+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Quem é a ativista Vanessa Nakate. E qual a sua atuação em Uganda

A ativista Vanessa Nakate, 23 anos, que atua em Kampala, capital de Uganda, teve sua imagem cortada em uma fotografia de jovens que protestam contra a crise do clima publicada na última sexta-feira (24) pela agência de notícias americana Associated Press.

Nakate era única negra na foto, que tinha a adolescente sueca Greta Thunberg e outros ativistas cobrando, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, medidas que freiem as mudanças climáticas.

A AP foi acusada de racismo e Nakate recebeu apoio de diversos lugares do mundo. A ativista americana Jamie Margolin, filha de colombianos, acusou a imprensa de “apagar consistentemente” jovens não brancos ao cobrir o ativismo climático. Além do racismo, ativistas afirmam que a foto recortada é o retrato da forma como o movimento tem sido retratado: de forma imprecisa. O movimento contra as mudanças climáticas é de todos os gêneros, credos e raças, é plural, é diverso.

No Twitter, Nakate publicou um vídeo no qual compartilhou sua experiência em Davos e o que sentiu quando viu que sua imagem havia sido removida da foto com os colegas. “É a primeira vez na minha vida que entendo a definição da palavra racismo”, disse a ativista, que faz protestos por ação climática em Uganda desde o início de 2019.

Os jovens africanos estão entre os mais afetados pela mudança climática, afinal, eles vivem em países menos preparados para lidar com os tipos de desastres. Vanessa Nakate tornou-se a primeira jovem a organizar as greves pelo clima em Uganda, em janeiro de 2019.

Após as críticas, a Associated Press lamentou o caso, removeu a foto cortada e afirmou que não teve “má intenção”. O diretor de fotografia da agência, David Ake, disse que o fotógrafo responsável pela imagem estava trabalhando com pressa e que fez o corte por motivos de composição — havia um prédio considerado distrativo atrás de Nakate.

Leia mais em reportagem especial do Nexo.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Exploração de petróleo no litoral sul de SC mobiliza audiências públicas em Garopaba e Florianópolis

Riscos à biodiversidade marinha, à pesca artesanal e às comunidades tradicionais serão debatidos em encontros populares nos dias 9 e 12 de junho, em Garopaba e Florianópolis respectivamente.   A ameaça da expansão da exploração de petróleo na costa catarinense acende um alerta entre comunidades tradicionais, pescadores, especialistas em meio ambiente e ativistas ambientais. Os riscos socioambientais dessa atividade serão

Leia Mais »

Sociedade civil discute gestão hídrica no DF e questiona impactos da UTE Brasília

Ontem (03/06), representantes da sociedade civil participaram de duas ações relevantes voltadas à gestão hídrica no Distrito Federal. Pela manhã, foi ao ar uma entrevista no canal Lume TV Web com o tema “Usina Termelétrica: solução ou ameaça?”, que discutiu os riscos e implicações socioambientais do empreendimento previsto para a região.   Participaram do debate Ivanete Santos, especialista em reabilitação ambiental,

Leia Mais »

Povos indígenas no Mato Grosso recebem oficinas sobre os riscos da exploração de petróleo ofertada no 5º leilão da ANP

O Instituto Internacional ARAYARA, por meio do Programa Fé, Paz e Clima e em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), iniciou uma série de oficinas com povos indígenas no estado do Mato Grosso, em resposta ao 5º Ciclo da Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).  O leilão disponibiliza blocos para exploração de petróleo

Leia Mais »