC

No debate, será analisada a atuação da empresa Engie no Brasil, proprietária até há pouco do Complexo Termelétrico de Jorge Lacerda. Desde março de 2021, técnicos do Instituto Internacional Arayara vêm realizando coletas recorrentes de sedimentos, de água e de amostras do solo no entorno da Termelétrica Jorge Lacerda e das minas que a abastecem.

Os resultados da análise destes materiais confirmam que estão contaminadas áreas residenciais e agrícolas, expondo uma população de mais de um milhão de pessoas a severos riscos à saúde. Estima-se que os custos para a recuperação ambiental e reparação dos danos causados à saúde da população ultrapassem em muito os R$1,5 bilhão que já foram contemplados em Ações Civis Públicas em andamento ou em execução.

Dia: 04/11/2021

Horário: 7:00 as 8:00 horário de Brasília 

O debate será transmitido em português e inglês na página do Brazil Climate Hub

https://auditoriobrazilclimatehub.nerdetcetera.com/

e o chat estará aberto para perguntas.

Local do debate em Glasgow: Brazil Climate Action Hub – COP26, Blue Zone, Hall 4, entrada 4B – Pavilhão 47

Organizadores:

Arayara.org

Observatório do Carvão Mineral

Instituto Clima e Sociedade

ClimaInfo

Mais informações:

Na COP26: Nicole Figueiredo de Oliveira (nicole@arayara.org)

No Brasil: Assessoria de imprensa Carlos Tautz (carlos.tautz@arayara.org e 21-99658-8835)