Em entrevista à TV Alerje, a diretora executiva da ARAYARA, Nicole Figueiredo de Oliveira, e a pesquisadora Heloísa Simão compartilharam um pouco da trajetória da instituição, que atua em diversas frentes. Elas também destacaram o lançamento oficial do Programa Defensores dos Defensores, realizado em abril deste ano.
Em 2023, pelo menos 25 ambientalistas foram mortos no país, consolidando o território brasileiro como o segundo mais perigoso para defensores da terra e do meio ambiente, atrás apenas da Colômbia. Nos últimos três anos foram registrados 1.700 (mil e setecentos) casos de ameaças, perseguições e despejos, com ativistas sofrendo ações judiciais abusivas, cujo objetivo foi silenciar os defensores e interromper a luta pela causa ambiental.
Diante desses desafios, o Instituto Internacional ARAYARA criou Programa Defensores dos Defensores com o objetivo de garantir a segurança física, jurídica e humanitária de ambientalistas e líderes comunitários que enfrentam situações de vulnerabilidade e riscos em sua atuação. O programa oferece suporte legal com acesso a advogados, treinamento de defesa e estratégias de segurança, assistência emergencial, também com recursos financeiros, para vítimas e familiares.
Para fortalecer o impacto da iniciativa, a ARAYARA também está estabelecendo parcerias com organizações nacionais e internacionais. O Programa abrange também treinamentos e capacitação, desenvolvimento de pesquisas, ações de advocay, efetivação de parcerias e realização de campanhas.
Confira entrevista
Sobre o Instituto Internacional ARAYARA
O Instituto Internacional ARAYARA é uma organização brasileira com 33 anos de atuação nas áreas de energia, clima e campanhas antifóssil em nível global. A instituição já evitou a emissão de mais de 3 bilhões de toneladas de CO2, salvou aproximadamente 675.000 vidas e prevenir danos econômicos estimados em 1,2 trilhão de dólares.
Reconhecida por seu protagonismo em litigância climática, em julho deste ano, moveu uma ação civil pública inédita no Brasil contra o Governo do Rio Grande do Sul, exigindo uma transição energética justa. Já desenvolveu estudos críticos para o 4º Ciclo de Oferta Permanente, que resultou na suspensão da assinatura de blocos de exploração de petróleo na Amazônia em 2023. Iniciativas como as campanhas No Fracking Brasil, Observatório do Petróleo e Gás, Amazônia Livre de Petróleo e Monitor Oceano também fazem parte dos esforços da ARAYARA.