+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org
Bahamas

Mudanças climáticas são maior risco global, diz Fórum Econômico Mundial

Problemas relacionados às mudanças climáticas dominam as preocupações de especialistas do Fórum Econômico Mundial para a próxima década. O “Relatório de Riscos Globais 2020”, publicado nesta quarta-feira (15), trouxe, pela primeira vez, a questão ambiental em todos os cinco pontos de atenção para governos e mercados.

Ao todo, para a compilação deste documento, foram ouvidos 750 especialistas e tomadores de decisão globais que chamaram a atenção para cinco riscos ambientais que podem transformar o mundo nos próximos dez anos.

É a primeira vez, em 15 edições do relatório, que todos os problemas apontados têm relação com as mudanças climáticas.

Os 5 maiores riscos globais são:

  1. Eventos climáticos extremos, como enchentes e tempestades
  2. Falhas nos combates às mudanças climáticas
  3. Perda de biodiversidade e esgotamento de recursos
  4. Desastres naturais, como terremotos e tsunamis
  5. Desastres ambientais ​​causados pelo homem

Eventos extremos

O relatório destacou os riscos de eventos climáticos extremos, como inundações ou tempestades como os mais preocupantes a longo prazo. Entre os outros pontos levantados pelos especialistas do Fórum estão o fracasso de governos e mercados em se adaptar adequadamente às mudanças climáticas.

Segundo os analistas, possíveis desastres ambientais causados ​​pelo homem – como derramamentos de óleo ou acidentes nucleares – são outro ponto de atenção. Além disso, apontam para os riscos econômicos que podem ser afetados por desastres naturais, como terremotos ou tsunamis.

“As mudanças climáticas são uma ameaça muito real e séria para a sociedade”, disse Alison Martin, porta-voz do Zurich Insurance Group, uma das instituições consultadas pelo Fórum. “Eventos climáticos extremos, como ondas de calor e inundações, estão se tornando mais comuns e graves, fazendo com que as comunidades enfrentem custos humanitários e econômicos muitas vezes devastadores.”

Riscos

O Fórum Econômico ressaltou também os riscos econômicos desta emergência climática, e citou uma pesquisa de 2018 que estimou em mais de US$ 3 milhões (cerca de R$ 12 milhões) as perdas impactadas pelo desmatamento na Amazônia.

A questão ambiental também se destacou entre as preocupações dos especialistas a curto prazo. Das cinco mais citadas, duas eram relacionadas à questão ambiental.

“O cenário político é polarizado, o nível do mar sobe, e os incêndios relacionados ao clima são devastadores”, disse o presidente do fórum, Borge Brende. “Esse é o ano em que os líderes mundiais devem trabalhar com todos os atores da sociedade para reparar e recuperar nossos sistemas de cooperação, e não apenas no curto prazo, mas para lidar com riscos profundamente arraigados.”

Fonte: G1
Foto: Gonzalo Gaudenzi/AP: Casas foram completamente destruídas pela passagem do furacão Dorian em área de Abaco, nas Bahamas

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Organizações ambientais pressionam ANP por mais transparência e prazo em consulta pública sobre concessão de blocos de petróleo e gás

Nesta terça, 3/9, membros do Instituto Internacional Arayara, da Coalizão Não Fracking Brasil (COESUS), do Observatório do Petróleo e Gás (OPG), Coalizão Energia Limpa e Fé, Paz e Clima participam da Audiência Pública, promovida pela Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que visa fazer uma análise sobre alteração de minutas dispostas para Consulta Pública Nº 02/2024

Leia Mais »

Carta Manifesto sobre derramamento de Petróleo é assinada por mais de 130 organizações e entregue ao MME

Transparência nos processos e indenizações às comunidades afetadas pelo derramamento de 2019 fazem parte dos pleitos apresentadas ao Secretário de Transição Energética,Thiago Barral Após uma semana de negociação com o Ministério de Minas e Energia, por meio da Assistência de Participação Social, representantes do Instituto Internacional Arayara, da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros

Leia Mais »

“Queremos justiça ambiental e reparação aos povos atingidos pelo derramamento de petróleo”, diz a coordenadora do Conselho Pastoral de Pescadores, Andrea Souza

Ato em memória dos 5 anos do maior crime ambiental na costa marítima brasileira reuniu ativistas na Esplanada dos Ministérios, exigindo a responsabilização dos culpados O Instituto Internacional Arayara, em parceria com o grupo Jovens pelo Clima, o GT-Mar (Grupo de Trabalho para Uso e Conservação Marinha), a Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros

Leia Mais »
Reunião CONFREM

Monitor Oceano é apresentado na reunião da CONFREM

A Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (CONFREM), realizou o Encontro de Planejamento e Articulação Interinstitucional, durante os dias 16 e 22 de agosto de 2024, em Brasília (DF). O evento tem o propósito de formular estratégias que assegurem o reconhecimento e a proteção dos territórios extrativistas tradicionais costeiros e marinhos. O Instituto Arayara participou ativamente

Leia Mais »