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ORGANIZAÇÕES PROTESTAM CONTRA LICITAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA COSTA BRASILEIRA

ORGANIZAÇÕES PROTESTAM CONTRA LICITAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA COSTA BRASILEIRA

Artivismo com cartazes e peças plásticas acontece nesta quinta (23), às 13 horas, em frente à sede da Petrobras e em apoio à greve global pelo clima na sexta (24)

(Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2021) Um grupo de organizações da sociedade civil brasileira faz nesta quinta (23), às 13 horas, uma manifestação de artivismo em frente ao edifício sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.  

Os organizadores da manifestação no Rio de Janeiro são o Instituto Internacional ARAYARA, o Observatório do Petróleo e Gás (OPG), o Fridays For Future Brasil, Families For Future Brasil e o Extinction Rebellion Brasil. 

Expondo cartazes e outras artes plásticas, em que denuncia os riscos envolvidos na exploração dos combustíveis fósseis na costa brasileira, a manifestação demandará a suspensão da 17a Rodada de Licitações de Petróleo e Gás Natural.

Também vai chamar a atenção do público em geral e dos acionistas das empresas para os riscos ambientais que a exploração de petróleo na costa brasileira vai trazer para as populações locais e o meio ambiente, além das indústrias de pesca e de turismo. 

Durante a manifestação desta quinta, será protocolada carta dos organizadores às empresas participantes da licitação.

A Rodada, planejada para acontecer em 7 de outubro, está sendo organizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), autarquia pertencente ao Ministério de Minas e Energia.

O evento acontece nas cidades em que têm sedes as corporações que já se qualificaram a participar das licitações e integra a série de eventos em apoio à greve global do clima, que acontece nesta sexta (24). A queima de combustíveis fósseis e a consequente emissão de gases causadores do Efeito Estufa são algumas causas das mudanças no clima do planeta.

Inscreveram-se na ANP para participar da 17a Rodada empresas sediadas na Alemanha, Austrália, Brasil, Estados Unidos, Holanda e França. Até a tarde do dia 22 de setembro, a ANP havia qualificado a participar das licitações as empresas 3R Petroleum, Chevron,  Karoon, Ecopetrol, Murphy, Petrobras,  Shell, Total e Wintershall Dea.

A 17a Rodada ofertará 92 blocos nas bacias sedimentares de Campos, Pelotas, Potiguar e Santos que têm área de 53,9 mil km², onde vivem cerca de 130 espécies marinhas ameaçadas de extinção. Entre elas está a Baleia Azul, o maior animal já surgido na história da Terra.

Apesar dos riscos ambientais, a ANP baseou-se em manifestação dos Ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia que, contrariando seus próprios técnicos, determinaram a não realização de Avaliações Ambientais de Áreas Sedimentares (AAA), como determina a legislação nacional.

Assessoria de imprensa: Carlos Tautz (21-99658-8835)

O quê?

Artivismo contra licitações de petróleo e gás natural na costa brasileira e em defesa do clima do planeta

Quando?

Quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Onde?

Em frente ao edifício sede da Petrobras (Av. República do Chile, 65 – Centro, Rio de Janeiro, Brasil) 

Quem organiza? 

Instituto Arayara, OPG, Families For Future, Greve pelo Clima Brasil, Extinction Rebellion Brasil

Por quê?

Expor as petroleiras que vem ao leilão, e seus acionistas e público dos países onde essas corporações têm sede (US, Holanda, Colômbia, Alemanha, França, Austrália), para que as mesmas não venham ao leilão e muito menos explorem áreas sensíveis; e

Chamar à ação global nas sedes das petroleiras.

O que se diz sobre as licitações de petróleo

“Nós, jovens, juventude e ativistas, somos silenciados desde que tentamos avisar a ANP o quão inconstitucional era a realização dos leilões. Fomos expulsos, silenciados e ignorados nas audiências públicas, onde é lugar do povo opinar acerca dos seus interesses e ainda hoje, continuamos a viver e protestar tentando barrar esse projeto ecocida que nosso governo e suas agências vem promovendo. Proteger nossa biodiversidade marinha e nossas águas, é defender o direito de permanência, resistência e existência de todos aqueles que dependem das águas: povos tradicionais, originários, pescadores, comerciantes e principalmente, os jovens e estudantes. Essa decisão afeta o meu futuro e o de milhões de outros jovens que não tem voz, pergunto a todos os tomadores de decisão e responsáveis pela questão dos leilões e a ANP, qual vai ser o preço dos nossos sonhos” 

Luiza Barenco, 17 anos, Volta Redonda-RJ, Fridays For Future Brasil

”Em uma audiência pública em Imbituba perguntei a ANP sobre qual o valor do meu sonho, ela se manteve calada pois, essa mesma audiência que foi realizada,é um feito histórico pois é a primeira vez que um jovem menor de idade participa em uma audiência sobre os leilões fósseis junto com ANP, esse feito seria possível antes, se ela a (ANP) não tivesse me expulsado de uma audiência pública no começo do ano, a Agência não está apenas leiloando blocos para exploração, ela tá leiloando a vida é o sonhos de milhões de jovens de terem um amanhã justo”

Dalcio Costa, 17 anos , Balsa Nova -PR, Fridays For Future Brasil

 “Neste sentido nossa solicitação é o da suspensão deste    leilão, até que o estado comprove sua plena capacidade de solver esses riscos, em toda costa brasileira, pois o mesmo hoje não tem estrutura fiscalizatória e mitigatória que possibilite a expansão exploratória na costa brasileira, tão pouco de fundos nacionais e seguros que garantam a recuperação plena das áreas já degradadas e impactadas duramente pela Indústria Fóssil, bem como dos Impactos que a mesma é responsável sobre as mudanças climáticas.”

Diretor do Observatório de Petróleo e Gás, Professor e Doutor Juliano Bueno de Araújo.

“Além do claro impacto à fauna brasileira, a insistência da ANP em promover a exploração de combustíveis fósseis, contribui para a escassez hídrica e alimentar, eventos climáticos extremos como enchentes e secas e aumentam as doenças tropicais, como consequência das mudanças climáticas. A responsabilidade pelo caos climático e pelo ecocídio é também da ANP.”

Instituto Arayara, Nicole Figueiredo de Oliveira.

“Behind the respectable facade of Shell is a corporation with a horrific record of colonialism and human rights offences. Despite knowing for decades about the threat fossil fuels pose to life on earth, their response to the climate crisis has consisted of greenwashing and funding climate change denial.”

Hanneke van Houten, climate activist from the coalition “Shell Must Fall”, Netherlands

” Ecopetrol es la primera empresa petrolera colombiana, y prometiendo desarrollo económico y social a los colombianos, esta ha logrado posicionarse a gran escala en el mercado nacional, lo cual le permitió incluso expandir operaciones como en México, y Brasil, sin embargo, la petrolera colombiana ha demostrado en el territorio nacional su falta de responsabilidad social y ambiental, dejando múltiples derrames, y pérdidas irreparables a los ecosistemas y a las comunidades que dependen de estos. Ahora, Ecopetrol no sólo seguirá destruyendo los ecosistemas nacionales, sino que será participe de la 17a subasta de fósiles en Brasil el 7 de octubre, en la cual será nada más y nada menos, que un actor colonizador energético que llegará a destruir las dinámicas socioambientales de los brasileros, porque al parecer no les basta con destruir las de los colombianos. Esto es un llamado a ecopetrol a cuidar la vida, de los colombianos, los brasileros, los mexicanos y todos aquellos que hoy son víctimas de sus operaciones extractivistas.”

Sofía Gutiérrez,19, Bogotá, Fridays For Future Colombia

“ El planeta y las poblaciones más vulnerables ya sufren los impactos del cambio climático generado mayormente por la combustión de combustibles fósiles. El IPCC nos recuerda que con los compromisos actuales de reducción de emisiones de GEI, no lograremos detener el aumento de la temperatura global en un límite seguro. Es momento de dejar los combustibles fósiles en el suelo”.” 

Xiomara Acevedo, activista climática internacional, Barranquilla+20, Colombia.