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ONU: mudança climática tem impacto sistemático para a civilização

A crise climática é um “impacto sistemático para a civilização”, e não uma questão social, ambiental ou econômica específica, disse Sukhrob Khojimatov, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Turquia.

“É um grande desafio para o nosso planeta e para os moradores”, disse Khojimatov, representante residente adjunto do PNUD na Turquia, em um evento na capital turca, Ancara.

Em um discurso durante a cerimônia de abertura do projeto intitulado Melhorando a Ação de Adaptação na Turquia, Khojimatov afirmou que, como o problema é sistemático, também se espera que a solução seja sistemática, o que “deve aumentar a resiliência dos sistemas naturais e humanos, reduzindo a desigualdade em todas as dimensões”

“A mudança climática teve um impacto significativo na Turquia na última década […] os padrões de mudança climática e os desastres relacionados ao clima estão aumentando na Turquia”, disse o representante citando números do departamento de meteorologia do país.

Ele também observou que houve um aumento de longo prazo no número de dias de verão e dias tropicais na Turquia, o que demonstra os efeitos das mudanças climáticas sobre o país.

“Graças à sociedade frutífera, trabalhamos na eficiência de energia, recursos, energia renovável e uma redução integrada do risco de desastre do ecossistema”.

Khojimatov disse que o PUND na Turquia, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente e Urbanização, contribuiu para o projeto da União Europeia, que busca construir sociedades resilientes contra as mudanças climáticas.

“O objetivo específico deste projeto é estabelecer um ambiente propício para a adaptação às mudanças climáticas na Turquia, através do desenvolvimento de linhas de base políticas, técnicas e operacionais, que incluem melhores ferramentas de tomada de decisão para as mudanças climáticas nas políticas de adaptação.”

As mudanças climáticas não têm fronteiras

“A mudança climática é, claro, um problema global, e temos que pensar em soluções globais, mas a primeira coisa é que precisamos agir em nível local”, sugeriu Angel Gutierrez Hidalgo, consultor sênior da delegação da União Europeia para Turquia.

Ele argumentou que soluções locais, como o projeto a ser implementado na Turquia, também fornecerão soluções específicas para lidar com as mudanças climáticas.

“Está claro que qualquer ação implementada na Turquia hoje terá um impacto além de nossas fronteiras. E é por isso que também é importante para a UE”, afirmou Hidalgo, enfatizando que as mudanças climáticas não conhecem fronteiras.

Os países da UE são responsáveis ​​por menos de 10% das emissões globais, lembrou o conselheiro, e instou todos os países a agirem juntos.

Durante o evento, Sebahattin Dokmeci, diretor geral adjunto de gestão ambiental do Ministério do Meio Ambiente da Turquia, disse que o aumento na quantidade e intensidade de desastres causados ​​pelas mudanças climáticas representa uma grande ameaça para todos os seres vivos.

Mencionando que a Turquia está localizada no Mediterrâneo oriental, que é vista como uma das regiões mais vulneráveis ​​aos efeitos das mudanças climáticas, Dokmeci observou que a frequência e a gravidade dos desastres no país relacionados às mudanças climáticas aumentaram forma significativa nos últimos anos.

“Especialmente desastres como inundações, deslizamentos de terra e ciclones nas regiões do Mar Negro e do Mediterrâneo geraram uma grande perda de vidas e propriedades”, disse o vice-diretor.

Fonte: TRT

Futuro das crianças do mundo está ameaçado pelas mudanças climáticas, diz ONU

Países de todo o mundo estão fracassando em proteger as crianças das ameaças à saúde causadas pelas mudanças climáticas, e em criar um ambiente saudável essencial para seu bem-estar, diz um relatório conjunto da Organização das Nações Unidas, Fundo da ONU para a Infância (Unicef) e a revista médica The Lancet, que publicou o estudo nesta quarta-feira (19/02).

“As mudanças climáticas, a degradação ecológica, populações migrantes, conflitos, desigualdades persistentes e práticas comerciais predatórias ameaçam a saúde e o futuro de crianças em todos os países do mundo”, diz a publicação, que destaca os impactos de emissões de gases poluentes, a destruição da natureza e alimentos altamente calóricos e ultraprocessados.

“Os governos precisam formar coalizões através de vários setores para superar as pressões ecológicas e comerciais, a fim de garantir que as crianças recebam seus direitos agora e um planeta habitável nos próximos anos.”

Enquanto crianças de países ricos têm maiores chances de sobrevivência e bem-estar, esses mesmos países contribuem de forma desproporcional com emissões de CO2 que ameaçam o futuro de todas as crianças no mundo, consta do texto da autoria de 40 dos maiores especialistas em saúde infantil e juvenil do mundo.

Os pesquisadores desenvolveram um índice de “desenvolvimento infantil” que inclui fatores como mortalidade, saúde, educação e nutrição, e outro de “sustentabilidade”, que se concentra nas emissões per capita de gases de efeito estufa de cada país. O estudo frisa que nenhum dos países do mundo teve bom desempenho nas três categorias avaliadas: desenvolvimento infantil, sustentabilidade e igualdade.

“Construímos um novo perfil nacional com o fim de medir as condições fundamentais para menores entre 0 e 18 anos sobreviverem e se desenvolverem hoje em dia, além de medir ameaças ambientais futuras para crianças, baseando-nos nos excessos das emissões de gases de efeito estufa projetados para 2030. Essas duas medidas […] são combinadas para gerar nosso perfil de desenvolvimento e futuro infantil”, explica o documento.

Segundo os critérios do primeiro índice, nações menos desenvolvidas como a República Centro-Africana e o Chade têm desempenho bastante ruim, comparado a países ricos como Noruega, Coreia do Sul, Holanda, França e Irlanda, que ocupam os cinco primeiros postos em bem-estar infantil.

O ranking, no entanto, aparece praticamente inverso no segundo índice, que detalha as emissões de poluentes por habitante. Países onde as crianças contam com um melhor ponto de partida na vida, com destaque para os europeus, falham em assegurar um ambiente climático adequado para o futuro infantil.

Estados Unidos, Austrália e Arábia Saudita, por exemplo, estão entre os dez últimos países no ranking de sustentabilidade. Holanda, Islândia e Alemanha também constam no fim dessa lista. A Alemanha ocupa o 14º lugar em bem-estar infantil, mas o 161º em sustentabilidade.

Já o Brasil não altera muito sua posição: em bem-estar infantil, ocupa o 90º lugar, ficando em 89º no critério de sustentabilidade.

“Os tomadores de decisão estão falhando com nossas crianças e nossa juventude, fracassando em proteger sua saúde, seus direitos e seu planeta”, comentou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O relatório também destacou ameaças que o setor comercial representa para a infância. A exposição a publicidades de junk food (comida de baixa qualidade) e alimentos ricos em gordura e açúcares é relacionada à obesidade infantil. O número de crianças e adolescentes obesos mais que decuplicou entre 1975 (11 milhões) e 2016 (124 milhões), de acordo com os autores.

Crianças também são expostas a publicidade de produtos destinados a adultos, como álcool, tabaco e jogos de azar, aumentando suas chances de consumi-los no futuro. “Crianças em países de baixa e média renda também tem alta exposição”, constata o estudo. “Numa amostra de 2.423 crianças entre 5 e 6 anos do Brasil, China, Índia, Nigéria e Paquistão, 68% conseguiam identificar pelo menos uma marca de cigarros, com índices que variam de 50% na Rússia até 86% na China.”

No Brasil, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública lançou no início do ano uma consulta pública para regulamentar a publicidade infantil no Brasil por meio de portaria. Porém especialistas destacam que a publicidade infantil dirigida a menores de 12 anos já é considerada abusiva no país.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código de Defesa do Consumidor (CDC) não proíbem a publicidade infantil expressamente, mas permitem concluir que a prática é proibida no país. O Artigo 39 do CDC, por exemplo, proíbe que um fornecedor de produtos e serviços se aproveite “da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços”.

Em 2014, a Resolução 163 do Conanda (Conselho Nacional da Criança e do Adolescente) classifica como abusiva a “a prática do direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança, com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço”.

Fonte: Deutsche Welle

ONU avisa: prazo para salvar a terra termina em 2030

A Organização das Nações Unidas (ONU) está desenvolvendo um plano de ação que visa o cumprimento de metas ambiciosas até 2030 para evitar a sexta extinção em massa, revela o The Guardian.

De acordo com o relatório preliminar da ONU, a humanidade comprometeu os recursos naturais de que depende para sobreviver. Além de exigir um compromisso pela proteção de pelo menos 30% do planeta, o plano de 20 pontos visa, por exemplo, a redução de 50% da poluição por resíduos plásticos.

A versão final do documento, elaborado pela Convenção Sobre Diversidade Biológica, deverá ser adotado pelos governos em outubro, durante a próxima cimeira das Nações Unidas sobre o clima em Kunming, na China. Este acordo faz parte de uma estratégia internacional a longo prazo que visa garantir que a conservação e sustentabilidade da biodiversidade até 2050.

«Se quisermos ficar abaixo de 1,5 graus, evitar a extinção de um milhão de espécies e o colapso do nosso sistema de suporte de vida, precisamos de proteger a nossa natureza e assegurar que pelo menos 30% das nossas terras e oceanos estejam protegidos até 2030», alerta Enric Sala, explorador-residente da National Geographic e co-autor do Acordo Global pela Natureza.

Brumadinho: “Brasil descumpre obrigação internacional”

Brumadinho: “Brasil descumpre obrigação internacional”

Baskut Tuncak, relator especial da ONU sobre substâncias tóxicas, esteve no Brasil por duas semanas em dezembro para estudar a situação do país nas questões ambientais. Ele concluiu que a impunidade reina quando o assunto é crime ambiental no Brasil e alertou que o país vive um “trágico caminho de desmantelamento das instituições de proteção do meio ambiente”. No segundo semestre de 2020, Tuncak apresentará seu informe final diante do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Brumadinho

Tuncak esteve em Brumadinho. Um dos pontos que mais o impressionou é que, um ano depois da maior tragédia ambiental do mundo, o governo ainda depende dos dados da empresa responsável pela tragédia: a Vale.

Mariana

Segundo ele, apesar de o governo e empresas terem negado reconhecer a situação por anos, está cada vez mais claro o impacto da exposição da população à lama tóxica em Mariana. “No entanto, as empresas responsáveis continuam abusando do seu poder impedindo que informações de saúde e segurança sejam publicadas”, denunciou.

“O Brasil está descumprindo sua obrigação constitucional de proteger os direitos humanos da exposição a substâncias tóxicas e resíduos perigosos, eliminando ministérios cruciais, restringindo o financiamento para funções essenciais, eliminando programas importantes, restringindo as instâncias de participação cívica e deixando de aplicar as leis e decisões judiciais que existem para proteger os direitos humanos de exposições tóxicas”, declarou ao final da visita.

Com informações do UOL.

Energias renováveis devem suprir 80% da demanda mundial até 2050

Até 2050, as fontes de energias renováveis como a solar, a eólica, a geotérmica e a marítima, poderão abastecer em 80% a demanda mundial, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU). O setor de energia limpa tem alto potencial de expansão com a gradual substituição dos mecanismos de emissão de energias poluentes, como carvão, petróleo e gás.

Além disso, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) realizou um estudo sobre pesquisa e inovação que mapeia as empresas nacionais que estão na fronteira tecnológica, em um trabalho com biocombustíveis e ‘química verde’.

Segundo recente relatório da agência de risco Moody’s Investors Service, nas próximas décadas, boa parte da energia elétrica da América Latina será suprida pelas fontes eólica e solar, em lugar de combustíveis fósseis como o carvão e o óleo, que ainda têm participação relevante em alguns dos mercados do continente.

Fonte: Portal Solar