+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

“Já que vamos ter que remontar boa parte da economia mundial, vamos remontar direito”

O mundo não será mais o mesmo após a pandemia do novo coronavírus. Isso é fato, mesmo havendo quem negue essa realidade – aqueles que acham que a Terra é plana, por exemplo. A questão, agora, é: qual mundo vamos reconstruir? Como moldaremos a economia? Como se comportará a sociedade? Como as mudanças climáticas serão tratadas?

Certo é que precisamos construir um mundo novo tendo como base a ciência e as pesquisas. Elas nos apontam o caminho, pois nos mostram o alto preço que pagamos pelos erros cometidos no passado. O alto valor de subsídios aos combustíveis fósseis no Brasil, por exemplo, deve urgentemente ser revisto. Mais de R$ 85 bilhões foram concedidos à indústria fóssil brasileira em subsídios no ano de 2018.

É tempo de recomeçarmos. E não se pode recomeçar sem levar em conta que vivemos uma emergência climática e que os combustíveis fósseis são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas e sua aceleração nos últimos tempos. Por que não pensamos, então, em uma sociedade carbono neutro? Por que não planejamos economias e cidades que caminhem em direção ao carbono zero?

Esse debate passará, necessariamente, pelo Congresso Nacional. E já tem parlamentar atento ao assunto. O deputado federal Felipe Rigoni (PSB/ES) está otimista com a possibilidade de iniciativas para transição energética avançarem no mundo pós-covid-19. Ele acredita que, por força do mercado, que busca investimentos em projetos sustentáveis, esse otimismo é justificável.

Rigoni é autor de um projeto de lei que obriga empresas de capital abertos a publicarem estimativas de emissão de gases do efeito estufa (GEE).

Além disso, o parlamentar afirma que está “conduzindo um estudo para entender quanto há de fato de isenção de impostos para combustíveis fósseis, mas já sabemos que é muito. E eu gostaria de inverter essa lógica. Se existe um mercado no qual o Brasil pode ser pioneiro e líder mundial é o mercado de energia limpa”.

A população precisa participar desse debate. Afinal, o futuro das próximas gerações dependerá de como vamos nos posicionar a partir de agora. Vamos aprender com os erros do passado? Vamos insistir nos erros e seguir incentivando a indústria fóssil?

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

LAE: Congresso enterra licenciamento ambiental brasileiro

POSICIONAMENTO – INSTITUTO INTERNACIONAL ARAYARA Hoje (2), o Congresso Nacional deve decidir um tema que afeta diretamente a vida de todas as brasileiras e brasileiros: preservar o pouco que ainda resta do licenciamento ambiental — já enfraquecido pela derrubada, em 27 de novembro, de 52 dos 63 vetos do presidente Lula à nova Lei Geral do Licenciamento — ou abrir

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Arayara: liderazgo ambiental e innovación en la COP30

Arayara presentó en Belém el Monitor de Energía, una herramienta que promete revolucionar la transparencia en el sector energético brasileño. Durante la COP30, busqué temas y debates sobre la transición energética. Fue en Arayara donde encontré discusiones de alto nivel sobre los océanos, el tratamiento de residuos, el derecho ambiental y la justicia social. Pero lo que más me llenó

Leia Mais »

A crise hídrica e o alto custo da água na exploração e queima de carvão mineral no Brasil

O Instituto Internacional ARAYARA marcou presença de destaque no Workshop Internacional Sustentare & WIPIS 2025, realizado de 24 a 28 de novembro, em Campinas, São Paulo. Representada presencialmente pela engenheira ambiental Daniela Giovana da Cunha Barros, coordenadora de Projetos e Clima, a organização levou ao ambiente acadêmico um debate crucial sobre a insustentabilidade do carvão mineral e a expansão de

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Organizações criticam extensão de subsídios a usinas de carvão mineral

Lei que mantém subsídios públicos para as usinas termelétricas a carvão minera foi aprovada no primeiro dia útil depois do final da COP30 Organizações ambientais e associações de consumidores criticaram a manutenção até 2040 de subsídios públicos para as usinas termelétricas a carvão mineral. A decisão consta na Lei 15.269, chamada de Marco Regulatório do Setor Elétrico (2025), aprovada na segunda

Leia Mais »