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COP26: Arayara lança nesta quinta (4) relatório sobre legado tóxico da usina termelétrica Jorge Lacerda em Santa Catarina

COP26: Arayara lança nesta quinta (4) relatório sobre legado tóxico da usina termelétrica Jorge Lacerda em Santa Catarina

Será divulgado o mapa da contaminação sobre cerca de um milhão de pessoas que são impactadas pela indústria do carvão no Estado; o governador do RS, Eduardo Leite, participará do debate de lançamento

O Instituto Internacional Arayara, o Observatório do Carvão, o Instituto Clima e Sociedade – iCS e a organização Coal Watch lançam nesta quinta-feira (4), durante a COP26 em Glasgow (Escócia), o relatório técnico “O legado tóxico da Engie-Diamante-Fram Capital no Brasil: Mapa da Contaminação e Destruição Geradas pelo Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e pelas Minas de Carvão que o Abastecem”.

O debate, que será transmitido em português e inglês pela internet,  terá as presenças de Eduardo Leite (Governador do RS), Nicole Oliveira (diretora do Instituto Arayara e do Observatório do Carvão Mineral),  Roberto Kishinami (Instituto Clima e Sociedade, iCS), Ricardo Baitelo, (Instituto de Energia e Meio Ambiente, IEMA) e Lucie Pinson (Reclaim Finance, TBC).

O governador Eduardo Leite abordará os problemas relacionados ao projeto da Mina Guaíba, a maior mina de carvão a céu aberto da América Latina, localizada no RS. O projeto só não foi implementado devido à Ação Civil Pública protocolada na justiça federal em outubro de 2019 pelo Instituto Internacional Arayara. Espera-se que durante o evento o governador gaúcho anuncie uma nova política estadual gaúcha para o carvão mineral.

O legado tóxico da Engie em SC

No debate, será analisada a atuação da empresa Engie no Brasil, proprietária até há pouco do Complexo Termelétrico de Jorge Lacerda. Desde março de 2021, técnicos do Instituto Internacional Arayara vêm realizando coletas recorrentes de sedimentos, de água e de amostras do solo no entorno da Termelétrica Jorge Lacerda e das minas que a abastecem.

Os resultados da análise destes materiais confirmam que estão contaminadas áreas residenciais e agrícolas, expondo uma população de mais de um milhão de pessoas a severos riscos à saúde. Estima-se que os custos para a recuperação ambiental e reparação dos danos causados à saúde da população ultrapassem em muito os R$1,5 bilhão que já foram contemplados em Ações Civis Públicas em andamento ou em execução.

Dia: 04/11/2021

Horário: 7:00 as 8:00 horário de Brasília 

O debate será transmitido em português e inglês na página do Brazil Climate Hub

https://auditoriobrazilclimatehub.nerdetcetera.com/

e o chat estará aberto para perguntas.

Local do debate em Glasgow: Brazil Climate Action Hub – COP26, Blue Zone, Hall 4, entrada 4B – Pavilhão 47

Organizadores:

Arayara.org

Observatório do Carvão Mineral

Instituto Clima e Sociedade

ClimaInfo

Mais informações:

Na COP26: Nicole Figueiredo de Oliveira (nicole@arayara.org)

No Brasil: Assessoria de imprensa Carlos Tautz (carlos.tautz@arayara.org e 21-99658-8835)

Ministério da Energia diz que “bandeira Escassez Hídrica não será suficiente” para cobrir custos

Ministério da Energia diz que “bandeira Escassez Hídrica não será suficiente” para cobrir custos

“A culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência do governo”, disse o senador Jean Paul (PT), membro da Comissão da Crise Energética do Senado

O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta quarta-feira (13) que nem a bandeira tarifária de escassez hídrica que fez o preço da conta de luz explodir está sendo capaz de cobrir os custos para a manutenção da segurança energética do país.

Segundo Marisete Dadald, secretária-executiva da pasta, os gastos estão sendo muito maiores do que o previsto pelo governo Jair Bolsonaro. As distribuidoras de energia pressionam por um novo aumento alegando déficit financeiro.

“A bandeira ‘Escassez Hídrica’… não será suficiente para a cobertura de todos os recursos que nós utilizamos para a segurança energética”, disse a secretária-executiva durante evento.

Mesmo assim, Dadald tentou passar tom otimista, em certa negação da realidade. “Estamos ainda em um momento de atenção, mas com as medidas que a gente vem implementando desde outubro de 2020 temos obtido resultados satisfatórios”, disse.

À Fórum, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), membro da Comissão da Crise Energética montada no Senado e líder da Minoria, criticou a postura do governo.

“O governo insiste em negar a crise ou atribuí-la a São Pedro, quando a culpa é claramente da falta de planejamento e da incompetência. Quando entramos nesta crise hídrica já eram claros os sinais de um problema energético global”, disse o senador à Fórum.

“O acionamento das térmicas foi o primeiro e mais necessário impulso das autoridades que estão gerenciando o problema. Mas ao estabelecerem as novas bandeiras, mais uma vez o governo errou e faltou planejamento quando não considerou os aumentos do dólar e do petróleo além dessa política de preços suicida da Petrobras. Em breve vamos instalar a Comissão do Senado encarregada de acompanhar a gestão da crise e teremos instrumentos para tentar corrigir esses erros de trajetória que sempre penalizam uma única pessoa: o consumidor final”, completou Jean Paul.

Com informações da CNN Brasil

Fonte: https://revistaforum.com.br/politica/bandeira-escassez-hidrica-nao-sera-suficiente-para-cobrir-custos/

Pesquisa pioneira no Brasil propõe o uso de energia do solo para climatizar edifícios

Pesquisa pioneira no Brasil propõe o uso de energia do solo para climatizar edifícios

Pesquisadora da Escola de Engenharia de São Carlos avaliou se as fundações de prédios podem ajudar no conforto térmico dos ambientes; a primeira edificação do País que contará com a tecnologia já começou a ser construída na capital paulista

Por Assessoria de Comunicação da EESC, com informações de Thaise Morais

Pela primeira vez na história, o Brasil terá um prédio que usa energia do solo para climatizar seus ambientes. O feito inédito é continuidade de uma pesquisa inovadora, realizada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, que avaliou o uso das fundações de edifícios como meio para a troca de energia térmica entre o prédio e o subsolo. A experiência internacional com o uso dessa tecnologia, baseada em energia geotérmica (do interior da Terra), tem relatado considerável economia no consumo de energia para climatização (aquecimento e resfriamento). Aqui no Brasil, a expectativa com a implementação desse sistema é de que as despesas com o consumo de energia elétrica por aparelhos de ar-condicionado sejam reduzidas. Batizado de CICS Living Lab, a edificação brasileira já começou a ser construída na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.

Foi a pesquisadora Thaise Morais, do Departamento de Geotecnia (SGS) da EESC, que desenvolveu a primeira tese de doutorado brasileira para avaliar o desempenho dessa tecnologia nas condições de clima e solo do Brasil. Ela explica que a energia geotérmica é aquela encontrada dentro da crosta terrestre, seja no solo, rochas ou mesmo na água, sendo identificada pela temperatura. Esta energia pode ser transferida para a superfície por processos de troca térmica a partir das fundações da edificação. “A temperatura da região que vai desde a camada superficial da crosta terrestre até algumas centenas de metros de profundidade é resultado das interações naturais que ocorrem entre o ambiente externo e o interior da crosta. Assim, o solo funciona como uma espécie de bateria ou reservatório de energia térmica”, descreve a especialista.

 Esquema ilustra como funciona o sistema de aproveitamento de energia geotérmica para climatizar ambientes – Foto: Thaise Morais

O sistema inovador no País capta ou rejeita calor do/no solo por meio das estacas que compõem a própria fundação do edifício. Essas estacas ficam enterradas e, por estarem em contato direto com o subsolo, possuem uma grande área de contato para a troca térmica. Através de tubos instalados no seu interior e com a ajuda de um fluido, a energia térmica é levada até a superfície, onde uma bomba geotérmica faz a troca de calor entre o subsolo e os ambientes do prédio. “Nos testes, usamos água potável como fluido para a troca de calor entre a fundação e o subsolo. A bomba troca calor com a água a partir de um outro fluido refrigerante que circula em seu interior. Essa troca é feita de forma contínua e repetitiva até que a temperatura desejada para o ambiente seja alcançada”, relata a pesquisadora.

“A experiência internacional tem demonstrado que este tipo de sistema tem sido eficiente e bem-sucedido para aquecer ou resfriar os ambientes e na redução do consumo de energia. O uso destas estruturas tem sido incentivado na Europa pelo governo a fim de reduzir os gastos e a emissão de dióxido de carbono”, lembra Thaise. No Brasil, a novidade ainda não tem um custo definido, mas a longo prazo, o investimento é compensado pela economia dos gastos com energia elétrica.

Aspectos ambientais e de economia foram o incentivo para um engenheiro de minas austríaco criar o sistema de bomba de calor em 1855. A tecnologia é uma das realizações de engenharia mais sofisticadas do século 20. “São dispositivos simples, que realizam o transporte de calor em alto nível de eficiência. Nós realizamos testes de troca térmica entre a fundação e o subsolo em escala real no Campo Experimental de Fundações da EESC, em São Carlos. Além disso, também fizemos ensaios mecânicos e testes térmicos no solo. Os resultados foram muito positivos”, conta Thaise.

Experimentos realizados na Escola de Engenharia de São Carlos atestaram a viabilidade do sistema para utilização em solo brasileiro – Foto: Thaise Morais

O sistema de aproveitamento de energia geotérmica pode ser aplicado em todos os tipos de edifícios. Antes disso, porém, é preciso conhecer as propriedades térmicas do subsolo daquela localidade e analisar as condições de clima e demanda térmica da edificação. “Já se sabe que a partir de poucos metros de profundidade a temperatura do solo praticamente não muda durante o ano, apesar de variar no ambiente externo, e é semelhante à média da temperatura atmosférica anual do local. O Brasil é um país de extensão continental que apresenta temperaturas anuais médias que variam de acordo com a região. Portanto, a eficiência desse sistema, que proporciona redução nos custos operacionais dos edifícios a longo prazo, deve variar regionalmente”, afirma a especialista.

A demanda por fontes alternativas de energia renovável tem aumentado mundialmente e sua utilização já se tornou corriqueira nos projetos de edificações, o que amplia a busca por tecnologias que utilizem energia limpa. Já aplicada em outros países da Europa e nos Estados Unidos há pelo menos 20 anos, o sistema geotérmico é uma das aplicações de energia renovável que mais crescem no planeta. No entanto, seu uso nunca havia sido estudado para implementação em território brasileiro, que possui clima distinto dos países que já o utilizavam.

Trabalhadores instalam as estacas para a realização de testes em escala real no Campo Experimental de Fundações da Escola de Engenharia de São Carlos – Foto: Thaise Morais

“A experiência internacional tem demonstrado que este tipo de sistema tem sido eficiente e bem-sucedido para aquecer ou resfriar os ambientes e na redução do consumo de energia. O uso destas estruturas tem sido incentivado na Europa pelo governo a fim de reduzir os gastos e a emissão de dióxido de carbono”, lembra Thaise. No Brasil, a novidade ainda não tem um custo definido, mas a longo prazo, o investimento é compensado pela economia dos gastos com energia elétrica.

Grande parte do consumo de energia elétrica no Brasil é direcionada aos edifícios, com uma importante parcela relativa ao uso de sistemas de climatização artificial. Estima-se ainda que o consumo de energia elétrica para sistemas de ar-condicionado no Brasil passará de 18,7 Terawatt-hora (TWh), em 2017, para, no mínimo, 36,8 TWh no ano de 2035. “A demanda por climatização artificial nas edificações brasileiras – seja para esquentar ou refrescar o ambiente – é e ainda será uma parcela considerável do consumo de energia elétrica nacional, gerando impacto na geração e no meio ambiente”, acredita a pesquisadora.

Entre os anos de 2005 e 2017, apenas o setor residencial brasileiro mais que duplicou a posse de aparelhos de ar-condicionado – Foto: Canva

A busca dos brasileiros por uma temperatura confortável em casa ou no trabalho coloca o País como o quinto maior consumidor de aparelhos de ar-condicionado do mundo. Dados do Ministério de Minas e Energia mostram que entre os anos de 2005 e 2017 apenas o setor residencial brasileiro mais que duplicou a posse desses equipamentos, tendo aumentado sua participação no consumo total de energia elétrica dentro das casas de 7%, em 2005, para 14% em 2017. Diante da necessidade de reduzir o consumo de energia elétrica com ar-condicionado no Brasil, o sistema baseado na troca de energia térmica com o subsolo a partir das fundações pode ser uma alternativa aos tradicionais sistemas de climatização.

Os estudos realizados na EESC, que começaram em 2014, contaram com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), via projeto de pesquisa coordenado pela professora Cristina Tsuha, que foi orientadora de Thaise, e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que concedeu bolsa de doutorado à pesquisadora.

A tese de Thaise venceu o Prêmio Costa Nunes da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica como melhor tese de doutorado do biênio 2018-2019. A pesquisadora, que concorreu com trabalhos do País inteiro e de diferentes áreas da Geotecnia, celebrou o reconhecimento. “Além de representar a importância do meu trabalho, a vitória também acaba divulgando a inovação e a relevância em implantar esse tipo de sistema no Brasil. Estamos no caminho certo”, conclui.

Projeto do edifício que será construído na Escola Politécnica da USP, em São Paulo – Foto: Aflalo & Gasperini

“Laboratório vivo” de tecnologias sustentáveis

O prédio em construção na USP, em São Paulo, é financiado pelo Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS-USP), que é um ecossistema com representantes de empresas e da academia dedicado a acelerar a inovação, a sustentabilidade e a produtividade na construção civil. O edifício será usado pela Escola Politécnica como um “laboratório vivo”, onde novas tecnologias sustentáveis e materiais inéditos serão testados. As obras estão paralisadas atualmente por conta da pandemia, mas devem ser retomadas assim que possível.

Obras do CICS Living Lab já começaram na capital paulista – Foto: Cristina Tsuha

Texto: Assessoria de Comunicação da EESC, com informações de Thaise Morais

Mais informações: e-mail eesc.jornalista@usp.br, na Assessoria de Comunicação da EESC, ou (16) 99727-2257 (WhatsApp exclusivo para atendimento à imprensa)

#EnergiaGoetérmica #ConstruçãoCivil #ESSC #USP #EngenhariaAmbiental

Região Nordeste bate novo recorde de geração de energia eólica e solar

Região Nordeste bate novo recorde de geração de energia eólica e solar

A Eletricidade produzida pelos ventos em 21 de julho foi suficiente para atender quase 100% da demanda local no dia

Informações obtidas da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), no dia 19 de julho, a geração instantânea alcançou 2.211 MW , montante suficiente para atender a 20% da demanda do Subsistema do Nordeste naquele momento. O último recorde do tipo foi registrado no dia 28 de junho.

O Nordeste também tem tido bom desempenho em outra fonte de energia limpa: a eólica, gerada pelo vento. O terceiro recorde de geração média do mês ocorreu no dia 21 de julho, quando o ONS identificou a marca inédita de 11.094MW médios, valor capaz de atender quase 100% da demanda da região no dia.

“Em 2021, já entraram em operação mais de 3.400 MW provenientes das mais diversas fontes de energia, com a solar correspondendo a 48% dessa expansão. Atualmente, 85% da nossa matriz elétrica é limpa e renovável”, destacou o secretário Adjunto de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Domingos Romeu Andreatta.” 

Porém  o governo federal persiste em incentivar a implantação de novas termoelétricas a carvão Mineral que significam sempre : 

1) Aumento nas emissões de GEE gases de efeito estufa . Acelerando as mudanças climáticas e a crise hídrica 

2) Aumento significativo das tarifas de energia de consumidores domésticos , rurais e industriais .  Gerando aumentos de custo de vida e encarecimento da produção agrícola e de bens de consumo .

De acordo com o ONS, a energia eólica hoje representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim do ano atingindo 11,2%. A solar representa 1,9% da produção do país, podendo atingir 2,6% até dezembro de 2021.

Energia solar

Em julho foi inaugurado, em Pernambuco, três usinas solares no município de São José do Belmonte, em Pernambuco. Segundo o Ministério de Minas e Energia, deverá ser o maior complexo da América Latina em geração de energia solar. As usinas são capazes de abastecer cerca de 800 mil famílias. Os investimentos chegaram a R$ 3 bilhões e as obras de construção geraram 2.500 empregos diretos e indiretos.

Nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada (gerada por grandes usinas como hidrelétricas e termelétricas) foi de 200%, enquanto que a solar distribuída (gerada no local de consumo ou próximo a ele) passou de 2.000%.  O crescimento excepcional do setor se deu especialmente devido os inúmeros aumentos das tarifas de energia realizadas pelo governo federal e o consumo de energia geradas por térmicas a carvão , gás e óleo que pressionam o sistema elétrico nacional e tarifas .

É essencial um novo marco energético e políticas públicas subnacionais de incentivo às energias renováveis e GD geração distribuída, bem como acesso a financiamentos subsidiária de auto geração éolica , solar e Biogas , bem como plano audaciosos de Eficiência Energética .

O Observatório do Carvão Mineral ( OCM ), a COESUS Coalizão Não Fracking Brasil  e a Fundação ARAYARA.ORG tem atuado junto aos governos subnacionais, MME, Ministerio da Economia e Congresso Nacional , propondo o melhor caminho para a TRANSIÇÃO JUSTA e a TRANSIÇÃO ENERGÉTICA.

Crise hídrica nada mais é que crise climática!

Crise hídrica nada mais é que crise climática!

A consequência: sua conta de luz ficou mais alta

Energia elétrica mais cara em 14 estados do Brasil 

O reajuste de concessionárias desde janeiro de 2021 , 31 distribuidoras já repassaram ao consumidor um aumento médio de 7% e a tendência é a energia elétrica dos consumidores seguir em ascensão.

Os Consumidores de 14 estados tiveram um aumento na conta de luz acima do que era esperado, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu aplicar a bandeira vermelha 2, tarifa extra mais cara, em meio à crise hídrica, gerada pela catástrofe climática que se acentua em todo planeta.
As concessionárias de energia dos Estados que mais elevaram suas tarifas são:
– São Paulo;
– Paraná;
– Minas Gerais;
– Rio Grande do Sul.

No estado de São Paulo , a tarifa que recebeu a maior alta foi na região  de atuação da Cooperativa de Eletrificação Rural de Itaí Paranapanema-Avaré Ltda (Ceripa), com uma elevação de 15,29%. Já a menor foi a da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com 1,28%. 

Devido a Crise hídrica, a geração de energia hidráulica no País foi reduzida e termoelétricas a carvão, a gás e óleo foram ligadas, gerando novas bandeiras e aumentos drásticos tarifários.  Fora isso a política atual de continuar subsidiando térmicas e geração de energia através de combustíveis fósseis irão atingir em cheio o setor produtivo ( empresas e indústrias), bem como o consumidor final.
As soluções existem, e vão de :
– auto geração de energia ( painéis solares)
– eficiência energética, com a substituição de motores, ar condicionados, geladeiras, máquinas de lavar e secar, equipamentos eletrônicos com alta eficiência energética e baixo consumo.
– melhorias térmicas em construção de edificações.
– reformas de casas e prédios com a substituição de janelas maiores com maior eficiência termodinâmicas e de iluminação natural.
– políticas públicas que visem a eficiência do sistema elétrico nacional com o uso intensivo de energia eólica, solar e biomassa para gerar economia do consumo de água das hidroelétricas.
– incentivo de iptu e impostos reduzidos na aquisição de serviços e equipamentos de geração distribuída (GD).
– eliminação de uso de fontes fósseis que geram e acentuam as mudanças climáticas, a grande vilã da energia cara.

Enfim, temos desafios e a necessidade de investir em novas tecnologias e Energias como o hidrogênio verde e o aceleramento da transição energética e a implementação da transição justa.


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Alemanha quer o Brasil como parceiro para importação de hidrogênio verde

Alemanha quer o Brasil como parceiro para importação de hidrogênio verde

Na busca por atender a futura demanda doméstica de energia baseada em energias renováveis e de baixo carbono, a Alemanha busca parceiros no mundo para importação de hidrogênio verde e considera que o Brasil pode ser um dos grandes exportadores do energético. Foi o que disse a representante do governo alemão, Peggy Schulz, em evento realizado nesta terça-feira, 25 de maio, pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

A executiva afirmou que esse é um ponto estratégico ao país europeu. A Alemanha está investindo 9 bilhões de euros em parcerias para desenvolvimento e tecnologias ligadas ao hidrogênio e nesse pacote de estímulos destinados a essa energia, o Brasil pode ser um grande parceiro.

“O consumo de hidrogênio é de 2,5TWh, mas estamos projetando que até 2030 teremos demanda de 90 a 110 TWh, ou seja, seremos um grande importador de energia. Queremos que essa energia seja verde”.

Schulz acrescenta que a Alemanha visa inclusive a compra a longo prazo de hidrogênio e derivados, dando mais segurança aos players deste setor. Hoje o hidrogênio verde – que não emite gases de efeito estufa – responde só por 4% da produção mundial. Entretanto, com as metas estabelecidas pelo Acordo do Clima de Paris, essa participação deve crescer muito nesta década.

Renováveis

Dados do Hydrogen Council, apontam que a produção e exportação do hidrogênio deverá responder, em 2050, por 20% de toda a demanda de energia global, gerando um mercado de US$ 2,5 trilhões. Como o Brasil tem cerca de 80% da sua matriz elétrica renovável, pode se tornar um dos grandes protagonistas desse mercado.

Hoje o Brasil tem um dos menores custos marginais para geração de energias renováveis e isso é fundamental para barateamento do processo de eletrólise. Fontes como solar, eólica, biomassa, biogás e etanol entram no rol de opções para geração de hidrogênio verde.

O olhar especial dos alemães pelo Brasil se justifica também porque 60% das empresas alemãs que trabalham no desenvolvimento de hidrogênio verde têm subsidiárias no Brasil e 95% das companhias globais também têm subsidiárias no país.

Para Ansgar Pinkowski, gerente de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, o Brasil tem uma grande oportunidade de geração desse energético e se tornar um dos principais players do mundo e ser exportador desta nova commodity.

O Brasil tem acesso à tecnologia de ponta para elaboração de sua economia de hidrogênio verde. Ou seja, tecnologicamente nós já estamos na ponta com a ajuda de empresas internacionais”.

Produção concentrada

Hoje apenas quatro empresas estão produzindo e distribuindo hidrogênio no Brasil: White Martins, Air Liquide, Air Products e Messer. O uso ainda é concentrado na indústria. A Petrobras é o maior produtor, mas a companhia utiliza quase 95% de tudo o que produz para o refinamento de óleos combustíveis.

“No final do ano passado, a gente não viu o uso comercial de hidrogênio para fins energéticos, mas acreditamos que isso deverá acontecer logo”, diz Pinkowski.

Fonte: Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN)