Foto: SEB (Bambi sentada à beira de lagoa no Santuário de Elefantes do Brasil)
Mais uma vitória da garantia da liberdade para todos os seres vivos. Após a campanha ‘Bambi fica na Manada’ junto a uma petição judicial – da qual a Arayara é co-signatária -, a elefanta Bambi não irá retornar para o zoológico de Ribeirão Preto, continuando a viver no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), no Mato Grosso.
Bambi é uma elefante asiática nascida em vida livre, que foi sequestrada para servir de atração em circos e, depois, confinada nos zoológicos de Leme e de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Em setembro de 2020, o santuário ganhou a tutela de Bambi após longa campanha.
Em janeiro, o promotor do Ministério Público de Ribeirão Preto Wanderley Baptista da Trindade Júnior enviou um pedido à 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão para que a elefanta fosse devolvida ao zoológico por se tratar de um “patrimônio público” da cidade.
É isso mesmo. Solicitaram que um ser vivo seja retirado do santuário que o protege para retornar ao cativeiro e servir de entretenimento barato para a cidade.
Por isso, foi encaminhada pela ONG Olhar Animal à Justiça de São Paulo uma petição em que 37 organizações da sociedade civil, entre protetoras de animais, ambientalistas e de outras áreas de atuação, manifestam seu apoio à permanência da elefanta no SEB.
Os desembargadores da 2ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram manter a liminar que permitiu a transferência de Bambi do zoológico de Ribeirão Preto, onde esteve confinada por seis anos, para o Santuário de Elefantes Brasil (SEB), na Chapada dos Guimarães, onde atualmente convive com outros quatro animais de sua espécie.
Com uma área de 1140 hectares, o SEB foi inaugurado em 2016 e é o único santuário de elefantes da América Latina.
A ação civil pública segue correndo na Justiça de SP para a discussão do mérito.