+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Energia solar cada vez mais barata “surpreende o mundo”

Você pode não estar por dentro da transformação que o mundo vem passando por conta das energias renováveis, mas nem pesquisadores, estudiosos e até mesmo organizações internacionais que estudam o tema estavam preparados para o tamanho do crescimento.

No último sábado, o jornal britânico The Guardian dedicou um de seus artigos à impressionante ascensão da energia solar no mundo. De acordo com a publicação, ela se tornou a energia mais barata que a humanidade já viu e está surpreendendo o mundo – sem que ninguém tenha previsto. Eram poucos os que acreditavam que o crescimento da geração de energia limpa fosse se tornar tão intensa nos últimos anos.

Em 2000, a Agência Internacional de Energia (IEA) fez uma previsão de que, em 2020, o mundo teria instalado um total de 18 gigawatts de capacidade solar fotovoltaica. Apenas sete anos depois, a previsão caiu por terra quando cerca de 18 gigawatts de capacidade solar foram instalados em um único ano.

Desde que a agência foi fundada em 1974 para medir os sistemas de energia do mundo e antecipar mudanças, o World Energy Outlook anual tem sido um documento de leitura obrigatória para formuladores de políticas em todo o mundo.

Nas últimas duas décadas, no entanto, a IEA tem falhado em ver o crescimento maciço das energias renováveis ​​chegando. A organização não apenas subestimou a aceitação da energia solar e eólica, mas também superestimou a demanda por carvão e petróleo.

A Agência Internacional de Energia Renovável diz que o custo da eletricidade da energia solar fotovoltaica caiu 82% na última década, enquanto os custos da energia eólica onshore e offshore caíram 39% e 29%, respectivamente.

Hoje, a Forbes destaca um novo relatório que aponta como as energias renováveis, que custam cada vez menos, ​​podem eliminar a eletricidade dos combustíveis fósseis até 2035.

As energias solar e eólica têm o potencial de atender 100 vezes a demanda global de eletricidade, e os custos dessas energias renováveis ​​estão caindo tão rapidamente que os combustíveis fósseis podem ser eliminados da geração de eletricidade até 2035, de acordo com o relatório da organização Carbon Tracker, do Reino Unido.

O relatório revela que as energias solar e eólica têm potencial para produzir milhares de petawatt-hora (PWh) de eletricidade por ano, enquanto a atual demanda mundial de eletricidade é de apenas 27 PWh.

Além disso, o Carbon Tracker mostra que, se todos optassem por obter a nossa energia apenas da energia solar, a terra necessária ocuparia apenas 450.000 km2 – apenas 0,3% da área terrestre total do mundo e menos do que o espaço ocupado atualmente por operações da indústria de combustível fóssil.

Com essa descoberta, a organização afirma que “a era dos combustíveis fósseis acabou”. Nas taxas de crescimento atuais, as energias solar e eólica poderiam eliminar os preços dos combustíveis fósseis dos mercados de eletricidade do mundo em meados da década de 2030 e, em 2050, poderiam substituir totalmente os combustíveis fósseis.

Brasil a caminho da energia solar

No Brasil, estima-se que até 2024 mais de 880 mil sistemas de energia solar estarão em funcionamento.

O mercado de energia solar vem crescendo consideravelmente no país, principalmente para uso residencial, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). A redução dos gastos com faturas de energia contribui para economia do país e geração de empregos.

Vale destacar que uma usina solar de 100 MWp gera energia para 20 mil casas e evita a emissão de 175 mil toneladas de CO2 por ano.

Leia também: De um lado, a queda dos combustíveis fósseis. Do outro, o aquecimento global

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA assume cadeira no Comitê de Bacias Hidrográficas do Norte Pioneiro do Paraná

O Instituto Internacional ARAYARA passou a integrar oficialmente o Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Cinzas, Itararé, Paranapanema 1 e 2 — conhecido como CBH Norte Pioneiro do Paraná. A posse ocorreu durante a 8ª Reunião Extraordinária do colegiado, realizada na última quarta-feira (13), marcando o início do mandato 2025-2029. Representada pela professora e ambientalista Izabel Cristina Marson (titular) e

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Los tribunales brasileños comienzan a asignar un valor monetario a los daños climáticos

Brasil está impulsando un nuevo enfoque en los litigios climáticos que proporciona a los jueces herramientas concretas para medir y asignar un valor económico a los daños climáticos causados por la deforestación Por Isabella Kaminski | 13/08/2025 | Ecología social Fuentes: dialogue.earth/es/ En todo el mundo se ha intentado utilizar la ley para responsabilizar por el cambio climático a las empresas contaminantes. Sin embargo, ninguna demanda

Leia Mais »

Aulão: entidades reforçam mobilização nacional contra o “PL da Devastação”

Na tarde de ontem (13), o Instituto Internacional Arayara integrou um debate online promovido pela Frente Nacional contra o “PL da Devastação”, transmitido ao vivo pelo canal da coalizão no YouTube. A iniciativa  reuniu especialistas, estudantes, organizações e movimentos sociais para discutir os riscos ambientais, políticos e jurídicos do Projeto de Lei 2.159, que flexibiliza o licenciamento ambiental no Brasil.

Leia Mais »

Organizações da sociedade civil e lideranças indígenas debatem a escalada da violência contra povos e territórios

Dados do Caderno de Conflitos no Campo 2024 mostram um cenário preocupante, com 2.185 conflitos e 13 assassinatos registrados, o segundo maior número da década Na tarde de ontem (12), as mobilizadoras do Instituto Internacional ARAYARA, Raíssa Felippe e Laís Drumond, participaram em Brasília de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos

Leia Mais »