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Poluição do ar custa US$ 8 bilhões por dia

A poluição do ar causada pela queima de combustíveis fósseis está gerando perdas econômicas de US$ 8 bilhões por dia, segundo um relatório do Greenpeace.

O valor representa cerca de 3,3% do PIB global, ou US$ 2,9 trilhões por ano, de acordo com relatório do Greenpeace do Sudeste Asiático e do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo. China, EUA e Índia sofrem o maior impacto econômico da poluição crescente, estimados em US$ 900 bilhões, US$ 600 bilhões e US$ 150 bilhões por ano, respectivamente.

A poluição do ar continua prejudicando bilhões de pessoas diariamente, apesar dos esforços de alguns países e empresas para pressionar por um maior uso de energia renovável e combustíveis mais limpos.

A queima de carvão, petróleo e gás causa problemas de saúde, levando potencialmente a 4,5 milhões de mortes prematuras em todo o mundo a cada ano, com 40 mil crianças morrendo antes de 5 anos devido à exposição a partículas de poeira fina menores que 2,5 micrômetros, conhecidas como PM 2,5, disse o Greenpeace.

Fonte: Exame

Chuva histórica em São Paulo mostra que mudanças climáticas já são realidade

Na segunda-feira (10), a cidade de São Paulo teve a maior chuva em 24 horas para o mês de fevereiro nos últimos 37 anos. Foi a primeira vez, desde março de 2016, que os dois principais rios que cortam a cidade, Pinheiros e Tietê, transbordaram causando caos e parando a maior cidade da América Latina. O transporte público ficou comprometido e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), além do Aeroporto Campo de Marte, ficaram alagados. Estes foram somente alguns dos problemas causados pelo enorme volume de chuva.

“A falta de planejamento por parte da prefeitura e falta de visão em relação ao acompanhamento dos prognósticos climáticos [são outros problemas]. Esses eventos extremos passam a ser o cotidiano da cidade neste século 21. Desde 1933 até recentemente, segundo dados do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, nós tivemos um acréscimo médio no volume de chuva superior a 300 mm”, observa Pedro Luiz Côrtes, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, em entrevista ao Jornal da USP no Ar.

Segundo Côrtes, esse adicional funciona como um 13º mês de média de chuva na cidade de São Paulo. Desde 2000, a distribuição dessa chuva está se apresentando muito irregular, com concentrações de eventos extremos e chuvas intensas, e também de períodos mais longos de estiagem. “O que me espanta é que isso não tenha entrado no planejamento da prefeitura, independente do governo que esteja de plantão. […] O que eu vejo é que temos uma situação de urbanismo e precisamos de trabalho contínuo, porque essas realidades já estão incorporadas ao cotidiano das grandes cidades e o que falta é o governo se dar conta e se planejar para isso.”

“As mudanças climáticas já estão acontecendo e já estamos sofrendo as consequências e pagando por isso”, afirma Pedro Côrtes. Para remediar essa problemática do agora, apenas a construção de piscinões não basta: “O piscinão é uma das soluções que devem ser consideradas, mas precisamos resgatar parte da permeabilidade do solo da região metropolitana de São Paulo, principalmente incentivando, por meio de recursos como IPTU Verde, a construção de calçadas permeáveis, utilização de caixas de retenção de água da chuva, aumento da arborização em áreas verdes, fazendo o manejamento correto.”

Fonte: Jornal da USP