+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Brasilien: Widerstand gegen neue Erdöl-Auktionen in Naturschutznähe

Brasília. Am 17. Juni plant die brasilianische Erdölagentur ANP die Versteigerung von 172 neuen Erdölförderlizenzen an Land und auf See. Die Regierung unter Präsident Luiz Ignácio Lula da Silva setzt damit – wenige Monate vor der UN-Klimakonferenz COP30 in Belém – ihren Kurs zur Ausweitung der Erdölförderung fort. Umwelt- und Indigenenorganisationen protestieren energisch gegen die Auktion, da viele der Blöcke sich in ökologisch hochsensiblen Gebieten befinden.

05.06.2025 Brasilien / Umwelt

Vergabe von Erdöl-Lizenzen umstritten. Naturschutzgebiete direkt bedroht. Warnung vor irreversiblen Schäden

Von Ulrike Bickel

amerika21

Besonders umstritten sind 47 Förderblöcke an der Mündung des Amazonas sowie 17 Blöcke im Potiguar-Becken, nahe der UNESCO-Schutzgebiete Fernando de Noronha und Atol das Rocas. Weitere sechs Blöcke liegen im Parecis-Becken, das sich von Rondônia bis Mato Grosso erstreckt. Expert:innen warnen vor irreversiblen Schäden für marine Ökosysteme, bedrohte Arten und lokale Bevölkerungen.

Das Arayara-Institut hat bei Gerichten in vier Bundesstaaten Zivilklagen eingereicht. Es argumentiert, dass 68 Prozent der angebotenen Blöcke ohne rechtliche Grundlage ausgeschrieben seien, da das zugrundeliegende interministerielle Dokument einen Tag nach der Auktion ausläuft. Außerdem seien weder Umweltverträglichkeitsprüfungen noch die nach internationalem Recht verpflichtende Konsultation der betroffenen Gemeinschaften durchgeführt worden.

Das Institut fordert die sofortige Aussetzung der Auktion und betont die sozialökologischen Risiken für indigene Territorien, Fischerei und nachhaltigen Tourismus. Die geplanten Bohrungen gefährden empfindliche Riffsysteme, unterminieren Brasiliens Anpassungsfähigkeit an den Klimawandel und widersprechen internationalen Verpflichtungen, etwa der UN-Erklärung über die Rechte indigener Völker.

Keine Werbung, keine Paywall, aber trotzdem Nachrichten aus Lateinamerika?

Das geht nur mit den Spenden unserer Leserinnen und Leser. Unterstützen Sie uns jetzt.

Mehr erfahren

Jetzt Spenden

Auch die Bundesstaatsanwaltschaft von Pará spricht sich gegen die Auktion aus. Sie fordert, mindestens die 47 Blöcke im Amazonas-Mündungsgebiet auszuschließen. Schon die zwischen 2013 und 2014 versteigerten Blöcke in dieser Region konnten nie in Betrieb genommen werden, da das Unternehmen keine glaubhafte Strategie zur Vermeidung oder Bewältigung von Ölunfällen vorlegen konnte. Sollte die ANP die Empfehlung ignorieren, behält sich die Staatsanwaltschaft weitere rechtliche Schritte vor.

Gleichzeitig organisiert Arayara lokale Widerstandsnetzwerke, etwa auf dem Archipel Fernando de Noronha, wo Ende Mai ein Treffen mit Vertreter:innen von Umweltbehörden, Zivilgesellschaft, Wissenschaft und Politik stattfand. Die Bevölkerung sei sensibilisiert und bereit, sich weiteren Versuchen zur Ölförderung zu widersetzen.

Die ANP verteidigt ihr Vorgehen und spricht von zwölf Unternehmen, die bereits Interesse an der Auktion bekundet hätten. Kritiker hingegen werfen der Agentur vor, eine Wiederholung der gescheiterten Auktion von 2021 anzustreben. Damals hatte es kaum Interesse an den Blöcken gegeben – eine Niederlage für die Bolsonaro-Regierung. Diesmal bleibt deutliche Kritik aus dem progressiven Lager weitgehend aus.

Umweltschützer:innen kritisieren das Festhalten an der Auktion als gravierenden politischen Fehler, da keine der Lizenzen den nationalen und internationalen Umweltstandards entspreche. Die Auktion sei ein Rückschritt für den Schutz von Klima und Biodiversität und gefährde die Glaubwürdigkeit der brasilianischen Umweltpolitik.

Was Sie auch interessieren könnte …

Brasilien: Präsident Lula verurteilt israelische Offensive in Gaza scharf

31.05.2025 Artikel von Maria Luziara Hatje

Manager in Honduras wegen illegaler Bergbauaktivitäten und Umweltdelikten vor Gericht

19.05.2025 Artikel von Anna Rösch

Trotz Klimakrise und Dürre: USA fordern von Mexiko Wasserlieferungen

12.05.2025 Artikel von Ulrike Bickel

Trotz US-Zwangsmaßnahmen: Erdölproduktion in Venezuela auf Fünf-Jahres-Hoch

17.07.2024 Artikel von Ricardo Vaz

Fonte: Amerika 21

Foto: Luz Dorneles – Arayara

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Ministério do Meio Ambiente realiza oficina para construção do Plano Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais

Na última quarta-feira (13), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) deu início à segunda oficina de construção do Plano Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs). O Instituto Internacional ARAYARA marcou presença no encontro, que reuniu 27 das 28 representações de PCTs reconhecidos no Brasil para debater diretrizes de uma política pública capaz de transformar em

Leia Mais »

ARAYARA envia contribuições à Consulta Pública da FEPAM sobre áreas de risco e licenciamento ambiental 

O Instituto Internacional ARAYARA enviou suas contribuições à consulta pública promovida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), que discute a minuta da Diretriz Técnica sobre critérios e condições para o licenciamento ambiental de empreendimentos localizados em áreas suscetíveis a inundações, enxurradas e alagamentos. A consulta que estava disponível no site oficial da fundação foi encerrada no dia 16 de

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Linha de impedimento

Instituto ARAYARA protocola Ação Civil Pública contra preços abusivos para hospedagem na COP30 Na quinta-feira, 7 de agosto, o Instituto Internacional ARAYARA entrou em campo contra um adversário nada sustentável: os preços abusivos da hospedagem para a COP30, a ser realizada em Belém. A instituição protocolou uma Ação Civil Pública no Tribunal de Justiça do Pará para tentar frear a escalada especulativa

Leia Mais »

Inclusão de comunidades tradicionais e coerência nos compromissos climáticos são debatidos em encontro preparatório para a COP 30

Na tarde de ontem (14), em encontro promovido pelo PSOL para reunir contribuições da sociedade civil aos encaminhamentos brasileiros na COP 30, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, abriu os trabalhos apresentando um panorama dos compromissos climáticos esperados para a conferência, com destaque para o fortalecimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre. Guajajara ressaltou que o financiamento climático deve

Leia Mais »