por Comunicação Arayara | 23, jun, 2023 | Participação Social |
COMUNICADO DE IMPRENSA
Macaé, 22 de junho de 2023
A Procuradoria Geral do Município de Macaé emitiu uma determinação hoje, reconhecendo a eleição de Thiers Wilberger, representante da ARAYARA, para incorporar a vice-presidência do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (COMMADS). Essa decisão representa uma vitória para o Instituto Internacional Arayara e para todos os ativistas ambientais engajados na luta pela preservação do meio ambiente.
Desde o dia 15 de agosto de 2022, a ARAYARA tem lutado pela garantia do direito de representar os interesses da comunidade no Conselho de Meio Ambiente de Macaé. A organização propôs uma ação legal contestando o parecer favorável da Procuradoria Geral do Município ao pedido da Câmara de Dirigentes Lojistas de Macaé (CDL) para invalidar não apenas a eleição dos conselheiros para o biênio 2022-2024, realizada em 25 de abril, mas também todos os atos praticados pelo órgão desde então.
Através de uma eleição legítima, Thiers Wilberger, renomado biólogo e ambientalista, foi eleito por uma ampla margem de oito votos a favor e dois contra para incorporar a vice-presidência do COMMADS. Com essa conquista, a ARAYARA assegurou sua presença no conselho, reforçando sua capacidade de fiscalizar e promover a preservação ambiental na cidade de Macaé.
Como membro do COMMADS, a ARAYARA tem se dedicado a defender iniciativas que visam proteger o rio Macaé e áreas de preservação permanente, como as restingas. Uma das preocupações centrais diz respeito ao rio, que está sob pressão devido à anunciada expansão de usinas termelétricas. Atualmente, existem planos para a construção de 11 usinas na cidade, o que representa um risco para a segurança hídrica do município, que já enfrenta problemas críticos de escassez de água.
A alegação do CDL, acolhida pela Procuradoria de Macaé, para anular uma eleição legítima, é uma tentativa ilegal e inconstitucional de violar um direito adquirido pela ARAYARA. No entanto, por meio de uma liminar concedida pela justiça de Macaé, a instituição conseguiu manter seu representante na vice-presidência do COMMADS e suspendeu os atos do conselho desde o dia 15 de agosto, quando deliberadamente tentaram anular ilegalmente a eleição de Thiers Wilberger.
A ARAYARA continua empenhada em sua missão de proteger o meio ambiente e defender os interesses da comunidade de Macaé. A organização acredita que a decisão da Procuradoria Geral do Município é um passo importante para garantir a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região.
Para mais informações, favor entrar em contato com:
Nome: Sara Ribeiro
Cargo: Gerente de Mídias, Produtos, Comunicação e Eventos
Empresa: Instituto Internacional Arayara
Endereço: Rua Gaspar Carrilho Junior, 001 – Bosque Gutierrez – Memorial Chico Mendes 80810210 Curitiba, PR.
E-mail: sara.ribeiro@arayara.org
por Comunicação Arayara | 13, set, 2022 | Fracking |
El equipo de No al Fracking Brasil visitó los bosques de Seu Albertino y las Tabocas para recoger testimonios de los residentes
¿Qué es el fracking?
El fracking, también conocido como fracturamiento hidráulico, es un proceso que implica la inyección de grandes volúmenes de agua, productos químicos y arena a alta presión en capas de roca subterránea para liberar el gas natural atrapado. Aunque es una técnica utilizada en varios países, es controvertida debido a los daños ambientales y ecológicos que causa, como la contaminación de las aguas subterráneas, la liberación de gases de efecto invernadero, los terremotos inducidos, entre otros.
La escasez de agua es una realidad que enfrentan varias comunidades en Brasil. Sin embargo, en lugares como la Mata das Tabocas y la Mata do Seu Albertino, ubicadas en São João dos Patos, Maranhão, la falta de agua alcanza niveles alarmantes y ha provocado una significativa migración del campo a la ciudad, con antiguos residentes buscando mejores condiciones de vida. El equipo de COESUS – Coalición No al Fracking Brasil por el Agua y la Vida, una campaña del Instituto Internacional Arayara, estuvo presente en las comunidades el 13 de septiembre de 2022 para entrevistar y grabar testimonios con el fin de comprender la realidad que enfrentan los residentes locales. Una de las residentes de la Mata das Tabocas, la señora Balbina, le relató al equipo de COESUS las dificultades de vivir con poca agua:
“Mis hijos vinieron la semana pasada y no había agua ni siquiera para lavarse las manos”, lamentó ella.
Doña Balbina, residente de la Mata das Tabocas.
Mientras las empresas petroleras manifiestan su interés en instalar el fracking en la región, una técnica que consume millones de litros de agua potable, historias como la de Doña Balbina se vuelven cada vez más comunes en las áreas que han sido asignadas para esta práctica.
Las petroleras eligen regiones que ya están experimentando intensamente la crisis climática y el racismo ambiental, ya que de esta manera pueden operar con mayor facilidad, pasando desapercibidas por el gobierno y los medios de comunicación. Sin embargo, la población local, que sufre directamente las acciones de estas empresas, no se calla y se posiciona firmemente en contra del fracking, rechazando el llamado “gas de la muerte”.
El racismo ambiental ocurre cuando la población de una determinada región se ve desproporcionadamente perjudicada por la instalación de industrias contaminantes o por actividades extractivas que comprometen el medio ambiente. Estas comunidades, generalmente compuestas por personas de bajos ingresos y grupos étnicos minoritarios, enfrentan impactos ambientales negativos en su vida diaria, desde la contaminación del agua y el suelo hasta la degradación de la salud y la calidad de vida.
Doña Sebastiana, otra residente del bosque, mostró su casa y explicó cómo funciona el sistema de captación de agua a través de cisternas y cómo ha evolucionado con el tiempo. Antes, el agua se almacenaba en hoyos excavados en el suelo, expuesta al suelo. Con el paso de los años, comenzaron a utilizar lonas para revestir el hoyo y, más recientemente, comenzaron a utilizar cisternas que recolectan el agua de lluvia que cae del techo. Sin embargo, es importante destacar que la región experimenta largos períodos de sequía con poca lluvia durante varios meses al año. La familia de Doña Sebastiana está al tanto de las investigaciones que se están llevando a cabo para explotar el gas proveniente del fracking.
Miembro de No al Fracking Brasil observando el funcionamiento de la cisterna.
por Comunicação Arayara | 13, set, 2022 | Fracking |
No Fracking Brazil team visited the Mata do Seu Albertino and Mata das Tabocas to take statements from the residents
What is fracking?
Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into layers of rock underground to release trapped natural gas. Although it is a technique already in use in several countries, it is controversial for causing environmental and ecological damage, including groundwater contamination, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.
Water scarcity is a reality faced by many communities in Brazil. However, in places like Mata das Tabocas and Mata do Seu Albertino, located in São João dos Patos, Maranhão, the lack of water reaches alarming levels and has caused a significant rural exodus, with former residents seeking better living conditions. The team from COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign of the Arayara International Institute, was present in the communities on September 13, 2022 to interview and make recordings in order to understand the reality faced by local residents.
One of the residents of Mata das Tabocas, Mrs. Balbina, told the COESUS team about the difficulty of living without water:
“Meus meninos vieram semana passada e não tinha água nem para lavar as mãos”, lamentou ela.
Dona Balbina, moradora da Mata das Tabocas.
Enquanto empresas petrolíferas manifestam interesse em instalar o fracking na região, técnica que consome milhões de litros de água potável, histórias como a de Dona Balbina se tornam cada vez mais comuns nas áreas que foram leiloadas para essa prática.
As petrolíferas escolhem regiões que já enfrentam intensamente a crise climática e o racismo ambiental, pois assim conseguem operar com mais facilidade, passando despercebidas pelo governo e pela mídia. No entanto, a população local, que sofre diretamente com as ações dessas empresas, não se cala e se posiciona firmemente contra o fracking, rejeitando o chamado “gás da morte”.
Environmental racism occurs when the population of a given region is disproportionately harmed by the installation of polluting industries or by extractive activities that compromise the environment. These communities, usually composed of low-income people and minority ethnic groups, face negative environmental impacts in their daily lives, from water and soil contamination to degradation of health and quality of life.
Mrs Sebastiana, another resident of the forest, showed her house and explained how the water catchment system works through cisterns and how it has evolved over time. In the past, water was stored in holes dug in the ground, exposed to the soil. Over the years they started using tarpaulins to cover the hole, and more recently they have started using cisterns, which collect the rainwater that runs off the roof. However, it is important to note that the region faces long periods of drought, practically without rain during several months of the year. Mrs. Sebastiana’s family is aware of the research being done to exploit the gas from fracking.
Member of No Fracking Brazil seeing the cistern functioning.
por Comunicação Arayara | 13, set, 2022 | Fracking |
Excessive water consumption by the method and soil contamination are among the causes
What is fracking?
Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Despite being a technique already used in several countries, it is controversial because it causes environmental and ecological damage, including contamination of groundwater, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.
The oil industry is one of the greatest threats to the health of our planet. According to the UN, the oil sector is the main contributor to the worsening climate change. In addition, this industry depends on a resource that is the most valuable for life: water. In the case of fracking, millions of liters of potable water are used, which competes directly with other industries, agribusiness and the general population.
One of the sectors strongly affected by fracking is the production of beverages, such as cachaça and beer. Soil contamination – where barley and the grains used to produce the drink are grown – and the quality of water from aquifers are factors of great concern for production.
The team from COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute, visited, on September 13, 2022, the Baixão do Cosmo brandy factory, where they could observe all the cachaça production and talk to the owner about the impacts that fracking could generate in his sector. The group highlighted to the owner of the Baixão do Cosmo brandy factory the risks that fracking represents for his business and also for the environment.
Soil and groundwater contamination can compromise the quality of the inputs used in the manufacture of the drink, directly affecting the taste and safety of the final product. Furthermore, the scarcity of potable water, caused by the excessive use of this resource in fracking, can impact the entire production chain.
Faced with the challenges faced by the beverage industry and other activities that depend on water as an essential resource, it is necessary to stop the shale gas exploration model and seek more sustainable alternatives that are less harmful to the environment. The preservation of water and the promotion of renewable energies are essential ways to guarantee a future for society.
por Comunicação Arayara | 13, set, 2022 | Fracking |
Consumo excessivo de água pelo método e a contaminação do solo estão entre as causas
O que é o fracking?
O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.
A indústria petrolífera se configura como uma das maiores ameaças à saúde do nosso planeta. Segundo a ONU, o setor do petróleo é o principal contribuinte para o agravamento das mudanças climáticas. Além disso, essa indústria depende de um recurso que é o mais valioso para a vida: a água. Tratando-se do fracking, milhões de litros de água potável são utilizadas, o que compete diretamente com outras indústrias, o agronegócio e a população em geral.
Um dos setores fortemente afetados pelo fracking é o da produção de bebidas, como a cachaça e a cerveja. A contaminação do solo – onde são cultivados a cevada e os grãos utilizados na produção da bebida – e a qualidade da água proveniente de aquíferos são fatores de grande preocupação para a produção.
A equipe da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, visitou, em 13 de setembro de 2022, a fábrica de aguardente Baixão do Cosmo, onde puderam observar toda a produção da cachaça e conversar com o proprietário sobre os impactos que o fracking poderia gerar em seu setor. O grupo destacou ao proprietário da fábrica de aguardente Baixão do Cosmo os riscos que o fracking representa para o seu negócio e também para o meio ambiente.
A contaminação do solo e das águas subterrâneas pode comprometer a qualidade dos insumos utilizados na fabricação da bebida, afetando diretamente o sabor e a segurança do produto final. Além disso, a escassez de água potável, causada pela utilização excessiva desse recurso no fracking, pode impactar toda a cadeia de produção.
Diante dos desafios enfrentados pela indústria de bebidas e por outras atividades que dependem da água como recurso essencial, é necessário impedir o modelo de exploração do gás de xisto e buscar alternativas mais sustentáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente. A preservação da água e a promoção de energias renováveis são caminhos indispensáveis para garantir um futuro à sociedade.