por Comunicação Arayara - Nívia Cerqueira | 09, jan, 2025 | Transição energética |
Na última quarta-feira (8), o Instituto Internacional ARAYARA realizou uma capacitação sobre transição ecológica para a Equipe Arquidiocesana de Articulação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O evento integrou a 25ª edição do Curso Oscar Romero e foi organizado pelo programa Fé, Paz e Clima da instituição.
A palestra, intitulada “Fraternidade e Ecologia Integral: É possível superar a globalização da indiferença?”, foi conduzida por John Würdig, engenheiro ambiental e gerente de Transição Energética da ARAYARA.
Mudanças climáticas e impactos no Rio Grande do Sul
Um dos temas centrais discutidos foi a adaptação e resiliência frente às mudanças climáticas, com destaque para os trágicos eventos extremos ocorridos no estado. No final de abril e início de maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores crises climáticas de sua história. Inundações atingiram 469 cidades — mais de 95% dos municípios gaúchos — afetando mais de 2,3 milhões de pessoas, segundo a Defesa Civil Estadual. Com volumes de chuva superiores a 800 milímetros em grande parte do estado, o evento deixou 55.813 pessoas em abrigos, 581.638 desalojados, 806 feridos, 42 desaparecidos e 172 mortos.
Exploração de carvão mineral e os impactos ambientais
Outro tema em destaque foi a exploração de carvão mineral para a geração de energia elétrica no Rio Grande do Sul, com ênfase nas graves externalidades ambientais dessa atividade. Também foi debatida a importância do arquivamento da Mina Guaíba, em virtude de falhas e omissões no componente indígena deste empreendimento evidenciando um crime de direitos humanos ao povos tradicionais.
“A transição ecológica exige uma mudança de paradigma: abandonar o modelo de desenvolvimento baseado na produção insustentável, no consumo inconsciente e no descarte imediato”, ressaltou Würdig.
A coordenadora de articulação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de Santa Maria, Iria Maria Bausan, ressaltou a importância das assessorias presentes na edição mais recente do Curso Oscar Romero. Entre os destaques, mencionou José Luiz, representante da CEB’s, e John Würdig, da ARAYARA, cuja participação foi descrita como marcante. Outro nome de relevância foi o do Padre Miguel Filho, que contribuiu significativamente após sua experiência no trabalho sinodal junto ao Papa em Roma.
“Acreditamos que a construção de uma igreja e de uma sociedade justa só é possível por meio de estudo, empenho e participação coletiva. Embora enfrentemos desafios, seguimos dedicados à transformação social”, afirmou Iria. Ela ainda agradeceu especialmente a Würdig pela valiosa contribuição ao grupo,
Campanha da Fraternidade 2025: Fraternidade e Ecologia Integral
Durante o encontro, foi apresentado o tema da Campanha da Fraternidade 2025, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Inspirada nos 800 anos do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis, e nos 10 anos da Encíclica Laudato Si’, a campanha aborda a temática ambiental sob o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).
A CNBB destaca que a Ecologia é recorrente nas Campanhas da Fraternidade, tendo sido tema em oito edições anteriores, como em 2011 (Fraternidade e a Vida no Planeta) e 2016 (Casa comum, nossa responsabilidade). Para 2025, o foco é promover uma conversão integral em tempos de crise socioambiental, ouvindo os clamores da Terra e dos mais vulneráveis.
Segundo Wurdig, a capacitação proporcionou debates produtivos e interações que reforçaram a urgência de construir uma sociedade mais sustentável, justa e inclusiva. “A mobilização conjunta entre instituições religiosas, ambientais e a sociedade civil evidencia o papel transformador da conscientização ecológica na promoção de um futuro mais equilibrado”, destacou.
por Comunicação Arayara - Nívia Cerqueira | 02, jan, 2025 | Política |
Nós, especialistas e entidades listados abaixo, repudiamos a retirada dos refrigerantes do imposto seletivo na Reforma Tributária. Na contramão da proposta do governo, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, o Senado Federal derrubou os refrigerantes desse imposto, destinado a desestimular o consumo de produtos nocivos à saúde.
Refrigerantes são bebidas adoçadas ultraprocessadas nocivas à saúde e ao meio ambiente, associadas a doenças como obesidade, diabetes, cáries, hipertensão, doenças renais crônicas e câncer. As doenças provocadas por refrigerantes e outras bebidas açucaradas impactam milhões de brasileiros: 2,2 milhões de adultos brasileiros estão com obesidade ou sobrepeso devido ao consumo destes produtos, e cerca de 721 mil crianças estão com excesso de peso pelo mesmo motivo. Por ano, são 13 mil mortes de adultos devido ao consumo de bebidas açucaradas, e o custo para o Sistema Único de Saúde é de R$3 bilhões de reais por ano.
Manifestamos particular preocupação com as crianças. Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) lançados este ano mostram que crianças de 2 a 5 anos consomem diariamente 30,4% de suas calorias com alimentos ultraprocessados, número bem superior à média da população adulta, de 19,5%. Os dados revelam ainda que 24,5% de bebês entre 6 meses e 2 anos consomem bebidas adoçadas, enquanto este número chega a 50,3% nas crianças entre 2 e 5 anos.
A tributação mais alta de bebidas adoçadas é uma política pública de prevenção de doenças crônicas recomendada pela Organização Mundial de Saúde, Banco Mundial, Unicef, entre outras instituições internacionais. Seguindo esta orientação, mais de 97 países e regiões do mundo cobram imposto seletivo de bebidas adoçadas, como é o caso de Portugal, França, Reino Unido, México, Rússia, Índia, Chile, Colômbia, África do Sul, entre outros.
No Brasil, importantes conselhos de direitos e organizações da sociedade civil já se manifestaram pela implementação do imposto seletivo sobre refrigerantes e outras bebidas adoçadas, entre elas: Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), entre outras dezenas de organizações da sociedade civil, sociedades médicas e grupos de pesquisa.
Os refrigerantes, assim como o tabaco e o álcool, que já estão no imposto seletivo, devem retornar ao texto, de modo a garantir a proteção à saúde da população brasileira. Além dessa retirada, o Senado Federal incluiu no texto o artigo 437, que prevê desconto de até 25% do imposto seletivo para indústrias de produtos nocivos mediante ações de mitigação, descaracterizando absolutamente seu propósito, que é aumentar o preço final de produtos nocivos, e assim, desincentivar seu consumo.
Diante disso, é urgente e necessário que os deputados e deputadas modifiquem o texto do PLP 68/2024 que veio do Senado, retomando o imposto seletivo sobre refrigerantes, e suprimindo o artigo 437, que prevê desconto para indústrias de produtos nocivos.Assim será possível restabelecer o princípio de uma reforma tributária saudável, que deixe um legado positivo para as futuras gerações, reduzindo o consumo de produtos nocivos, prevenindo doenças e salvando vidas.
ASSINAM ESTE MANIFESTO
- Adriana Salay, historiadora
- Ana Claudia Latronico Xavier, professora da Faculdade de Medicina da USP
- Armínio Fraga, economista
- Bela Gil, chef de cozinha e apresentadora de TV
- Berenice Bilharinho de Mendonça, professora da Faculdade de Medicina da USP
- Bruno Halpern, presidente da ABESO e da World Obesity Federation
- Carlos Monteiro, epidemiologista e professor emérito da USP
- Daniel Becker, pediatra e sanitarista
- Drauzio Varella, médico, oncologista e escritor
- Eduardo Moreira, engenheiro e fundador do Instituto Conhecimento Liberta
- Elisabetta Recine, presidente do Consea, pesquisadora e professora
- Francisco Mata Machado Tavares, coordenador do Observatório Brasileiro do Sistema Tributário e professor da Faculdade de Direito da UFG
- Francisco Menezes, economista e ex-presidente do Consea
- Gabriela Kapim, nutricionista infantil e apresentadora de TV
- Germana Lyra Bähr, médica pediatra
- Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e professor
- Ilan Kow, diretor do Panelinha
- João Paulo Pacífico, CEO do Grupo Gaia, empresário e ativista
- José Agenor Álvares da Silva, ex-ministro da Saúde
- José Francisco Graziano da Silva, diretor do Instituto Fome Zero e ex diretor geral da FAO
- José Temporão, ex-ministro da Saúde, médico sanitarista e pesquisador na Fiocruz
- Ladislau Dowbor, economista, professor titular de pós-graduação na PUC/SP
- Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde e médico
- Luna Azevedo, nutricionista e palestrante
- Maria Auxiliadora Gomes, médica e pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira/RJ
- Maria Emília Pacheco, ex-presidente do Consea
- Mariana Holanda, professora e especialistas em relações governamentais
- Marcio Corrêa Mancini, chefe do Grupo de Obesidade do HCFMUSP
- Mark Albrecht Essle, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Desiderata;
- Maria Edna de Melo, coordenadora da Liga de Obesidade Infantil do HCFMUSP
- Mônica de Bolle, economista, imunologista e pesquisadora
- Patrícia Jaime, nutricionista e coordenadora científica do Nupens/USP
- Paulo Betti, ator
- Renato Maluf, ex-presidente do Consea e professor da UFRRJ
- Ricardo Abramovay, professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP
- Rita Lobo, chef de cozinha e apresentadora de TV
- Rodrigo Mocotó, chef de cozinha
- Rodrigo Spada, presidente FEBRAFITE e AFRAESP
E as entidades:
- ACT Promoção da Saúde
- Ação da Cidadania
- Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil)
- Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD)
- Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE)
- Associação Brasileira de Nutrição (Asbran)
- Associação de Diabetes Juvenil (ADJ)
- Associação Internacional Maylê Sara Kali (AMSK Brasil)
- Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
- Aliança Resíduo Zero Brasil
- Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)
- Associação Brasileira de Enfermagem Seção Minas Gerais (ABEn-MG)
- Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
- Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO)
- Associação Nacional de Fiscais de Tributos Estaduais (FEBRAFITE)
- Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
- Cátedra Josué de Castro
- Centro de Apoio ao Tabagista – CAT
- Centro de Estudos, pesquisa e documentação em cidades saudáveis (CEPEDOC)
- Colansa – Comunidade de Práticas América Latina e Caribe Nutrição e Saúde
- Conselho Federal de Nutrição (CFN)
- Conselho Regional de Nutrição da 4° Região (CRN-4)
- Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco (CONSEA-PE)
- FIAN Brasil
- Fórum Intersetorial de CCNTs no Brasil (FórumCCNTs)
- Fórum Estadual de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (FESSAN-PR)
- Fundação Arayara
- Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde (GEPPAAS – UFMG)
- Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero
- Global Alliance for Incinerator Alternatives (GAIA)
- Global Center for Legal Innovation on Food Environments (O’Neill Institute for National and Global Health Law)
- Global Health Advocacy Incubator
- Grupo de Pesquisa em Sistemas Alimentares Sustentáveis da Universidade Federal de São Paulo
- Grupo Direito e Políticas Públicas (GDPP- USP)
- GT Agenda 2030
- Ibirapitanga
- Instituto Alana
- Instituto Brasileiro de Defesa de Consumidores (Idec)
- Instituto Comida do Amanhã
- Instituto Comida e Cultura
- Instituto Cordial
- Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC)
- Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS)
- Instituto Desiderata
- Instituto Ethos
- Instituto Fome Zero
- Instituto Internacional Arayara
- Instituto Paz e Terra da Rede Amigos das Águas
- Instituto Sou da Paz
- Laboratório de Educação Alimentar e Nutricional da Universidade Federal de Sergipe (LEAN-UFS)
- Laboratório de Vida Ativa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LaVA-UERJ)
- Litigância Climática e Direitos (LITIGA)
- Movimento de Organização Comunitária (MOC)
- Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC)
- Movimento Urbano de Agroecologia MUDA
- Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições da Universidade Federal de Santa Catarina (NUPPRE-UFSC)
- Núcleo de Pesquisa em Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas (PREVINA/ UNIFESP)
- Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP)
- Observatório Brasileiro de Conflitos de Interesse em Alimentação e Nutrição (ObservaCoI)
- Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares da Fiocruz
- Observatório das Economias da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio)
- Observatório de Cultura Alimentar e Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (OCADHANA)
- Observatório de Obesidade da UERJ
- Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional da UnB (OPSAN/UNB)
- Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de Sergipe (OSANES/UFS)
- Oceana Brasil
- OXFAM Brasil
- Ponto de Cultura Alimentar Iacitata Amazônia Viva
- Programa de Pós-graduação em Gestão Pública e Sociedade da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)
- Projeto Hospitais Saudáveis
- Rede Brasileira de Pesquisa em Ambientes Alimentares (Rede Ambar)
- Rede Fé, Paz e Clima
- Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN Brasil)
- Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
- Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB)
- Toxisphera Associação de Saúde Ambiental
- Vital Strategies
- World Obesity Federation (WOF)
Fonte e Imagem: ACTBR.org
por Comunicação Arayara | 13, set, 2022 | Fracking |
Excessive water consumption by the method and soil contamination are among the causes
What is fracking?
Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Despite being a technique already used in several countries, it is controversial because it causes environmental and ecological damage, including contamination of groundwater, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.
The oil industry is one of the greatest threats to the health of our planet. According to the UN, the oil sector is the main contributor to the worsening climate change. In addition, this industry depends on a resource that is the most valuable for life: water. In the case of fracking, millions of liters of potable water are used, which competes directly with other industries, agribusiness and the general population.
One of the sectors strongly affected by fracking is the production of beverages, such as cachaça and beer. Soil contamination – where barley and the grains used to produce the drink are grown – and the quality of water from aquifers are factors of great concern for production.
The team from COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute, visited, on September 13, 2022, the Baixão do Cosmo brandy factory, where they could observe all the cachaça production and talk to the owner about the impacts that fracking could generate in his sector. The group highlighted to the owner of the Baixão do Cosmo brandy factory the risks that fracking represents for his business and also for the environment.
Soil and groundwater contamination can compromise the quality of the inputs used in the manufacture of the drink, directly affecting the taste and safety of the final product. Furthermore, the scarcity of potable water, caused by the excessive use of this resource in fracking, can impact the entire production chain.
Faced with the challenges faced by the beverage industry and other activities that depend on water as an essential resource, it is necessary to stop the shale gas exploration model and seek more sustainable alternatives that are less harmful to the environment. The preservation of water and the promotion of renewable energies are essential ways to guarantee a future for society.
por Comunicação Arayara | 13, set, 2022 | Fracking |
Consumo excessivo de água pelo método e a contaminação do solo estão entre as causas
O que é o fracking?
O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.
A indústria petrolífera se configura como uma das maiores ameaças à saúde do nosso planeta. Segundo a ONU, o setor do petróleo é o principal contribuinte para o agravamento das mudanças climáticas. Além disso, essa indústria depende de um recurso que é o mais valioso para a vida: a água. Tratando-se do fracking, milhões de litros de água potável são utilizadas, o que compete diretamente com outras indústrias, o agronegócio e a população em geral.
Um dos setores fortemente afetados pelo fracking é o da produção de bebidas, como a cachaça e a cerveja. A contaminação do solo – onde são cultivados a cevada e os grãos utilizados na produção da bebida – e a qualidade da água proveniente de aquíferos são fatores de grande preocupação para a produção.
A equipe da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, visitou, em 13 de setembro de 2022, a fábrica de aguardente Baixão do Cosmo, onde puderam observar toda a produção da cachaça e conversar com o proprietário sobre os impactos que o fracking poderia gerar em seu setor. O grupo destacou ao proprietário da fábrica de aguardente Baixão do Cosmo os riscos que o fracking representa para o seu negócio e também para o meio ambiente.
A contaminação do solo e das águas subterrâneas pode comprometer a qualidade dos insumos utilizados na fabricação da bebida, afetando diretamente o sabor e a segurança do produto final. Além disso, a escassez de água potável, causada pela utilização excessiva desse recurso no fracking, pode impactar toda a cadeia de produção.
Diante dos desafios enfrentados pela indústria de bebidas e por outras atividades que dependem da água como recurso essencial, é necessário impedir o modelo de exploração do gás de xisto e buscar alternativas mais sustentáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente. A preservação da água e a promoção de energias renováveis são caminhos indispensáveis para garantir um futuro à sociedade.
por Comunicação Arayara | 06, set, 2022 | Fracking |
El consumo excesivo de agua por este método y la contaminación del suelo están entre las causas
¿Qué es el fracking?
El fracking, también conocido como fracturamiento hidráulico, es un proceso que implica la inyección de grandes volúmenes de agua, productos químicos y arena a alta presión en capas de roca subterránea para liberar el gas natural atrapado. Aunque es una técnica utilizada en varios países, es controvertida debido a los daños ambientales y ecológicos que causa, como la contaminación de las aguas subterráneas, la liberación de gases de efecto invernadero, los terremotos inducidos, entre otros.
La industria petrolera se configura como una de las mayores amenazas para la salud de nuestro planeta. Según la ONU, el sector del petróleo es el principal contribuyente al empeoramiento del cambio climático. Además, esta industria depende de un recurso que es el más valioso para la vida: el agua. En el caso del fracking, se utilizan millones de litros de agua potable, lo que compite directamente con otras industrias, la agroindustria y la población en general.
Uno de los sectores fuertemente afectados por el fracking es el de la producción de bebidas, como la cachaça y la cerveza. La contaminación del suelo, donde se cultiva la cebada y los granos utilizados en la producción de la bebida, y la calidad del agua proveniente de acuíferos son factores de gran preocupación para la producción.
El equipo de No al Fracking Brasil, a través de la Coalición No al Fracking Brasil por el Agua y la Vida, una campaña del Instituto Internacional Arayara, visitó el 13 de septiembre de 2022 la destilería de cachaça Baixão do Cosmo, donde pudieron observar todo el proceso de producción de la cachaça y conversar con el propietario sobre los impactos que el fracking podría generar en su sector. El grupo resaltó al propietario de la destilería de cachaça Baixão do Cosmo los riesgos que el fracking representa para su negocio y también para el medio ambiente.
La contaminación del suelo y de las aguas subterráneas puede comprometer la calidad de los insumos utilizados en la fabricación de la bebida, afectando directamente el sabor y la seguridad del producto final. Además, la escasez de agua potable, causada por el uso excesivo de este recurso en el fracking, puede afectar toda la cadena de producción. Ante los desafíos enfrentados por la industria de bebidas y por otras actividades que dependen del agua como recurso esencial, es necesario detener el modelo de explotación del gas de esquisto y buscar alternativas más sostenibles y menos perjudiciales para el medio ambiente. La preservación del agua y la promoción de energías renovables son caminos indispensables para garantizar un futuro a la sociedad.