+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org
Mais de 100 ONGs fazem manifesto em defesa das águas e cobrando setor público

Mais de 100 ONGs fazem manifesto em defesa das águas e cobrando setor público

Instituto Internacional ARAYARA, International Rivers, FONASC, Instituto Terra Azul e outras 100 ONGs assinaram o Manifesto em Defesa das Águas  no último dia 23 de agosto, durante o XXV Encontro Nacional de Comitês de Bacia Hidrográfica (ENCOB). 

As organizações buscam por um maior papel da sociedade civil nas decisões dos Comitês de Bacia Hidrográfica, reivindicando maior inclusão e diversidade, abrangendo jovens, mulheres e minorias. O manifesto solicita também por espaço e reconhecimento no ENCOB e que o evento promova a troca de saberes e não apenas privilegie comitês maiores e mais ricos. 

 

A declaração coletiva é o início de ações para fortalecer a voz da sociedade civil nos comitês, visando transparência e implementação de políticas hídricas efetivas. A mensagem é clara: a água é um patrimônio de todos e sua proteção exige participação e ação conjunta. Leia a Carta abaixo, ou acesse o link aqui. 

 

CARTA MANIFESTO

Instituições da Sociedade Civil

 

ENCOB 2023

 

Nós, da sociedade civil organizada, aqui representados por organizações e

instituições membros dos Comitês de Bacia Hidrográfica de diversos estados brasileiros,

nos reunimos ontem, dia 23 de agosto, em plenária não oficial durante a realização do

XXV ENCOB, e, após intenso debate, vimos por meio desta carta manifesto solicitar:

  • Maior protagonismo da sociedade civil dentro das decisões dos Comitês de Bacia

Hidrográfica, considerando que, por vezes, nossas vozes são silenciadas e nossas

experiências não são consideradas nos processos decisórios;

  • Mais diversidade de representatividade da sociedade civil dentro do Fórum Nacional

de Comitês de Bacia Hidrográfica, além das universidades temos outras

representatividades que podem compartilhar suas experiências e casos de sucesso;

  • Aumento da diversidade dentro dos comitês, sendo fundamental a inclusão da

juventude, das mulheres, da população negra, dos povos tradicionais e demais minorias

dentro dos espaços decisórios dos CBHs;

  • Espaço, inclusive físico, da sociedade civil no próximo ENCOB, para que possamos

apresentar nossos projetos e ações, assim como um momento de plenária, que conste na

programação oficial do evento. Além disso, cobramos maior participação dos CBHs na

construção coletiva da programação do ENCOB;

  • Que o ENCOB volte a ser um espaço de troca de saberes e experiências entre todos

os Comitês, incluindo os saberes populares, e não apenas uma vitrine onde apenas os

Comitês maiores e com mais recurso financeiro tem espaço.

Reiteramos que a reunião realizada democraticamente, é apenas o primeiro passo

na construção de ações coletivas futuras que visam fortalecer a sociedade civil dentro dos

CBHs. Uma vez organizados, lutaremos por mais transparência nos processos internos

dos CBHs e por melhorias na execução do que propõe a Política Nacional de Recursos

Hídricos e a Constituição Federal, garantindo que a sociedade tenha sua voz ouvida em

todos os espaços.

 

Natal/RN, 24 de Agosto de 2023

 

Assinam este manifesto:

1 – ONG REDI – Rio Itabapoana (ES/RJ/MG)

2 – ECOPAERVE – Bacias Hidrográficas de Florianópolis-SC

3 – Eco Mangue – Rio Coruripe (AL)

  1. ONG Cepasa – rio Paracatu (MG)

5 – FONASC.CBH

6 – INSTITUTO OCA DO SOL

7 – FAMEJA (RJ)

8 – MITRA DIOCESANA SÃO MATEUS – ES/CBH-Itaunas

9 – ABAT- Associação de Biólogos e Agrônomos de Taquarana -Alagoas

10 – AMAIS – Associação de Meio Ambiente, Inovação e Sustentabilidade (Linhares ES Rio Doce)

11- AGUAPAM – Associação Guaçuiense de Proteção Ambiental (Guaçuí ES Rio Itabapoana)

12- Instituto Floresta Darcy Ribeiro-amadarcy

13- MOVER PARACATU

14- Conselho Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (BA)

15- Associação Ecocidade

16- Rede Brasileira de Educação Ambiental

17- Daniel Cunha – FUNAI MARANHÃO

18- Walter Correa Carvalho Jr. Associação dos Engenheiros Sanitaristas e Ambientais de Mato

GROSSO – AESA-MT

19-Instituto Guaicuy – SOS RIO DAS VELHAS

20- AQUA- associação quadrilátero das águas

21- ADAF – Associação dos doceiros e agricultores familiares de São Bartolomeu

22- Associação Projeto Bem-Estar Animal e Ambiental – Piraí-RJ

23- associação rede Buriti- Tutoia MA

24- ACIB – Associação Comunitária Itaqui Bacanga – São Luís MA

25- Associação Casa dos Saberes- São Pedro da Serra, Nova Friburgo-RJ

26 – AME- Associação Miradorense de Ecologistas – Mirador /MA

27 – Cedea – centro de estudos , defesa e educação ambiental / Paraná

28 CECNA- Centro de Estudos e Conservação da Natureza – Nova Friburgo RJ

29 – Movimento Araríba

30 – Instituto Bioacqua de Des. Sustentável

31 – Instituto Federal Fluminense no ENCOB

32 – Sociedade Civil do CBH Macaé e das Ostras (RJ)

33 – Sociedade Civil do CBHBPSI

34 – Defensores do Planeta – RJ

35 – ONG Onda Verde – Torres RS – CBH Mampituba

36 – MMIG – Movimento de Mulheres de Iguaba Grande / (RJ)

37 – AOPA – Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia. ( Brasil )

38 – SOS Praia do Pecado ( RJ )

39 – Pastoral da Ecologia Integral da Diocese de Niterói (RJ )

40 – Movimento SOS BICHO de Proteção Animal ( PR )

41 – Associação Águas do Nordeste – ANE (PE)

42- WYTI CATI – Norte do Tocantins e Sul do Maranhão – Carolina ( MA )

43- Colônia de Pescadores Z 24 Saquarema – RJ

44- COAPIMA – Coordenações das Organizações dos Povos Indígenas do Maranhão

45 MOLDE – MG

46 ADEMA – PR

47 – AFC Filhos do Cerrado Formoso do Araguaia ( TO )

48 – Trama Ecológica

49 – Rede de Mulheres Ambientalistas da América Latina- Elo Brasil – (Internacional)

50 – ONG Cervivo e Consórcio Cerrado das Águas ( GO )

51 – Mandato Deputado Goura Nataraj – (PR)

52 – Instituto Internacional ARAYARA ( Internacional )

53 – OPG – Observatório do Petróleo e Gás ( Brasil )

54 – OCM – Observatório do Carvão Mineral ( Brasil )

55 – COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil (Brasil )

56 – LITIGA – Litigância Climática e de Direitos ( Brasil )

57 – ADEMADAN – Associação de defesa do meio ambiente e desenvolvimento de Antonina – (PR)

58 – FADA Força Ação e Defesa Ambiental – (PR)

59 – Rede Fé, Paz e Clima ( Brasil )

60 – AMAR – Associação do Meio Ambiente Araucária (PR)

61 – Grupo Ecológico de Cornelio Procopio – (PR)

62 – AMAI – Associação de Meio Ambiente de Ibaiti (PR)

63 – MEL – Movimento Ecológico do Litoral – PR

64 – Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais – PR

65 – Instituto GAIA

66 – Mandato Dep. Federal Tadeu Veneri (PR)

67 – ECOOTOPIA – Associação Cooperativa de Idéias e Soluções para o EcoDesenvolvimento (PR)

68 – Crescente Fértil – RJ

69 – Associação de Moradores e Amigos de Lumiar – Ama Lumiar – Nova Friburgo /RJ

70 – APASC – Associação Para Proteção Ambiental de São Carlos (SP), membro do CBH-TJ

71 – Instituto Jaguarapira (PR)

72 – Instituto Verde Luz – CE

73 – Instituto Clima e Energia ( Brasil)

74 – Instituto Toda Vida (RS)

75 – ARAYARA Paraná ( PR)

76 – ARAYARA Santa Catarina ( SC)

77- ARAYARA Mato Grosso do Sul ( MS )

78 – ARAYARA Amapá (AP)

79 – ARAYARA Piauí ( PI)

80 – ARAYARA Maranhão ( MA)

81 – ARAYARA Rio de Janeiro ( RJ )

82 – ARAYARA Distrito Federal ( DF)

83 – ARAYARA Bahia ( BA )

84 – ARAYARA Rio Grande do Sul ( RS )

85 – Utopia Negra Movimento . (AP)

85 – Movimento verdes Campos do Cerrado ( GO )

86 – Grupo Ecológico de Proteção ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO)

87 – Instituto Polis ( SP )

88 – INESC ( Brasil )

89 – APEDEMA- (RJ)Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Estado do ( RJ )

90 – ACAMPAR-RJ ORGÂNICOS (RJ)

91 – ADEFIMPA-RJ SOCIAL

92 – International Rivers (Brasil)

93 – SOS Amazônia Azul ( Brasil )

94 – SOS Pampa ( RS )

95 – Instituto Terra Azul (Brasil)

96 – Associação São Francisco de Assis de Proteção Ambiental ( SP )

97 – Associação dos Pescadores de Jaconė – Saquarema RJ

98 – Associação dos Produtores Rurais e Moradores do Mundo Novo do Saquarema Morretes, Paraná

99 – Instituto Água – Rio Novo (ES)

100 – Instituto Saqua in Brazil – Saquarema (RJ)

101 – REAMPS REDE de EDUCADORES AMBIENTAIS da REGIÃO do MÉDIO PARAÍBA do SUL;

102 – REAECOSOL REDE de AGROECOLOGIA, de EDUCAÇÃO AMBIENTAL e de ECONOMIA SOLIDÁRIA

 

Indígenas começam hoje o Levante Pela Democracia

Indígenas começam hoje o Levante Pela Democracia

Evento em Brasília integra a maior e mais forte sequência de mobilização dos povos originários brasileiros desde a proclamação da Constituição brasileira em 1988

Começou em Brasília nesta quinta (11) e vai até a próxima segunda (15) o #LevantePelaDemocracia, outra mobilização de indígenas de todo o território brasileiro.

Será mais um de uma série de atos e mobilizações realizados ao longo de 2021, em resistência ao governo de destruição nacional de Jair Bolsonaro, que tem na destruição de órgãos e políticas de proteção social – em especial, indígenas – um dos eixos centrais de seu período à frente do Palácio do Planalto.

Aliás, o escancaramento de terras indígenas, as mais protegidas ambientalmente do Brasil, beneficia diretamente a base política e econômica de Bolsonaro – aí entendido, inclusive, o crime puro e simples, ao qual boa parte da base de sustentação oficial está ligada.

Segundo o Conselho Indígena Missionário (CIMI), “em 2021, atos contra a agenda anti-indígena do governo federados e do Congresso tomaram as ruas do Brasil, em especial de Brasília. De abril a outubro, os acampamentos Levante pela Terra e Luta pela Vida, a II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas e o I Fórum de Educação Superior Indígena e Quilombola foram responsáveis pela maior mobilização indígena pós-constituinte”, ou seja, a partir da proclamação da Constituição brasileira em 1988.

Aqui, a convocação de Isabel Tukano, articuladora do Levante pela Democracia em Brasília.

COP26: delegação indígena brasileira éa maior da história

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) levou a maior delegação indígena brasileira da história da Conferência do Clima (#COP26), que termina nesta sexta (12). O objetivo, segundo a Apib, é lutar “para pautar soluções sobre a crise climática”. Mais de 40 representantes dos povos originários brasileiros estarão em Glasgow, na Escócia, visando a ocupar a Conferência para alertar o mundo sobre a necessidade de demarcar as Terras Indígenas e proteger os povos indígenas para o futuro do planeta.

De acordo com a organização da comitiva, esta é a maior delegação de lideranças indígenas brasileiras da história da COP. A Apib participa da conferência desde 2014, e havia mobilizado, em 2019, um grupo de 18 pessoas para a última COP, que era até então a maior participação de lideranças no encontro. Neste contexto de pandemia da Covid-19, que afetou bilhões de pessoas, os povos indígenas reforçam a necessidade de respeitar a biodiversidade presente nos territórios indígenas.

A delegação indígena brasileira na conferência vem denunciando o genocídio indígena e o ecocídio que está em curso no Brasil agravado pela pandemia da Covid-19 e pelo projeto de morte do Governo Federal.

No dia internacional dos povos indígenas, 9 de agosto, a Apib entrou com um comunicado inédito no Tribunal Penal Internacional (TPI) para denunciar o governo Bolsonaro por Genocídio.

“Moldamos e protegemos nossos biomas ao preço do sangue de milhões de parentes. O genocídio dos povos originários, a perseguição aos defensores dos territórios e a captura ilegal de nossas terras, é o maior e mais disseminado crime que a humanidade produziu ao longo de sua história. Este é um crime continuado e presente, o qual denunciamos em todas as instâncias que ocupamos”, reforça a delegação em mensagem.