Na Semana da Energia, realizada em Santiago, a ARAYARA marcou presença com uma intervenção direta no debate público sobre o futuro do carvão na América Latina. Durante a coletiva de imprensa de abertura, o gerente de Transição Energética da organização, John Wurdig, questionou o ministro de Energia do Chile, Diego Pardow, sobre os desafios do fechamento das usinas a carvão e o papel dos governos na transição energética justa.
A pergunta evidenciou um contraste importante: enquanto vários países da região assinaram um acordo comprometendo-se a não instalar novas termelétricas a carvão, o Brasil ficou de fora do compromisso.
“Não é coerente que um país que se diz líder climático ainda mantenha o carvão como parte da sua matriz. O Brasil precisa estar à altura de sua responsabilidade regional e global”, afirmou John Wurdig.
Durante o evento, a ARAYARA também se reuniu com Sara Larraín, diretora da organização Chile Sustentable, para debater os impactos do carvão na saúde e no meio ambiente. Segundo estudos apresentados, cidades próximas a termelétricas registram até 300% mais doenças respiratórias do que a média nacional — um alerta que se aplica igualmente ao cenário brasileiro.
As trocas reforçaram a necessidade de um plano regional de descarbonização que envolva governos, sociedade civil e comunidades afetadas. A presença da ARAYARA no evento destacou o compromisso da organização em cobrar coerência climática e políticas públicas baseadas em justiça social e ambiental.
Na ocasião, a equipe da Arayara reuniu-se com o Ministro da Energia do Chile, Diego Gonzalo Pardow Lorenzo.