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De um lado, a queda dos combustíveis fósseis. Do outro, o aquecimento global

De um lado, a queda dos combustíveis fósseis. Do outro, o aquecimento global

A notícia boa é que a previsão é sombria para as emissões de carbono e o consumo de carvão e petróleo no mundo. A ruim é que ainda caminhamos para um aquecimento global de mais de 3 graus em menos de 100 anos, e devemos fazer o que for preciso para mudar esse cenário.

É o que aponta a New Energy Outlook 2020 – análise anual da BloombergNEF sobre o futuro da economia de energia.

De acordo com o estudo, as emissões globais de carbono relacionadas ao consumo de energia caíram 8% em 2020.

Apesar de subirem novamente com a recuperação da economia, nunca mais irão atingir os níveis de 2019.

A queda na demanda de energia durante a pandemia removerá cerca de 2,5 anos de emissões do setor até 2050.

A demanda de carvão também está em queda livre em toda a Europa e nos Estados Unidos, tendo atingido seu pico em 2018. A de petróleo vai atingir o pico em 2035 e tecnologias de energia limpa só tendem a avançar.

Novas alternativas de energia

O crescimento dos veículos elétricos compensa o crescimento da demanda na aviação, navegação e petroquímica, e molda o futuro do petróleo. A eficiência energética em outros setores só aumenta.

As energias eólica e fotovoltaica crescerão para atender 56% da demanda mundial de eletricidade em 2050. Os países líderes podem chegar a 80%.

Essas formas de energia limpa – junto às baterias – vão levar 80% dos 15,1 trilhões de dólares investidos em nova capacidade de energia nos próximos 30 anos, de acordo com a análise.

Fonte: BloombergNEF New Energy Outlook 2020

Altas temperaturas e mudanças climáticas

O mundo ainda caminha para um aumento de temperatura.

Apesar da recente queda, as emissões de carbono aumentam novamente com a recuperação econômica em 2027. Depois diminuem 0,7% ano a ano até 2050, levando o mundo a caminho de um aquecimento de 3,3 graus até 2100.

Segundo o relatório, para conter as mudanças climáticas e manter o aquecimento global abaixo de dois graus, as emissões precisam cair 10 vezes mais rápido, em 6% ano a ano até 2050. Para 1,5 grau, a taxa exigida é 10%.

Leia também: Eleições e os riscos climáticos no Brasil

Um dos principais componentes da NEO 2020 é buscar direções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Este ano, a energia limpa e o hidrogênio verde foram os pontos de abordagem para encontrar direções que levem à descarbonização profunda.

Temos um longo caminho pela frente para pular de 0,7% para 10% na queda das emissões. Por isso, a sociedade precisa agir e cobrar agora.

O Instituto Arayara vem buscando todas as formas de mudar essa previsão, através de ações públicas, petições, elaborando iniciativas com a população e organizações, e participando de movimentos mundiais de combate às mudanças climáticas, como o Acordo de Glasgow.

Eólicas conseguem isenções fiscais de R$ 24,6 milhões em Pernambuco

Eólicas conseguem isenções fiscais de R$ 24,6 milhões em Pernambuco

O Ministério de Minas e Energia enquadrou as centrais eólicas Pau Ferro II e Tacaicó, totalizando 99 MW de capacidade entre 18 aerogeradores a serem construídos no município de Tacaratu (PE), junto ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Com o provimento, a Enel Green Power, detentora das usinas, obtém uma economia de aproximadamente R$ 24,6 milhões com os encargos PIS/PASEP e Confins, ficando o investimento total planificado em R$ 266,6 milhões para obras até abril de 2022.

O MME também aprovou a implementação da pequena central hidrelétrica Jesuíta, somando 22,3 MW de potência dividida em quatro turbinas a serem instaladas até 2024 entre os municípios de Sapezal e Campos de Júlio, no Mato Grosso. A Jesuíta Energia conseguirá isenção de R$ 15,9 milhões em impostos, com o aporte final estimado em R$ 187,4 milhões.

Outra PCH que obteve o enquadramento foi a Âmbar, com três unidades geradoras somando 5,1 MW de potência na altura de Romelândia e Flor do Sertão, em Santa Catarina. O período de execução do empreendimento vai até 2022, com a companhia Rio Sargento Energia desembolsando R$ 31,5 milhões, livre das taxas.

Transmissão – Já a Cteep, controlada pelo grupo colombiano ISA, conseguiu a classificação para o projeto de reconstrução da linha de transmissão Baixada Santista/Tijuco Preto – C3, em 345 kV. As melhorias serão realizadas entre as torres 18 e 42, num trecho de quase dez quilômetros em Cubatão (SP), com previsão de conclusão para abril de 2024. O investimento na iniciativa é de R$ 42 milhões, já descontados os encargos previstos pelo Reidi.

Fonte: Agência Canal Energia

Quase 300 projetos de energia solar e eólica são aprovados na França

Quase 300 projetos de energia solar e eólica são aprovados na França

Em meio à pandemia que o mundo está vivendo e que tem prejudicada a finalização dos atuais projetos que se encontram ainda em construção e no lançamento de futuras ações, a França aprovou cerca de 300 empreendimentos nos setores de energia solar e eólica, como meio de minimizar os efeitos da crise mundial. 

Os vencedores participaram do último leilão energético na França e juntos somam uma capacidade de 1.700 MW, que vão permitir ao país alcançar os objetivos definidos na programação energética anual, o chamado EPP. As principais empresas vencedoras foram: Boralex; EDPR; Enertrag  e Engie.

Todos os projetos agora aprovados entrarão em serviço de forma gradual e no final irão produzir 2.6 TWh de energia elétrica por meio de fontes de energia renovável por ano. Este valor irá contribuir para os objetivos energéticos traçados pelo governo francês.

Uma série de medidas foram anunciadas pela ministra da transição energética francesa, Elisabeth Borne, entre elas: o adiamento de prazos para não penalizar projetos devido à atual crise; preço de compra de eletricidade para os pequenos projetos de energia solar foi congelado durante três meses; e um novo calendário para a realização dos próximos leilões de energias renováveis. 

A ministra foi categórica ao afirmar que a crise não deverá de forma alguma fazer com que o governo renuncie aos ambiciosos objetivos em termos da política energética do país. “Os 300 projetos de energias renováveis vencedores que foram agora aprovados são uma prova da vontade de continuidade da política do sistema energético”, afirmou.

CARVÃO AQUI NÃO
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ENERGIA SOLAR SEM TAXAÇÃO
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Energia solar e eólica são as fontes mais baratas de energia na maior parte do mundo

Energia solar e eólica são as fontes mais baratas de energia na maior parte do mundo

As energias solar e eólica em terra agora são as novas fontes de eletricidade mais baratas em pelo menos dois terços da população mundial, o que ameaça ainda mais dois pilares dos combustíveis fósseis: carvão e gás natural.

O custo nivelado da eletricidade para projetos eólicos em terra caiu 9%, para US$ 44 por megawatt-hora desde o segundo semestre do ano passado.

O custo da energia solar mostrou queda de 4%, para US$ 50 por megawatt-hora.

Os preços são ainda mais baixos em países como Estados UnidosChina e Brasil. Os custos de equipamentos caíram, as tecnologias melhoraram e governos do mundo todo aumentaram as metas de energia limpa para combater a mudança climática.

Com isso, carvão e gás natural podem perder mercado quando as concessionárias desenvolverem novas usinas de energia.

Há uma década, a energia solar custava mais de US$ 300 por megawatt-hora, e a eólica em terra ultrapassava US$ 100 por megawatt-hora.

Hoje, a energia eólica onshore custa US$ 37 nos EUA e US$ 30 no Brasil, enquanto a energia solar tem custo de US$ 38 na China, as fontes mais baratas de nova eletricidade nesses países.

O armazenamento de bateria também se torna mais competitivo. O custo nivelado de eletricidade das baterias caiu para US$ 150 por megawatt-hora, cerca da metade do nível há dois anos.

Isso fez com que se tornasse a nova tecnologia de pico de energia mais barata em países que importam gás, incluindo Europa, China e Japão.

Fonte: Bloomberg

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Alemanha marca o primeiro trimestre com mais de 50% de eletricidade renovável

Alemanha marca o primeiro trimestre com mais de 50% de eletricidade renovável

A Alemanha produziu mais da metade de sua eletricidade com energia renovável nos três primeiros meses de 2020. Isso representa um aumento de cerca de 44% no primeiro trimestre de 2019. Os números foram impulsionados pela produção recorde de energia eólica em fevereiro, produção solar extraordinariamente alta em março e uma queda no uso geral de energia ligada à crise do coronavírus.

Combinados com alta geração de energia renovável em 2019, os números colocaram a Alemanha no caminho certo para cumprir suas metas de energia verde para 2020, apesar de uma desaceleração geral na expansão de energia renovável.

Por causa dessas circunstâncias incomuns, o BDEW alertou que é muito cedo para projetar se os números podem continuar daqui para frente. “O desempenho das energias renováveis ​​é muito encorajador. No entanto, devemos sempre ter em mente que este é apenas o retrato de um momento e inclui muitos eventos pontuais”, disse o chefe do BDEW, Kerstin Andreae em um comunicado. O BDEW também observou que os números refletem várias mudanças políticas subjacentes, incluindo o desligamento de usinas nucleares e a carvão, que foram desativadas no final de 2019.

A Alemanha prometeu produzir 18% de seu consumo total de energia com energias renováveis ​​até o final do ano. “A meta de 18% de energia renovável da UE em 2020 está ao nosso alcance”, afirmou o Ministro da Economia, Peter Altmaier.

No geral, a Alemanha usou um total de 148 bilhões de quilowatts-hora (kWh) de eletricidade no primeiro trimestre de 2020, uma queda de cerca de 2% em relação ao mesmo período de 2019 (151 bilhões de kWh). As energias renováveis ​​representam 51,9% desse total.

A maioria da energia renovável da Alemanha veio de energia eólica onshore, que supriu 28,9% das necessidades de eletricidade do país, acima dos 23,7% no primeiro trimestre de 2019.

Andreae acrescentou que os formuladores de políticas deveriam incluir energia renovável em qualquer resposta à crise do coronavírus. “A difícil situação econômica intensifica ainda mais a pressão para agir: é preciso garantir que novos investimentos sejam feitos na expansão das energias renováveis ​​para garantir o suprimento de energia de amanhã”, afirmou.

Especialistas estão prevendo que a pandemia de coronavírus causará uma profunda queda econômica e menores emissões de carbono na Alemanha. As projeções mostram agora que, dependendo da duração da crise, a Alemanha poderia cumprir ou até superar sua meta original de 2020 de reduzir as emissões de carbono em 40% abaixo dos níveis de 1990 – uma meta que o governo havia dito anteriormente que esperava perder por uma ampla margem.