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Estudo revela fragilidade do setor elétrico brasileiro frente à mudança climática e destaca oportunidades para energia renovável!

Estudo revela fragilidade do setor elétrico brasileiro frente à mudança climática e destaca oportunidades para energia renovável!

De acordo com a pesquisa liderada pelos renomados cientistas, José Wanderley Marangon Lima e Lincoln Muniz Alves, o Brasil carece de políticas concretas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas no sistema elétrico nacional. Ao não considerar adequadamente as alterações climáticas, o planejamento atual baseado no histórico de precipitação pode resultar em medidas emergenciais onerosas e poluentes, como ocorreu na crise hídrica de 2021.

 

As projeções indicam uma redução da precipitação em regiões como o Nordeste e parte do Norte, tornando inviável a construção de novas hidrelétricas nesses locais. No entanto, há uma boa notícia: os modelos climáticos apontam para um aumento nos ventos e na radiação solar na região Nordeste, abrindo caminho para o avanço das energias renováveis nessa área.

Para tornar o sistema elétrico brasileiro mais resiliente, é imprescindível investir em modelos de previsão climática precisos e projetar estratégias que incluam a diversificação da matriz energética. Além disso, a descentralização do sistema, por meio da geração local e do armazenamento de energia, pode reduzir sua vulnerabilidade.

É urgente estabelecer um plano de resiliência climática para o setor elétrico, mapeando suas vulnerabilidades e direcionando políticas públicas para a diversificação de fontes renováveis. O Brasil tem o potencial de se tornar um líder na transição energética, reduzindo custos, aumentando a competitividade global e contribuindo para a retomada econômica e a redução das desigualdades sociais.

Leia o estudo completo [aqui] e descubra como podemos enfrentar os desafios da mudança climática e promover a preservação ambiental através da transformação do setor elétrico brasileiro.

 

Link para o estudo completo

 

Ministério da Energia diz que “bandeira Escassez Hídrica não será suficiente” para cobrir custos

Ministério da Energia diz que “bandeira Escassez Hídrica não será suficiente” para cobrir custos

“A culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência do governo”, disse o senador Jean Paul (PT), membro da Comissão da Crise Energética do Senado

O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta quarta-feira (13) que nem a bandeira tarifária de escassez hídrica que fez o preço da conta de luz explodir está sendo capaz de cobrir os custos para a manutenção da segurança energética do país.

Segundo Marisete Dadald, secretária-executiva da pasta, os gastos estão sendo muito maiores do que o previsto pelo governo Jair Bolsonaro. As distribuidoras de energia pressionam por um novo aumento alegando déficit financeiro.

“A bandeira ‘Escassez Hídrica’… não será suficiente para a cobertura de todos os recursos que nós utilizamos para a segurança energética”, disse a secretária-executiva durante evento.

Mesmo assim, Dadald tentou passar tom otimista, em certa negação da realidade. “Estamos ainda em um momento de atenção, mas com as medidas que a gente vem implementando desde outubro de 2020 temos obtido resultados satisfatórios”, disse.

À Fórum, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), membro da Comissão da Crise Energética montada no Senado e líder da Minoria, criticou a postura do governo.

“O governo insiste em negar a crise ou atribuí-la a São Pedro, quando a culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência. Quando entramos nesta crise hídrica já eram claros os sinais de um problema energético global”, disse o senador à Fórum.

“O acionamento das térmicas foi o primeiro e mais necessário impulso das autoridades que estão gerenciando o problema. Mas ao estabelecerem as novas bandeiras, mais uma vez o governo errou e faltou planejamento quando não considerou os aumentos do dólar e do petróleo além dessa política de preços suicida da Petrobras. Em breve vamos instalar a Comissão do Senado encarregada de acompanhar a gestão da crise e teremos instrumentos para tentar corrigir esses erros de trajetória que sempre penalizam uma única pessoa: o consumidor final”, completou Jean Paul.

Com informações da CNN Brasil

Fonte: https://revistaforum.com.br/politica/bandeira-escassez-hidrica-nao-sera-suficiente-para-cobrir-custos/

Térmicas movidas a combustíveis fósseis são as novas vilãs da energia cara e da crise hídrica

Térmicas movidas a combustíveis fósseis são as novas vilãs da energia cara e da crise hídrica

As hidrelétricas, que costumam suprir – em média – 65% da eletricidade consumida pelo país, geraram apenas 50%. 

Enquanto isso, as geradoras térmicas fósseis (carvão, gás e óleo) que geram na média no máximo, 25% da eletricidade consumida, responderam por 32% de toda geração.

Como a energia  fóssil é mais cara, as contas de energia elétrica subiram e deverão ficar pelo menos 5% mais altas até novembro. 

Os consumidores irão gastar mais de R$4 bilhões em relação ao previsto no começo de junho, isso fruto das mudanças climáticas que geraram a crise hídrica, somadas as irresponsabilidades dos gestores públicos em não acelerar o plano de geração de energia solar e eólica e biogas, bem como o aceleramento e destruição de florestas e matas ciliares que também são componentes da crise hídrica.

O aumento na conta de luz foi responsável por 25% da inflação no último mês.

Para evitar que esta crise hídrica se torne perene, especialistas recomendam cinco grupos de ações.

1- Aceleramento em se diversificar a matriz de geração para depender menos da (falta de) chuvas. Como o Nordeste tem um potencial imenso de geração eólica e fotovoltaica a desenvolver, será preciso investir no sistema de transmissão, para distribuir essa energia nova por todo o país.

2 – Também será preciso achatar a curva, expressão que se tornou popular durante a pandemia. A demanda de eletricidade tem um pico acentuado na segunda metade das tardes; uma distribuição melhor dessa demanda, reduziria a pressão sobre os reservatórios.  Isso irá significar mudanças de hábitos e horários de consumo, e portanto o gestor público elétrico nacional e as autoridades deveriam já ter agido com inteligência e maior resposta.

3 – O planejamento do setor e da operação do sistema precisam incorporar mais e melhor os impactos das mudanças climáticas.

4 – Também será necessário atualizar os dados de capacidade dos reservatórios, que andam superestimados. 

5 – Finalmente, há a recomendação de dar liberdade a todos os consumidores para que escolham de quem querem comprar eletricidade.

Sendo que a Eficiência energéticá infelizmente não é costume dos brasileiros, que hoje podem por exemplo substituir geladeiras que consome S 145 kWh por outra de apenas 37 kWh ou ainda máquinas de lavar roupas que consomem apenas 20% da maioria das máquinas ainda disponíveis para venda, sendo que o próprio selo do Inmetro hoje no Brasil está plenamente defasado e ultrapassado.

Com a conta de luz mais alta, os painéis fotovoltaicos instalados em telhados residenciais, do comércio, serviços e indústrias ficam mais atraentes. 

Se antes da crise, eles se pagavam por volta de 10 anos, agora o retorno se dá entre 4 a 6 anos, dependendo de onde no país o painel é instalado, os prazos do retorno de investimento são ainda mais achatados, em alguns casos em apenas 2,8 anos.