+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Multa da Petrobrás pelo desastre de Araucária precisa ser aplicada na região atingida

ARAYARA defende também que sejam fomentadas iniciativas pela transição energética justa

A diretora da ARAYARA.org Suelita Röcker e o advogado Rafael Lopes, também do Instituto Arayara, participam nesta quinta, dia 24 de março, da audiência pública sobre os valores firmados no processo do maior desastre ambiental do Paraná. O vazamento de petróleo, que aconteceu no dia 16 de julho de 2000, do duto ligado à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná.

Suelita Röcker presente na audiência pública em Araucária – Paraná

 

No total, quatro milhões de litros de óleo cru foram derramados do OSPAR (Oleoduto Santa Catarina – Paraná) e contaminaram a bacia do Arroio Saldanha e os rios Barigui e Iguaçu. Isso equivale a aproximadamente 25 mil barris de petróleo ou 115 piscinas grandes cheias (capacidade de 35 mil litros). O óleo percorreu uma distância de aproximadamente 100 quilômetros rio abaixo, conforme informações do Sindicato dos Petroleiros de SC e PR.

Contenção do vazamento nos anos 2000

 

Na audiência pública promovida pelo poder judiciário, são tratadas questões sobre a aplicação das verbas do acordo entre o Ministério Público do Paraná com a Petrobrás.

 

Um dos acordos foi um desconto no valor de 600 milhões de reais para a Petrobrás, de um montante de cerca de 2,2 bilhões de reais. A primeira parcela de R$232 milhões já foi paga ao governo do Paraná. No entanto, a maior parte não foi destinada às ações relacionadas ao estrago provocado pelo derramamento de petróleo, como mencionado em denúncias.

 

A ARAYARA.org defende que o recurso seja utilizado na bacia hidrográfica em que ocorreu o desastre ambiental, que provocou impactos significativos nos ecossistemas e nos trabalhadores envolvidos. A organização entende também que o montante deve ser empregado em atividades de recuperação e preservação ambiental para áreas atingidas diretamente pelo dano.

 

As organizações do Conselho de Recuperação dos Bens Ambientais Lesados, criado pelo Governo do Paraná para atender demandas de Ações Civis Públicas não são cadastradas no Cadastro Estadual de Entidades Ambientalistas e não tem viés ambientalista.

 

A ARAYARA argumenta ainda que parte do dinheiro seja investido no fomento a transição energética justa e sustentável para evitar que novos acidentes com combustíveis fósseis aconteçam.

 

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

1 Comentário

  1. Lidia Rodrigues dos santos

    Está multa será destinada a municípios para resolver problemas de lixao a céu aberto como é o caso da cidade de Paranavaí, que conta com um valor desta multa para solucionar um problema do município de saúde pública.

    Responder

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Ministério ignora críticas no próprio governo e mantém carvão em leilão de energia

O Ministério de Minas e Energia manteve a possibilidade de usinas a carvão participarem do próximo leilão de reserva de capacidade de energia. A decisão, às vésperas da COP30 (conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas), foi tomada sob críticas de ambientalistas, entidades de defesa do consumidor e de outras pastas do governo. O carvão desperta preocupação por ser uma

Leia Mais »

Nota de Distrato sobre Subsídios a Termelétricas a Carvão na MP nº 1.304/2025

Manifestação contrária à inclusão de incentivos financeiros a usinas poluentes em tramitação na Comissão de Medidas Provisórias do Senado Federal, em defesa da transição energética justa e da sustentabilidade ambiental O Instituto Internacional ARAYARA e o Observatório do Carvão Mineral manifestam seu mais veemente repúdio a possibilidade dos Senadores da República incluírem na  Medida Provisória n° 1304, de 2025 subsídios

Leia Mais »

LRCAP 2026: nota de desagravo é emitida contra a portaria do MME que prevê leilão de usinas a carvão 

O Instituto Internacional ARAYARA, organização dedicada à justiça climática e à transição energética justa e sustentável, divulgou, ontem (27), uma nota de desagravo contra a Portaria Normativa nº 118/2025 do Ministério de Minas e Energia (MME), publicada em 23 de outubro. A medida estabelece as diretrizes e sistemáticas para o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) 2026, que inclui a

Leia Mais »

ARAYARA apresenta contribuições à Carta do Bioma Pampa e crítica retrocessos ambientais no Rio Grande do Sul

Organização cobra coerência climática do governo estadual, denuncia arquivamento do Zoneamento Ecológico-Econômico e propõe inclusão de medidas sobre mineração do carvão, emergência climática e povos indígenas O Instituto Internacional ARAYARA, referência em justiça climática e transição energética justa, apresentou suas contribuições à consulta pública da Carta do Bioma Pampa, promovida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por

Leia Mais »