+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Usina termelétrica em Caçapava enfrenta impasse ambiental e protestos

Projeto não obteve licença do Ibama e ficou fora de leilão; Justiça determinou emissão de certidão de uso do solo

O projeto da Usina Termelétrica (UTE) São Paulo, planejado para Caçapava, não obteve a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, com isso, ficou fora do leilão de reserva de capacidade deste ano. Segundo o órgão ambiental, a empresa Natural Energia não atendeu integralmente a 65% das 233 solicitações de complementação ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA), incluindo lacunas na avaliação dos impactos socioeconômicos e na caracterização dos aspectos físicos do projeto.

Com capacidade prevista de 1,6 gigawatts (GW), a usina utilizaria gás natural e operaria com três módulos de geração. O Instituto Internacional Arayara alerta que sua instalação poderia aumentar em quase 30 vezes as emissões de gases de efeito estufa no município. A Natural Energia afirmou que seguirá os trâmites necessários para atender às exigências do Ibama e viabilizar o avanço do projeto.

A instalação da usina tem gerado forte oposição na região. Durante audiência pública realizada em um hotel de São José dos Campos, no dia 4 de julho, manifestantes lotaram o espaço com cartazes e faixas contrárias ao empreendimento. A sessão, marcada por protestos e barulho constante, durou menos de 30 minutos e foi suspensa pelo Ibama devido ao tumulto.

Em meio ao impasse ambiental, a Natural Energia conseguiu uma decisão favorável da Justiça no dia 9 de dezembro, que determinou que a Prefeitura de Caçapava emitisse a certidão de uso e ocupação do solo em até cinco dias. A sentença, assinada pela juíza Simone Cristina de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Caçapava, ressaltou que a certidão não garante autorização para o início das obras, mas apenas atesta a conformidade do projeto com as normas municipais.

A polêmica em torno da usina continua, com resistência de moradores e ambientalistas, enquanto a empresa tenta viabilizar sua aprovação junto aos órgãos reguladores.

Fonte: T7 News

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: LRCAP: FNCE manifesta preocupação e vê contratações mais caras

Frente vê favorecimento a grupos econômicos que não atenderiam às exigências iniciais do certame A Frente Nacional dos Consumidores de Energia manifestou em nota à imprensa surpresa e preocupação com as diretrizes adotadas pelo Ministério de Minas e Energia para o Leilão de Reserva de Capacidade de 2026. Análise técnica das portarias postas em consulta pública indica que, inevitavelmente, o

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Leilão de capacidade reacende críticas sobre lobby do carvão e riscos ambientais

MME reabre consulta pública em meio a denúncias de favorecimento à UTE Candiota III O Ministério de Minas e Energia (MME) reabriu em 22 de agosto de 2025 a consulta pública para o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) 2026, por meio da Portaria nº 859/2025. A medida prevê a contratação de potência elétrica a partir de termelétricas movidas a gás natural, carvão mineral e óleo diesel,

Leia Mais »

Fábrica de fertilizantes no norte do Paraná aposta no carvão mineral e ambientalistas fazem alerta

O município de Sapopema, no norte do estado do Paraná, volta a ser destaque nas discussões sobre os limites do desenvolvimento econômico baseado em combustíveis fósseis.  Segundo dados do Monitor do Carvão Mineral, o projeto de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados, estimado em 800 milhões de dólares, pretende utilizar o carvão mineral da região como insumo — justamente em um

Leia Mais »

Em ano de COP 30, LRCAP 2026 favorece empresários do carvão e exclui fontes limpas e mais baratas

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) manifesta surpresa e preocupação com as diretrizes adotadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2026. Análise técnica das portarias postas em consulta pública indica que, inevitavelmente, o certame resultará em contratações mais caras, menos eficientes e mais poluentes que o esperado. Ao

Leia Mais »