+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Arayara flagra descumprimento de ordem judicial pela KPS

Empresa foi intimada a suspender instalação das termelétricas, mas mantinha as atividades normalmente nesta sexta-feira

Ong protocolou denúncia junto à Capitania dos Portos do Rio de Janeiro e junto ao Ministério Público Estadual

Uma equipe do Instituto Internacional Arayara registrou, no início da tarde desta sexta-feira (5/8), o flagrante de descumprimento de uma ordem judicial pela empresa Karpowership (KPS), proprietária das termelétricas flutuantes que estão sendo instaladas na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. A empresa havia sido intimada a suspender qualquer atividade de instalação do empreendimento até que seja apresentado e aprovado o EIA-RIMA – estudos de impacto ambiental e respectivo relatório, sob pena de multa de R$ 500 mil.

“O que nós estamos vendo aqui é um crime de desobediência a uma ordem judicial”, afirmou a diretora executiva da Arayara, Nicole Oliveira, que esteve in loco na Baía de Sepetiba, junto de outros integrantes da ONG, que registraram as movimentações junto às usinas flutuantes da KPS. Após o flagrante, foram protocoladas denúncias do descumprimento da intimação junto à Capitania dos Portos e junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Equipe Arayara na abordagem a uma das embarcações da KPS

Diretora executiva, Nicole Oliveira, e diretora de Educação e Projetos, Suelita Röcker, na sede do MPRJ, protocolando a denúncia

A intimação recebida pela Karpowership na quinta-feira (4/8) é referente a uma decisão judicial que havia sido publicada no dia 22 de julho e que atendia a um pedido do MPRJ e da Arayara para cumprimento de sentença de processo já transitado em julgado. A sentença proíbe a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) de isentar de EIA-RIMA empreendimentos de alto impacto. A juíza da 2ª Vara Pública do Rio de Janeiro, Georgia Vasconcellos da Cruz, acatou o pedido e determinou a suspensão imediata da instalação do empreendimento – composto de quatro termelétricas flutuantes e uma unidade de armazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito (GNL).

O Estado do Rio de Janeiro também havia recebido a intimação para cumprimento da decisão judicial na última terça-feira (2/8). Até então, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que dispensou a exigência do EIA-RIMA para a KPS, alegava que não havia sido notificado.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Ambientalistas pedem suspensão de leilão da ANP e preparam ação judicial

Ambientalistas alegam riscos para áreas ambientalmente sensíveis, como Foz do Amazonas e Potiguar. Governo afirma cumprir regras ambientais e minimiza ação, enquanto organizações prometem ação judicial BRASÍLIA – Ambientalistas e organizações da sociedade civil, integrantes do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), encaminharam um manifesto a vários órgãos federais esta semana, no qual pedem a suspensão imediata do próximo leilão

Leia Mais »

Falta de quórum impede andamento da CPI do Rio Melchior no DF pela terceira vez

A terceira reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a poluição do Rio Melchior, no Distrito Federal, foi cancelada nesta quinta-feira (24), mais uma vez por falta de quórum. Desde a primeira reunião a CPI não consegue ser realizada pelo não comparecimento de todos os deputados distritais. A ausência de parlamentares, incluindo suplentes, gerou críticas por parte

Leia Mais »

Organizações do CONAMA e CNEA se posicionam contra expansão da indústria do petróleo na costa amazônica

Organizações da sociedade civil integrantes do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e do CNEA (Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas), por meio de proposta do Instituto Internacional ARAYARA, manifestaram publicamente sua oposição à expansão da indústria do petróleo no Brasil, destacando especial preocupação com os impactos na costa amazônica. As entidades se posicionaram contra a realização do 5º Ciclo da

Leia Mais »