por Comunicação Arayara | 29, maio, 2023 | Energia, Press Release |
De acordo com a pesquisa liderada pelos renomados cientistas, José Wanderley Marangon Lima e Lincoln Muniz Alves, o Brasil carece de políticas concretas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas no sistema elétrico nacional. Ao não considerar adequadamente as alterações climáticas, o planejamento atual baseado no histórico de precipitação pode resultar em medidas emergenciais onerosas e poluentes, como ocorreu na crise hídrica de 2021.
As projeções indicam uma redução da precipitação em regiões como o Nordeste e parte do Norte, tornando inviável a construção de novas hidrelétricas nesses locais. No entanto, há uma boa notícia: os modelos climáticos apontam para um aumento nos ventos e na radiação solar na região Nordeste, abrindo caminho para o avanço das energias renováveis nessa área.
Para tornar o sistema elétrico brasileiro mais resiliente, é imprescindível investir em modelos de previsão climática precisos e projetar estratégias que incluam a diversificação da matriz energética. Além disso, a descentralização do sistema, por meio da geração local e do armazenamento de energia, pode reduzir sua vulnerabilidade.
É urgente estabelecer um plano de resiliência climática para o setor elétrico, mapeando suas vulnerabilidades e direcionando políticas públicas para a diversificação de fontes renováveis. O Brasil tem o potencial de se tornar um líder na transição energética, reduzindo custos, aumentando a competitividade global e contribuindo para a retomada econômica e a redução das desigualdades sociais.
Leia o estudo completo [aqui] e descubra como podemos enfrentar os desafios da mudança climática e promover a preservação ambiental através da transformação do setor elétrico brasileiro.
Link para o estudo completo
por Comunicação Arayara | 15, out, 2021 | Geração de energia, Mudanças Climáticas |
“A culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência do governo”, disse o senador Jean Paul (PT), membro da Comissão da Crise Energética do Senado
O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta quarta-feira (13) que nem a bandeira tarifária de escassez hídrica que fez o preço da conta de luz explodir está sendo capaz de cobrir os custos para a manutenção da segurança energética do país.
Segundo Marisete Dadald, secretária-executiva da pasta, os gastos estão sendo muito maiores do que o previsto pelo governo Jair Bolsonaro. As distribuidoras de energia pressionam por um novo aumento alegando déficit financeiro.
“A bandeira ‘Escassez Hídrica’… não será suficiente para a cobertura de todos os recursos que nós utilizamos para a segurança energética”, disse a secretária-executiva durante evento.
Mesmo assim, Dadald tentou passar tom otimista, em certa negação da realidade. “Estamos ainda em um momento de atenção, mas com as medidas que a gente vem implementando desde outubro de 2020 temos obtido resultados satisfatórios”, disse.
À Fórum, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), membro da Comissão da Crise Energética montada no Senado e líder da Minoria, criticou a postura do governo.
“O governo insiste em negar a crise ou atribuí-la a São Pedro, quando a culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência. Quando entramos nesta crise hídrica já eram claros os sinais de um problema energético global”, disse o senador à Fórum.
“O acionamento das térmicas foi o primeiro e mais necessário impulso das autoridades que estão gerenciando o problema. Mas ao estabelecerem as novas bandeiras, mais uma vez o governo errou e faltou planejamento quando não considerou os aumentos do dólar e do petróleo além dessa política de preços suicida da Petrobras. Em breve vamos instalar a Comissão do Senado encarregada de acompanhar a gestão da crise e teremos instrumentos para tentar corrigir esses erros de trajetória que sempre penalizam uma única pessoa: o consumidor final”, completou Jean Paul.
Com informações da CNN Brasil
Fonte: https://revistaforum.com.br/politica/bandeira-escassez-hidrica-nao-sera-suficiente-para-cobrir-custos/
por Juliano Araújo | 23, jul, 2021 | Carvão Mineral, Recursos Hídricos |
As hidrelétricas, que costumam suprir – em média – 65% da eletricidade consumida pelo país, geraram apenas 50%.
Enquanto isso, as geradoras térmicas fósseis (carvão, gás e óleo) que geram na média no máximo, 25% da eletricidade consumida, responderam por 32% de toda geração.
Como a energia fóssil é mais cara, as contas de energia elétrica subiram e deverão ficar pelo menos 5% mais altas até novembro.
Os consumidores irão gastar mais de R$4 bilhões em relação ao previsto no começo de junho, isso fruto das mudanças climáticas que geraram a crise hídrica, somadas as irresponsabilidades dos gestores públicos em não acelerar o plano de geração de energia solar e eólica e biogas, bem como o aceleramento e destruição de florestas e matas ciliares que também são componentes da crise hídrica.
O aumento na conta de luz foi responsável por 25% da inflação no último mês.
Para evitar que esta crise hídrica se torne perene, especialistas recomendam cinco grupos de ações.
1- Aceleramento em se diversificar a matriz de geração para depender menos da (falta de) chuvas. Como o Nordeste tem um potencial imenso de geração eólica e fotovoltaica a desenvolver, será preciso investir no sistema de transmissão, para distribuir essa energia nova por todo o país.
2 – Também será preciso achatar a curva, expressão que se tornou popular durante a pandemia. A demanda de eletricidade tem um pico acentuado na segunda metade das tardes; uma distribuição melhor dessa demanda, reduziria a pressão sobre os reservatórios. Isso irá significar mudanças de hábitos e horários de consumo, e portanto o gestor público elétrico nacional e as autoridades deveriam já ter agido com inteligência e maior resposta.
3 – O planejamento do setor e da operação do sistema precisam incorporar mais e melhor os impactos das mudanças climáticas.
4 – Também será necessário atualizar os dados de capacidade dos reservatórios, que andam superestimados.
5 – Finalmente, há a recomendação de dar liberdade a todos os consumidores para que escolham de quem querem comprar eletricidade.
Sendo que a Eficiência energéticá infelizmente não é costume dos brasileiros, que hoje podem por exemplo substituir geladeiras que consome S 145 kWh por outra de apenas 37 kWh ou ainda máquinas de lavar roupas que consomem apenas 20% da maioria das máquinas ainda disponíveis para venda, sendo que o próprio selo do Inmetro hoje no Brasil está plenamente defasado e ultrapassado.
Com a conta de luz mais alta, os painéis fotovoltaicos instalados em telhados residenciais, do comércio, serviços e indústrias ficam mais atraentes.
Se antes da crise, eles se pagavam por volta de 10 anos, agora o retorno se dá entre 4 a 6 anos, dependendo de onde no país o painel é instalado, os prazos do retorno de investimento são ainda mais achatados, em alguns casos em apenas 2,8 anos.