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Quem é a ativista Vanessa Nakate. E qual a sua atuação em Uganda

A ativista Vanessa Nakate, 23 anos, que atua em Kampala, capital de Uganda, teve sua imagem cortada em uma fotografia de jovens que protestam contra a crise do clima publicada na última sexta-feira (24) pela agência de notícias americana Associated Press.

Nakate era única negra na foto, que tinha a adolescente sueca Greta Thunberg e outros ativistas cobrando, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, medidas que freiem as mudanças climáticas.

A AP foi acusada de racismo e Nakate recebeu apoio de diversos lugares do mundo. A ativista americana Jamie Margolin, filha de colombianos, acusou a imprensa de “apagar consistentemente” jovens não brancos ao cobrir o ativismo climático. Além do racismo, ativistas afirmam que a foto recortada é o retrato da forma como o movimento tem sido retratado: de forma imprecisa. O movimento contra as mudanças climáticas é de todos os gêneros, credos e raças, é plural, é diverso.

No Twitter, Nakate publicou um vídeo no qual compartilhou sua experiência em Davos e o que sentiu quando viu que sua imagem havia sido removida da foto com os colegas. “É a primeira vez na minha vida que entendo a definição da palavra racismo”, disse a ativista, que faz protestos por ação climática em Uganda desde o início de 2019.

Os jovens africanos estão entre os mais afetados pela mudança climática, afinal, eles vivem em países menos preparados para lidar com os tipos de desastres. Vanessa Nakate tornou-se a primeira jovem a organizar as greves pelo clima em Uganda, em janeiro de 2019.

Após as críticas, a Associated Press lamentou o caso, removeu a foto cortada e afirmou que não teve “má intenção”. O diretor de fotografia da agência, David Ake, disse que o fotógrafo responsável pela imagem estava trabalhando com pressa e que fez o corte por motivos de composição — havia um prédio considerado distrativo atrás de Nakate.

Leia mais em reportagem especial do Nexo.

Líderes do FFF planejam ações com Arayara e 350.org

Líderes do FFF planejam ações com Arayara e 350.org

Na tarde desta quinta-feira, 23, em Porto Alegre, os líderes do movimento Fridays For Future da capital gaúcha estiveram na sede do Instituto Arayara e 350.org no Rio Grande do Sul. Os jovens Amália Garcez, Elisa Fink e Pietro Bottega vem liderando no RS o movimento da greve pelo clima.

Eles foram recebidos pela líder indígena Andréia Takua, coordenadora do Programa 350 Indígena e Presidente do Conselho Nacional de Saúde Indígena do Brasil, e Renan Andrade, coordenador do programa Fé, Paz e Clima.

“Somos apoiadores do FFF no mundo todo e queremos que o movimento cresça de forma autônoma e legítima. Nosso papel é fortalecer e dar protagonismo a esse movimento aqui no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, estamos organizando algumas ações com os líderes e queremos contribuir para o crescimento do movimento”, disse Andrade.

Oil Toys

Amália, Elisa e Pietro aderiram à campanha #OilToys, lançada em 2019 pela Arayara, 350.org e produzida pela agência INNOCEAN. A campanha apela para o humor ácido para pedir o vazamento de óleo que atingiu a costa brasileira não caia no esquecimento.